–Você é a luz no fim do meu túnel, Marco Túlio. –Maria Fernanda fala com amor. –Mais entenda que esse bebê só vai dificultar tudo.

–Você sabe que o filho que Maria Sófia espera também é meu, sabe o quanto eu a odeio por ela ter usado essa gravidez para impedir com que você falasse o que sentia por mim, sabe que eu sequestrei a minha filha com Maria Sófia por você... –Marco Túlio fala enquanto Maria Fernanda chora.

–As coisas não estão sendo fáceis para nós. E quando nossa filha nascer ela vai ser entregue a Maria Sófia...Sem ela saber que eu e você fomos responsáveis pelo fim na filha dela. –Maria Fernanda fala e Marco Túlio a olha com ironia. –A filha de vocês.

–Sim, a nossa filha! –Maria Sófia exclama brava ao ver os dois juntos. Ela ergueu sua arma em direção a Maria Fernanda. Em fração de segundos ela atiro mais Marco Túlio se coloca na frete de Maria Fernanda.

–NÃO! –Maria Fernanda grita em pânico. Marco Túlio foi a sua salvação para ‘’esquecer’’ Fernando Luiz. Ela chorava desesperada enquanto Maria Sófia olhava a cena com medo.

–Sua filha será minha, Maria Fernanda, não se esqueça do nosso acordo. –Maria Sófia fala e logo em seguida sai.

Maria Fernanda continua chorando descontroladamente. Ela não sabia o que fazer naquele momento, não sabia o que pensar. Ela só temia o tenebroso futuro que se aproximava cada vez mais rápido.

POV Maria

Eu não sabia mais o que fazer com Maria Fernanda. Ela estava feliz atualmente e não se sentia tão ameaçada por Maria Sófia. O mais estranho é que Maria Sófia simplesmente sumiu depois que Maria Fernanda voltou. Tudo isso é muitos estranho, tudo isso me fazia sentir mais ameaçado por mim e por Maria Fernanda. Quando eu penso que os problemas estão se resolvendo eles apenas estão aumentando com o tempo. Maldito tempo! O tempo é o maior inimigo das almas desesperadas. Eu começava a desconfiar mais e mais de Maria Fernanda a cada minuto que se passava. Ela estava muito desesperada para bater suas mãos no espelho com tanta força e ter quase se matado caindo daquela sacada. Maria Fernanda poderia estar sendo má e ao mesmo tempo estra sendo boa... Na verdade eu não sei mais quem ela é!

–Ela esta muito mal. –Fernando Luiz fala preocupado. –Talvez ela precise ir ao psicólogo. –Fala me assustando. –Não quero declarar que ela esta louca, mamãe!

–Eu não quero nem imaginar que ela esteja louca, filho. Só quero pensar que ela esteja se sentindo acuada. –Falo e ele me olha com um olhar de desespero.

–È hora de ver a realidade, mamãe. Maria Fernanda é algo estranho que nunca vamos entender... –Fernando Luiz fala me assustando. –Victória teve o mesmo problema que ela esta tendo.

–Fernando Luiz se você quiser desistir, desista. Mas nunca peça para que uma mãe desista de um filho...

–Tecnicamente ela não é sua filha , mamãe. Entenda que ela é sua sobrinha e que nunca mais vera a senhora como mãe. –Ele fala me deixando horrorizada. –Maria Fernanda sempre quis ser filha de Victória e quando soube da verdade...

–Isso não tem nada haver com o que Maria Fernanda fez! –Exclamo com raiva do que ele falava.

–Admita, você nunca foi mãe de verdade para nenhum dos seus filhos. –Fernando Luiz fala sem lembrar que eu sou mãe dele.

–Eu não passei vinte anos da minha vida em uma cadeia perdendo Estrella e Heitor crescerem nem te ignorei! –Exclamo com raiva e ele me olha com uma cara de deboche.

–A verdade é que Victória foi minha mãe de uma certa forma. Ela me deu conselhos quando eu estava perdido. –Fala. –Enquanto você escutava Maria Fernanda ler livros em voz alta para você toda a tarde.

–Eu ainda não era cega, sabe que mandei vocês dois para fora do pais com medo que crescessem com pena de mim. –Falo tentando me explicar.

–A verdade é que você se preocupa muito com o que as pessoas sentem, enquanto elas te empurram de escada á baixo. –Fala e aponta para Maria Fernanda.

–Pensei que amasse ela...

–Pensei que não estivesse mais cega, mamãe. –Fernando Luiz fala irônico e logo me dá as costas. Eu olho Maria Fernanda dormir tranquilamente e fico pensando no que Fernando Luiz acabou de falar. Começo a chorar porque sabia que o que ele falava era verdade. Eu praticamente o ‘’troquei’’ por Maria Fernanda.

–Você tem que voltar a sua historia. Você só entrou na minha vida por acaso. –Falo chorando. Eu me sentia obrigada a dar as costas para Maria Fernanda. –E você é abandonada mais uma vez.

(...)

–Então é isso? Simplesmente viramos as costas para ela? –Estevão pergunta incrédulo e eu permaneço de cabeça baixa. –Enfrentamos tudo em vão, Maria?

–Ela só apareceu nas nossas vidas por acaso, Estevão. –Falo sentindo medo do que ele falaria.

–Um acaso que te levou a Victória, sua irmã... –Estevão fala tentando me convencer. –Porque esta assim tão fria com todos?

–Não, não estou fria! –Exclamo brava e ele me olha incrédulo. –Maria Fernanda não é nossa filha! Temos que aceitar isso.

–Sempre achei que você fosse covarde... –Victória fala me assustando. –Agora tenho certeza. –Fala se aproximando de mim e eu logo sinto o peso da sua mão no meu rosto. Eu me recomponho e a olho com indignação. –Agora que você sabe o segredo dela quer se afastar porque não sabe ser mãe.

–A mãe dela é você. –Falo entre os dentes e logo sinto novamente o peso da sua mãe no meu rosto.

–Mais foi você que usurpou o meu lugar quando eu me dei conta do que fiz com ela, Maria. De qualquer forma estamos nesta juntas. –Fala muito perto de mim. –Não seja covarde agora que posso te afastar dela. Acredite, ela é má! –Exclama. –Mais ela não demonstra essa maldade isso por sua causa.–Fala e depois se vira para Estevão. –Pelo menos você é digno de algo nessa família.