CAPITULO 21

De volta a noite da festa

Kitty e Marley eram as únicas no meio da pista de dança. Chamavam a atenção de todos os amigos, principalmente da latina e a namorada.

– A gente deve fazer algo ou deixa rolar? – a loira perguntou.

– Deixa rolar. Mas é melhor avisarmos que já estamos subindo e que o dj está com cara de quem quer ir embora também – comentou apontando para o rapaz na mesa de som.

Santana se aproximou tocando no ombro de Kitty, lhe chamando a atenção. A garota não pareceu muito feliz, mas atendeu ao chamado da amiga.

– O que é Lopez? – rosnou.

– Calminha ai, pequena polegar – ergueu as mão em sinal de rendição – Já está tarde e vocês duas cansaram o rapaz do som.

– Vamos pra cama meninas – Brittany sugeriu mais doce – Logo amanhece e temos o dia todo pela frente.

– O que acha, Marls? – Kitty questionou, abraçando a morena.

– Elas têm razão, K. Vamos – respondeu levando-a para dentro. – Onde vai dormir?

– No quarto da minha irmã.

As quatro subiram. Santana e Brittany seguiram para o quarto de Mercedes, encontrando a black diva sentada na cama conversando com Sam.

– Hei boca de truta, acho que está no quarto errado – a latina despejou, acida.

– Tudo bem, Santana – Mercedes tentou contornar – Só estamos conversando. O Sam é um rapaz gentil.

O rapaz apenas sorriu, sem dar atenção aos comentários de Santana, levantou, deu um beijo demorado no rosto de Mercedes e saiu do quarto caminhando devagar, tudo para provoca-la.

– Desculpe a Sant, Cedes. Ela fica insuportável quando está com sono – Brittany pediu.

– Não tem problema, B. – a garota respondeu – Só não sei como você a aguenta – brincou.

Brittany apenas segurou a namorada pelos ombros, evitando que ela fosse para cima da garota.

No corredor, Kitty tentava abrir a porta do quarto da irmã, sem sucesso. Estava trancada.

– Mas que diabos – a loira praguejou.

– Tem certeza de que era para dormir aqui, K?

– Claro. Minhas malas estão ai dentro. E agora?

– Bom, acho que o quarto da Cedes está cheio. Vou dormir com a Tina e o Mike no quarto do Kurt. Se importa de passar a noite com a gente? – perguntou, corando.

– Se puder ficar com você, com certeza não me importo.

Marley a guiou até o quarto no fim do corredor. Ao entrarem, encontraram Mike desmaiado na cama e Tina sentada ao lado dele com cara de poucos amigos.

– Está tudo bem aqui? – a morena perguntou receosa.

– Ele bebeu um pouco além da conta – Tina resmungou – Fiquem a vontade.

Rachel tinha mandado colocar uma cama de solteiro extra no quarto do amigo. O que obrigava as duas garotas a dormirem juntas.

– A Kitty ia dormir no quarto da irmã dela, mas a porta está trancada – explicou – Acho que tenho uma camiseta extra na minha mochila – comentou abrindo a bolsa – Aqui – entregou – Deve ficar bem em você.

Kitty sorriu e entrou no banheiro para se trocar. Marley tirou o vestido ali mesmo, vestindo um short curto e uma regata.

– É impressão minha ou você está encantada pela mini Quinn? – Tina provocou.

– Ela é legal – comentou tímida.

– Vocês ficam bem juntas – Tina finalizou, evitando deixar a amiga mais sem jeito – Boa noite Marls.

A morena observou a amiga deitar, aliviada por ela não ter estendido o assunto. Kitty saiu do banheiro vestindo apenas a camiseta de Marls, o que deixou a garota sem ar.

– Onde prefere deitar? – Marley perguntou, tentando desviar os olhos do corpo da outra.

– Você dorme do lado da parede e eu deito ao seu lado – comandou, a voz firme.

Marley apenas concordou com um aceno de cabeça, obedecendo-a. Deitou, ajeitando a coberta deixando espaço para Kitty.

Kitty apagou a luz do quarto e deitou-se. A morena estava de lado, então se acomodou de costas para ela, ficando de conchinha. Sentiu a respiração da garota ficar pesada e o hálito quente dela em seu pescoço.

Marley sentia o quadril da loira roçando o seu. Qualquer pequeno movimento a deixando excitada.

A loira notou o desconforto que estava causando e decidiu que iria provoca-la. O corpo de Marley colado ao seu a deixara acesa. Devagar, começou a roçar propositalmente seu quadril no sexo da morena, sentindo-a arfar contra seu pescoço. Delicadamente, puxou o braço dela a envolvendo.

Marley sabia que estava sendo atiçada. E estava funcionando. Já sentia a umidade entre as pernas e o calor tomar conta de seu corpo. Sem pudor, afastou os cabelos loiros e atacou o pescoço de Kitty com pequenas mordidas.

Kitty sentiu o corpo queimar ao sentir os lábios da morena em seu pescoço. Sem poder se controlar, virou o suficiente para capturar os lábios de Marley entre os seus. O beijo começou delicado, mas em questão de segundos era urgente.

