Angel In My Heart

Conhecendo o pesadelo... Parte I


Bella só pensava em como estava feliz e como foi estranho ter sentido a caricia de Edward em seus cabelos. Só de lembrar se arrepiava toda. E também estava nervosa sobre a menina, o que pensará de mim ? , ela era confiante por fora, mas como qualquer ser humano tinha inseguranças por dentro.
É agora ou nunca, pensava ela.

Ela dentro do táxi indo em direção a casa de Edward Cullen seu novo patrão e ela estava adorando o som que o nome dele e a palavra patrão produziam quando estavam juntas em uma só frase. Ele era tão mandão, e arrogante era o típico patrão para um típico trabalho, ela estava adorando ter um EMPREGO típico. Ela só não sabia que de típico, este emprego não tinha nada.

Ao chegar, Bella ficou impressionada com o tamanho e a beleza da casa.

Casa

O taxista a deixou bem na entrada, ela o pagou e já ia saindo quando ele disse.

- a senhorita, vai... Trabalhar aí moça?

- Irei, irei sim.

- Sabe moça, eu costumo rondar muito por esse bairro e escuto todo o tipo de coisa. Só lhe digo que tome cuidado. Dizem que quem entra nessa casa, nunca mais vê a vida da mesma maneira.

- Não acredito nesse tipo de coisas, só vem de pessoas maldosas e invejosas.

- Tudo bem moça, mas se precisar é só ligar. - disse o homem, lhe entregando um cartão:

Jasper Hale Empresa

Táxis, motoristas particulares.

Para o que queira, é só não dar bobeira. Ligue para nós, Te levamos a qualquer lugar.

5555-0123 ou 5575- 0987

Esperamos a sua ligação.

Ela ficou curiosa pelo nome, tinha certeza que ela conhecia o tal do Jasper.

- Com licença, você é Jasper Hale?

- Não ele é o meu chefe, talvez goste dele senhorita, é solteiro e bonitão, ou pelo menos é o que minha filhinha sempre fala.

Foi só falar em criança que a expressão de Bella se suavizou ela amava crianças e um dia sonhara em ser mãe. Só havia um problema com isso, ela teve dores quando ainda era pequena e quando fez os exames descobriu que era impossível gerar uma criança. Daí veio a intenção de ser psicóloga infantil.

Estava viajando em meio a pensamentos e quando viu, o homem já lhe mostrava uma foto de sua menina de mais ou menos 7 aninhos com dois garotinhos ao seu lado,o mais velho parecia ter uns 8 ou 9 anos e fazia chifrinho na irmã enquanto a mesma sorria e apertava o irmão mais novo de uns 4 anos. – Estes são meus meninos, Jacob e Seth, e ela é a Leah, a princesa da família. Ela diz que irá casar-se com ele quando fizer dezoito, vê se pode?! – disse o motorista a fazendo rir e rindo junto com ela.

- Eu tenho que ir, mas pode acreditar eu chamarei a sua companhia para me levar aonde quiser ir, - disse Bella ainda rindo. - foi um prazer conhecê-lo senhor...

- Black, Billy Black, também foi um prazer conhecê-la senhorita.

- Me chame de Bella. Até uma próxima, senhor Black.

- Só Billy, Bella, só Billy.

Saiu do taxi contente em como poderia fazer novas amizades e por conversar facilmente com as pessoas, agora se sentia super confiante para falar com a garotinha e, de cabeça erguida, ela tocou a campainha da casa branca enorme e bela.

Logo que tocou, ouviu a campainha soar e um frio na barriga se instalou dentro de si. Uma mulher apareceu e não parecia ter mais de 23 anos assim como ela.

-Olá, você é a nova baba? – Bella assentiu assustada com a animação da garota. – Seja bem vinda, sou Ângela tenho certeza que irá adorar aqui.

Bella sorriu pelo modo como estava sendo bem tratada, tinha um bom pressentimento sobre isso.

- Bem, vou te passar as informações, essa aqui é a campainha da senhorinha.

