Amê Souer

CAPÍTULO 2.1: O Coelho pegou a Cobra



Em algum lugar
No tempo-espaço


Luka:


Caímos?
Flutuamos?
Subimos?
Descemos?
Não sei ao certo, mas sabia que estávamos viajando por um dos portais de Kaalki.
Os Kwamis pareciam estar usando os seus poderes todos ao mesmo tempo e isto provavelmente ocasionaria uma catástrofe no mundo.
Se é que o mundo ainda existia.
Mas não tínhamos como para-los, afinal. E, de qualquer forma, eles estavam tentando nos salvar e sou muito grato por eles tentarem.
Escuto os kwamis falando todos ao mesmo, eles estão brigando por algo.
Há alguns barulhos estranhos à nossa volta.
Sinto Alix embaixo de mim. Havia ficado por cima dela para protegê-la. Mas, me assusta o fato dela estava imóvel.
Será que o mundo acabou?
Será que morremos?
Será que ela está bem?


��


Alix:


Escuto os kwamis falando todos ao mesmo. Lembro de Sass explicando sobre como o tempo pode ser modificado e aquele clarão vindo em nossa direção. Luka nos jogou no chão, ainda sinto que está acima de mim.
Será que o mundo acabou?
Será que eu morri?
Será que ele se machucou?


��


Eles abrem os olhos ao mesmo tempo, ambos têm um olhar espantado na face.
Mas quando seus olhos se encontram, azul com um azul mais cristalino, eles sorriem.
Graças a Kami estavam vivos.
Logo percebem que seus rostos estavam tão próximos que conseguem sentir o hálito um do outro.
Um momento se passa onde eles parecem ter se esquecido de tudo que ocorre a volta deles. É como se só existisse os dois ali naquele momento único.
Até que Alix percebe a posição em que eles estão e suas bochechas adquirem um cálido tom rosado, no que ele sorri dizendo:
— Parece que ultimamente sempre acabamos assim?
— É.
Ele se apoia em um braço e ajeita uma mecha do cabelo dela ficando mais perto ainda, olhos nos olhos, ele pergunta suave:
—Você se machucou?
Ela não responde desviando o olhar diretamente para os lábios dele, ela apenas balança negativamente a cabeça e ele desvia o olhar para os lábios dela, no que ele sente a respiração dela acelerar em expectativa, ele a observa atento, os lábios entreaberta, era uma visão irresistível , o barulho a volta deles pára de repente e eles sentem vários pares de olhos voltados todos diretamente para eles, um silêncio repentino, eles estão tão próximos que seus lábios quase se tocam inconscientemente ela umedeceu os lábios com a ponta da língua em um pedido silencioso para que ele unisse suas bocas, ele não resistiu e inclinou levemente a cabeça roçando nos lábios dela, ele manteve os seus olhos abertos, queria guardar na memória todas as reações do rosto dela.
Ela por sua vez fechou os olhos em expectativa, respirou fundo antecipando o beijo e toda a tempestade de emoções que ela sabia que viria com ele.
Então ele encurtou a distância e o beijo aconteceu lento e profundo, a doçura da boca de ambos era um deleite de sensações, ele intensificou o beijo mudando o ângulo , seus lábios se encontram, mais quente, mais exigente, ele mergulha sua língua na boca dela , era tão surreal, ela desliza os dedos pelo cabelo da nuca dele , que o fez sentir uma sensação única, eles estão quase sem folego, mas não querem perder contato, ao fundo como se fosse em outra dimensão ouvem uma pequena kwami-discussão:
Fluff grita apavorado colocando às mãozinhas no rosto:
—Nãoooo! - no que Plagg enfia a pata na boca dele o calando:
—Fica quieto idiota!
Fluff resmunga num tom abafado:
—Mas não podem!
Kaalki olhando para os dois se beijando:
— Claro que podem! Tanto que tão fazendo!
Fluff revoltado:
—Não podem!
Kaalki cruzando as patinhas:
—Podem sim!
Fluff cruzando os bracinhos extremamente revoltado:
— Eu já disse que não podem!
Plagg tentando parar a discussão:
—Shiuu Flufff! Não seja estraga prazeres!
Fluff aponta para os dois se beijando indignado:
—Mas isto não é certo...não ainda...
Barkk sarcástico:
—Como você sabe?
Fluff o olha indignado:
— Eu sei que não é!
Barkk o provocando:
—O mundo deles acabou! Deixe-os aproveitar!
Fluff voa furioso para Barkk:
—Não acabou não!
Barkk num tom de provocação:
— Acabou sim!
Fluff irritado :
— Não acabou!
Eles ouvem uma voz feminina bem próxima:
—Ei, ei chega de briga! - Plagg num tom debochado:
—Quieto vocês dois, deixou-os curtir o momento!
Eles se separam imediatamente e olham na direção de onde vem a voz e um Plagg muito revoltado infla as bochechas e grita jogando as patinhas para o alto:
—Droga! Vocês dois são estraga prazeres! Finalmente o coelho pegou a cobra e vocês estragaram tudo! - e sai de braços cruzados resmungando.
Eles olham ao redor e se deparam com uma fada os observando que sorri para eles dizendo:
—Oi, me chamo Pixie e vocês?