And In This Pool Of Blood
No Parque
- Não acredito que vai me deixar sozinho! - reclamava Frankie, enquanto eu calçava um tênis. Aquilo já estava me irritando.
- Não, você não vai ficar sozinho - disse abrindo a porta para sair - Tem como excelente companhia a sua consciência, se é que um dia você já teve uma... ah, eu tenho ir, depois a gente conversa.
Frankie deitou-se na minha cama, extremamente carente.
- Tudo bem, pode ir! - ele disse, numa voz esganiçada - Mas não esqueça, querida Natallie - continuou, a voz recuperando o tom sarcástico - Vou comer todos os biscoitos que sua Avó fizer pra você!
- Isso é uma ameaça? - perguntei, rindo.
- É SIM!
Olhei para o teto, pedindo para que no próximo Natal Frankie ganhasse um cerébro novo.
- Okay, só não faça bagunça - alertei-o, fechando a porta.
A rua estava realmente muito fria, pois havia indicios mais do que claros de inverno no ar. Isso me incomodava um pouco. Demais, para falar a verdade.
O céu ficava mais instável a cada passo que dava. Parecia que estava caminhado para um apocalipse...
*Que exagero!x_x*
Chegara exatamente às seis da tarde, nem um minuto a mais nem menos. Porém, as borboletas no meu estomago voavam com mais velocidade do que nunca e eu queria muito que elas parassem com isso. Sentei num banco, tremendo, de frio e de nervosismo, e esperei.
Sabe como é, garotos sempre se atrasam...
- Pensei seriamente em trazer flores, mas... achei que soaria ridiculo - disse Bert atrás do banco.
Eu levei um grande susto (ah, estou sempre levando sustos...) e me lembrei sem querer que outro pessoa havia feito a mesma coisa na noite passada.
- Oi, Bert...
Ele sentou-se do meu lado, parecendo tão nervoso como eu. As borboletas voavam com maior velocidade no meu estomago.
- Ah, por que você me chamou aqui hoje?
Ele me olhou sorrindo.
- Pensei que tava meio obvio depois de ontem - respondeu.
Bert continuou sorrindo e senti que eu devia estar ficando muito vermelha de vergonha. Sentia meu rosto ficar muito quente.
- Essa não é a pergunta certa, Bert.
- Okay, eu tento de novo - disse ele, aproximando-se cada vez mais - Quer namorar comigo?
A temperatura aumentava cada vez mais ao redor do meu pescoço.
- Tem certeza?
- Essa não é a resposta certa, Natallie...
Sorri também.
- Quero.
Seu rosto se aproximou do meu e não poderia ter me sentido mais feliz. Não importava mais nada: nem Way, nem o que quer que estivesse fazendo. Não importava a Jamia nem que ela me odiasse.
Eu estava com Bert McCracken. Era isso que importava.
Começara a nevar.
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