O quadril de Kitty continuava em um movimento de vai e vem torturante. Marley queria sentir um pouco mais. Precisava de mais. Com a cabeça de Kitty apoiada em seu braço, ergueu o próprio corpo, para poder enxergar algo. Levou a mão livre para baixo da camiseta da garota, arranhando a barriga até chegar aos seios. Os massageou delicadamente, dando igual atenção aos dois.

Kitty mordia o próprio lábio, segurando seus gemidos. As mãos da morena eram macias e sabiam como lhe tocar. Era quase como se já tivesse feito aquilo toda sua vida.

Marley fez o caminho de volta pelo abdômen bem definido da líder de torcida, chegando ao cos da calcinha de renda que ela usava. Acariciou o local de um lado ao outro, devagar, sentindo Kitty se contorcer contra sua mão.

– Por favor... – Kitty sussurrou.

Marley sorriu maliciosa. Colocou a mão dentro da calcinha da loira, sentindo o quanto ela estava molhada. Era delicioso. Empurrou a cintura de Kitty contra o próprio sexo, aumentando o atrito.

Kitty estava delirando. Marley massageava devagar seu clitóris, tão devagar que até parecia tortura. Mas estava tão bom, que quase a fazia esquecer que tinha mais gente no quarto.

Marley sentiu quando Kitty agarrou seu braço livre o mordendo com força e arranhando. Aquilo a deixou extasiada, a fazendo aumentar o ritmo.

– Rebola pra mim – Marley sussurrou no ouvido de Kitty

Kitty obedeceu. Sentia o sexo de Marley ir de encontro ao seu em movimentos firmes. Sabia que não aguentaria muito mais. Arranhava descontroladamente o braço da morena.

– Marls, estou quase... – gemeu.

– Fala meu nome – pediu – Quero ouvir dizer meu nome.

– Marls... – gemeu – Assim, Marls... Tão bom... – Kitty perdia a coerência rápido – Mais rápido.

– Isso, K... Meu nome... – Marley estava perdida.

– Eu vou... Marls... Marley!

Kitty mordeu uma última vez o braço da morena. Marley sentiu o corpo da garota tremer contra o seu e a segurou com força, até que relaxasse. Sabia que seu braço estaria todo marcado no dia seguinte, mas e daí? Tinha tido a noite mais incrível da sua vida, com a garota mais linda do mundo. Queria ficar ali para sempre.

Kitty esperou que sua respiração normalizasse. Virou-se de frente para a morena, sorrindo. Os olhos azuis a invadiram, a fazendo sorrir ainda mais.

– Você é linda – foi a única coisa que pode dizer, antes de lhe beijar.

O beijo foi delicado, sem tanta urgência. Kitty nunca sentira-se daquela forma. Marley estava feliz como um cachorrinho recém adotado.

– Me abraça – Kitty pediu – Não me solta nunca mais.

Foi a última coisa que disse antes de dormir. Marley ainda ficou acordada um bom tempo a observando até conseguir pegar no sono.

–x-

Manhã seguinte...

Quando Rachel e Quinn finalmente desceram, já estavam todos tomando café. Beth, ao vê-las, jogou-se nos braços da loira, que prontamente à pegou.

– Bom dia – desejaram.

– Pelo visto a noite foi boa hein – Santana provocou.

– Não começa, Sant – Brittany broqueou.

– Só fiz um comentário, baby – rendeu-se, dando um selinho na namorada.

– Relaxa, B. Minha noite foi incrível mesmo – mostrou a língua para a amiga – Aconteceu tanta coisa que nem pude agradecer a todos. Mas, vamos passar o dia juntos hoje, e quero matar a saudade de vocês – apontou para todos – Espera um pouco, onde está minha irmã e a Marley?

– Não sei – Brittany respondeu – Ela não ia dormir no seu quarto?

– Garanto que ela não dormiu lá...

– Calma, elas dormiram no mesmo quarto que a gente – Tina cortou-a – Parece que a porta do seu quarto estava trancada. Como ela estava com a Marls...

– Estava com a Marls? – Quinn ficou seria de uma hora para outra – Que palhaçada é essa?

– Xi, vai baixar o cão nela agora... – a latina comentou baixo.

– Quinn, não – Rachel pediu.

Prevendo o quer iria acontecer, Santana levantou e tirou a bebe do colo da loira entregando-a a Brittany. Em seguida colocou-se na frente dela, no melhor estilo Lima Highs. Rachel estava assustada.

– Se você começar a dar chilique agora, juro que vamos rolar aqui no chão, como nos tempos da escola – a latina levantou a voz – Fabray, sua irmã não é mais criança. E você está fazendo papel de idiota na frente de todo mundo.

A respiração de Quinn estava descompassada. E Rachel sabia que tinha algo mais. Não era só o fato de Kitty ter passado a noite com Marley. Pelo jeito que a latina se portava, tinha certeza de que a namorada não faria nada. Mas a forma como Quinn olhava para a amiga era de puro pavor.

– Quinn, será que pode vir comigo um minuto? – pediu, segurando seu pulso.

A loira não respondeu, mas a seguiu. Rachel caminhou com ela até o lado de fora, se afastando da porta da varanda. Sentou-se com ela na beira da piscina e esperou. Quando percebeu que a respiração da namorada estava normal, perguntou:

– O que está te assustando, amor?