- Campainha, porque ela precisa de uma campainha?

- Bem, ela não pode levantar e descer ela mesma, precisamos ajudá-la sempre.

- Claro - só me falta ela ser uma menina típica filhinha de riquinhos arrogantes. Era o que Bella pensava naquele momento. E Durante todo o tour ela quis perguntar sobre a menina, mas esse assunto logo foi esquecido quando Ângela lhe mostrou o seu quarto.

- Meu quarto? Porque eu tenho um quarto?

-Ora, não esperava ter de dormir na sala, esperava?- disse rindo- Edward pode ser... Difícil mas nunca faria isso com alguém.

- Na verdade eu não esperava ter de dormir aqui.

- Ah, bem você terá de dormir se ele for contratá-la, há algum problema para você?

- Não, problema nenhum. - disse querendo matar a si mesma por não ter conversado com Edward direito mais cedo.

Bem esta porta ao lado da sua é o quarto de Renesmee, ela está dormindo no momento e gostaria que a deixássemos sozinha, mas assim que acordar a levaremos para conhecê-la. Bem acho que é tudo.

- Bem sem querer abusar, mas, será que posso usar o telefone daqui, meu celular não tem sinal aqui.

- Claro, aqui é a sua casa agora fique a vontade.

- Obrigada- disse já indo em direção ao telefone.

- Ah, mais uma coisa, você não deve jamais entrar no quarto do patrão. Lá é proibido.

- Ok claro. Sem problemas.

...

Já no telefone:

- Vamos, Rose atenda.

- Olá Edward, quer falar com o Emmett?

- Sou eu Rose.

- Ah, oi Belitcha, como foi com o Edward?

- Vamos dizer que eu fui razoavelmente bem.

- Jura?!

- Claro, estou aqui na casa dele não estou.

- AHHHHHHHHHHHHHHHH!

-AHHHHHHHHH! Demais Né?!

- Queotimobellaimqaginasevocêsseapaixonamenós virariamosco-cunhadasvaiserdemaise....

-ROSE, calma respira, fala devagar e como alguém normal ta bom!

- Ai, desculpa, mas to tão empolgada, com tudo isso! Vai ser demais. E Eu tenho meio que uma noticia para te dar.

- Depois sou eu que tenho uma também.

- Bem, O EMMETT VEM MORAR COM A GENTE! AHHHHHHHHHH!

- Eu vou mudar para cá!YEYYYYYY!

- O que? Mas Bella achei que íamos ser colegas de quarto, nós 3. Íamos fazer mil coisas juntos.(N/A: não levem na malicia kkk)

- Ah, Rose iria ser legal – é e eu ficando de vela de vocês dois mesmo. - mas assim você tem mais privacidade com seu namorado.

- É verdade né?! Não havia pensado nisso antes. Mas você virá nos visitar não é Bella, quero apresentá-la o quanto antes para o meu Ursão.

- Claro, os visitarei assim que puder. Agora me conte como foi que vocês resolveram morar juntos, mas me poupe dos apelidos íntimos.

Rosálie riu e desatou a falar sobre o lindo jantar que tiveram na noite que ele pediu para morarem juntos.

Rose e Emmett tinham um relacionamento já a um tempo, estava cada vez mais serio e Bella já previa um casamento em pouco tempo. Rosálie estava empolgada falando e Bella escutava e fazia barulhos, como “aham” ou “uhum”

A verdade é que ela estava pensando na menina, seu nome era Renesmee como a Ângela havia lhe dito, era um lindo nome, parecia especial e único. Já eram 13 horas e Bella sentia o cheiro de comida sendo preparada. Ela não havia almoçado ainda, nem a menina dorminhoca da casa. Será que devia ir vê-la?

- Rose, sinto em interrompê-la, mas preciso ir ver a garotinha já esta tarde e ela ainda não almoçou, nem eu.

- Claro, depois me conte como ela é!

COMO?

- Você não a.... Conhece?

- Oh, não. Emmett diz que Edward não gosta que as pessoas de fora vejam a menina. Ele disse que Edward é muito protetor em relação à menina, na época não tínhamos um relacionamento tão serio e eu não dei muita importância, mas tenho muita curiosidade.

- Bem, prometo saciar sua curiosidade então, beijo amiga.

- Beijinhos.

Bella desceu um lance de escada da sala da casa

( Sala ) até a cozinha ( Cozinha ) onde Ângela preparava uma bandeja de comida, estava um cheiro delicioso e no prato estava com uma aparência ótima.

- Olá Ângela. Esse é o almoço da Renesmee?

-Sim, é. Gostaria de levá-lo até ela? Assim poderão se conhecer.

- Claro farei isso.

Ângela lhe entregou a bandeja e Bella subiu os dois lances de escada até o quarto da menina suando frio.

É agora. Chegando perto da porta pode ouvir o som de um piano sendo tocado, bateu de leve na porta e o som se interrompeu e ela ouviu sua voz como um tilintar de um sino.

- Não estou com fome, Ângela.

Não iria deixar a menina sem comer, tinha que se apresentar e não faria isso do outro lado da porta, pelo jeito a menina era mesmo mimada filha de riquinhos. Sem temer abriu a porta e entrou no quarto, avistou uma mesa e ali deixou o prato de comida.

Renesmee virou-se com a repentina entrada de quem achava ser Ângela e quando viu uma desconhecida de costas assustou-se e se escondeu atrás de sua cama que estava com o dossel fechado. Podia ouvir a respiração da mulher em seu quarto. Só temia que fosse mais uma daquelas que papai trazia para casa, a paparicando.

Bella se virou e ficou maravilhada com o quarto da menina. A cama parecia de uma princesa, o piano foi o que mais a encantou. Ela deu um passo a frente e viu um degrau para descer que dava aceso ao piano a cama e a todas as coisas e brinquedos no quarto. A prateleira também não era tão alta, na verdade era bem baixa. Assim ela pode alcançar sozinha não é?! Faltava algo no quarto, mas o que era. Ah é, a garotinha!

- Renesmee, onde você está! Eu... Sou sua nova babá.

-Babá?

- Sim seu pai me contratou essa manhã, saia da onde está e podemos nos conhecer melhor. - Bella tentou passar o quanto possível de confiança para que a menina confiasse nela. Renesmee sentiu a confiança na voz dela, apesar das outras babás terem ido embora muito rápido, ela sentia que podia confiar nesta daí.

- Bem... Tudo bem então.

Pôs as mãos na rodinha de sua cadeira e se encaminhou para o fim da cama, mas quando Bella a viu, Renesmee sentiu que essa iria embora, assim como as outras. Bella estava espantada e tentou não demonstrar isso, mas pela cara que a menininha fez ela não havia tido muito sucesso. Havia um conflito de emoções dentro de Bella. Estava triste por Renesmee, surpresa e com muita, mas muita raiva de Edward. Não posso acreditar que ele tenha feito isso com a própria filha. Humilhar a pobrisinha e faze-la ver a surpresa em meus olhos. Mas uma parte de Bella pensava de outr maneira. Não posso acreditar que ele seja assim, ele deve ter pensado que Emmett havia me avisado, é foi isso que ele pensou.


- Ele não te avisou não é? – disse Renesmee com sua voz de tilintar de sinos. E logo emendou - Não tem problema se quiser ir embora, pode ir.

- Ir? Quem falou que em ir embora? Eu vou ficar.

- Vai... Ficar? Mesmo que eu não seja uma criança normal e não ande? Mesmo assim vai ficar?

- Mas é claro que vou, que tipo de babá eu seria se não ficasse- disse sorrindo e se aproximando da menina e se ajoalhando em frente à pequenina sentada na cadeira de rodas. Suas mãos foram em direção as da menina, mas pararam o meio do caminho achando que a menina se assustaria, mas tudo o que Renesmee fez foi pegar suas mãos o que provocou um arrepio em Bella.

As mãos pálidas e frágeis da menininha também eram geladas, Renesmee percebeu a surpresa de sua babá, novamente, só que dessa vez pela temperatura de suas mãos, e iria solta-las quando o que Bella fez a surpreendeu. Bella entrelaçou seus dedos nos da garotinha que com a mão quente de sua babá ficou feliz e sorriu. Era a primeira vez que ela sorria depois de anos tentando apenas, não chorar, na frente do pai.

- Não tire suas mãos, são refrescantes - disse Bella.

- Refrescantes?- disse a menina olhando as próprias mãos, e dando risada.

- Imagine num dia de sol você pode colocar suas mãos na nuca e nem precisará mais se refrescar. - Renesmee riu, mas logo ficou seria e olhou para as mãos.

- mas e no frio o que faço com elas?

- Elas são mágicas, estavam fazendo magia no piano, pensa que não te ouvi tocar?! Aquilo foi a coisa mais bela que já ouvi, e no frio nós vamos por luvas em suas mãos e eu as segurarei até que elas se esquentem.

Renesmee sorriu, mostrando seus belos dentes de leite branquinhos como sua pele. Bella lembrou-se de algo que uma vez sua vó havia lhe dito.

“Uma das características da febre é quando se esta com as mãos geladas e o pescoço e a testa quentes.”

É isso, tinha de ser.

- Deixe me ver uma coisa Renesmee – disse pondo a mão em sua testa. Quente como uma panela no fogão. - eu acho que você está com febre, costuma ficar doente com freqüência?

- Bem... Sim, mas isso é bom na maioria das vezes, é quando papai me dá atenção. - a ultima parte ela falou baixinho, mas foi impossível para Bella não escutar. Talvez aquilo fosse pior do que ela pensava.

- Você relaciona isso com ganhar a atenção de seu pai – Disse Bella já direcionando a cadeira para a cama da menina, a tirando da cadeira e a colocando na cama.

- É que papai, não...gosta muito de mim, ele... Tem vergonha por ter uma filha que não saiba andar.

- Isso, não é verdade, saiba disso, seu pai só é um pouco... Rígido e deve estar ocupado com o trabalho. Mas me diga quando seu pai está por perto você se sente melhor ?

- Sim, quase sempre é assim. Também me sinto melhor com você... Aqui.

- Obrigada.- Disse sentida por já ter tanta confiança da garotinha- Agora isso é muito importante Renesmee, sei que pode ser um pouco difícil, ainda mais por nos conhecermos agora, mas saiba que pode confiar em mim e eu confiarei em você. Tenho uma pergunta a lhe fazer você a responde?

A menina assentiu e Bella prosseguiu

- Você sabe o porque de não conseguir andar ?

- Bem... Eu... Eu só sou assim. Não aconteceu nada. Eu era pequena, mas já não era um bebê. Minha babá desconfiou e pediu ao meu pai para me levar ao medico, nenhum dos exames deu em alguma coisa e ninguém achou nenhuma explicação para esse... Problema.

É, era mesmo pior do que ela pensava. Se ela não era paraplégica, então era tudo emocional? Mas porque será que ela sofria?

- Então, vou ligar para o seu pai para saber se ele a levará ao medico.

-NÃO... Quer dizer, não precisa incomodá-lo sei onde estão as coisas. O remédio e o termômetro estão na terceira gaveta desse criado mudo.

Bella se esticou e pegou o remédio e o termômetro da gaveta. Estava intrigada com o porquê de a menina ser tão contra a idéia de ligar para o pai.

- Renesmee qual o motivo real de não querer que eu ligue para o seu pai.

- Bem... Ele não gosta de ser incomodado e pode despedir você por incomodá-lo. Não gostaria que fosses despedida.

- Já está na hora em que ele chega e aí veremos tudo bem querida?!

- Mas ele disse que chegaria...- BAM. O som da porta batendo foi ouvido pelas duas. Renesmee já conhecia o barulho e disse- É ele chegou.

Parece que logo verei o porquê dela sofrer pensava Bella.

CONTINUA...