Os guerreiros entraram na casa, ela era, incrivelmente maior por dentro, também era muito diferente das casas conhecidas por eles. Embora nunca tivessem visto, era bem provável que, nem mesmo o palácio do imperador da China, fosse tão sofisticado, e tivesse tanta segurança como essa casa. Os guerreiros foram escaneados na entrada, e só puderam entrar após o aparelho reconhecer a voz do gato, que dizia que eles eram convidados. Desseram até o andar subsolo, onde viram várias máquinas, que nem em seus sonhos mais loucos haviam imaginado, ficaram todos, até mesmo o panda, desde que entraram, totalmente sem palavras, com a expressão de espanto e admiração, aquela casa parecia uma outra dimensão:

Gato_ O que estão achando?- diz ele, chamando a atenção dos guerreiros, os acordando para enfim, dizerem algo.-

Po_ Isso é mega super irado!-diz empolgado e muito animado-

Tigresa_ É de tirar o fôlego!- Até mesmo ela, estava surpresa, e muito admirada-

Louva-Deus_ Isso tudo é armas de segurança?- diz enquanto admirava as máquinas, um tanto desconfiado-

Gato_ Sim! A máquina do tempo jamais poderia cair nas mãos erradas, ela pode mudar o mundo. -explica ele-

Po_ E onde ela está?- pergunta empolgado-

Ele sorriu, misteriosamente, e os conduziu até uma das máquinas, que era um pouco maior que Po, mas esta estava coberta com um longo manto, preto:

Gato_ Esta, esta é a minha maior criação!- diz orgulhoso-

Po_ Vamos levar! Vem galera, me ajudem!- disse empolgado, não conseguia esperar mais-

Gato_ Esperem! Antes, vamos as normas, primeiramente, ninguém, eu repito, ninguém, deve saber da existência dessa máquina. Segundo, não devem utilizar-lá. E terceiro, devem proteger ela de qualquer um que queira tocar nela. E em quarto, tomem cuidado, não deixe que ela seja danificada. Eu confio plenamente em vocês. -diz ele sério, e com autoridade-

Po_ Deixa com a gente! E você voltará quando?

Gato_ Não sei ao certo, terei de viajar muito, mas eu pagarei, quando voltar, pelos seus serviços.

Po_ Não precisa, nós lutamos pela honra e não por dinheiro, será nobre de nossa parte, fazer por cortesia.-diz gentilmente-

O gato sorriu, admirado:

Gato_ Terão minha eterna gratidão! Ao anoitecer venham busca-lá, não podemos correr o risco de alguém os virem.

Po não gostou nada da ideia, ainda não tinha visto a máquina, e não queria ter que esperar até anoitecer, mas, contudo, ele era o dono, então cabia a ele decidir:

Po_ Beleza!-Diz sem ânimo-

Os guerreiros se despediram do gato. Eles
levaram a gangue de crocodilos para a vila, ainda desacordados, onde os entregaram para a justiça, os bandidos iriam responder pelo ato fazendo trabalhos públicos durante um mês.
Os guerreiros, finalmente puderam voltar para o palácio de jade para treinar. Eles almoçaram, descansaram por vinte minutos, e juntamente com o professor, o mestre Shifu, caminharam para a sala de treinamento:

Po_ Mestre, antes de treinarmos, preciso te dizer uma coisa importante.-Disse ele, um tanto nervoso, coisa que Shifu notou-

Shifu_ Estou ouvindo panda.- diz ele, sério-

O panda contou-lhe tudo, falou os detalhes do que haviam visto, e o que, ele havia comprometido a todos. Shifu inicialmente estava incrédulo, mas, quando os cinco furiosos confirmaram a história de Po, Shifu ficou pasmado, por alguns minutos em estado de choque, sem ação:

Shifu_ Panda! você não pode se comprometer a nada sem a minha permissão. -Disse severamente, alterado-

Po_ Mas mestre, como recusaria? Era show demais!

Shifu_ Não importa, eu sou o mestre aqui. -Diz, ainda alterado, sério e rígido-

Po_ Então não poderemos...

Shifu_ Agora será permitido, mas que não ocorra novamente. -ordenou com autoridade-

Po_ Sim mestre, sinto muito! -diz, enquanto fazia a reverência do Kung Fu-

Shifu vira de costas para o panda, depois de poucos segundos refletindo no que acabara de ouvir, voltou a dirigir a palavra a Po:

Shifu_ Po, você está proibido de tocar na máquina. Conhecendo bem você, sei que não iria resistir em experimenta-lá!

Po_ Mas mestre... - Tentou protestar, se sentindo injustiçado, mas foi interrompido-

Shifu_ Sem mas! Agora quero que voltem a treinar.- disse com autoridade, sério, em um tom ameaçador-

"Já sei de onde veio a personalidade da Tigresa" pensou o panda, porém não teve coragem de insistir, afinal, tinha de obedecer a Shifu. Os guerreiros voltaram a sala de treinamento, mas desta vez, infelizmente, não estavam se saindo bem, provavelmente porque estavam muito distraídos com a máquina do tempo, pensando no que ela era capaz de fazer.
Shifu estava ficando frustrado com eles, estavam se atrapalhando muito, aquilo que faziam, era tudo, menos Kung Fu. Que é uma arte que exigia disciplina e concentração, coisa que nem mesmo a Tigresa estava seguindo naquele momento:

Shifu_ Parem, parem! O que estão fazendo? Porque nunca que isso é Kung Fu, Tigresa até você? Estou decepcionado! As posições estão mal feitas, estão sem equilíbrio... Francamente, até hoje pela manhã, estavam indo bem, agora estão fracassando terrivelmente. - Repreende ele, em um tom alterado e rígido-

Tigresa_ Perdoe-nos mestre! Eu sinto muito, isso não ocorrerá outra vez.-diz ela, fazendo a reverência do Kung Fu, seguida pelos outros-

Po_ Acho que estamos sem inspiração, estamos muito ligados na tal máquina!- tenta explicar-

Shifu_ Isso não é desculpa. Se querem se inspirar, pensem no mestre Oogway, e nos grandes guerreiros.- diz, ainda alterado-

Tigresa_ Mulan! -esse nome escapou de seus lábios-

Shifu_ Se te faz lutar decentemente, pense nela também.

Víbora_ Mulan! Ela é uma inspiração, amo a lenda dela! Meu pai que me contou, depois que eu lutei com um gorila por ele. -Diz sorrindo, pensando em seu amado pai-

Po_ Ela é show de bola mesmo! Eu achei bem emocionante a lenda.

Tigresa se surpreendeu, a lenda de Mulan era a sua favorita, ela tinha o pergaminho dá história, que já havia lido varias vezes:

Tigresa_ Não sabia que conheciam a lenda!

Po_ Tá brincando? É a lenda mais famosa da China! Meu pai me contou também, depois que eu me apaixonei pelo Kung Fu.

— Chega de conversa! Será que podem se concentrar? Eu não quero mais nenhuma humilhação ao Kung Fu.- diz, se referindo ao desempenho dos alunos-

Tigresa não era de conversar, principalmente nos treinos, não sabia porque estava agindo assim, tão diferente da guerreira disciplinada, durona, e concentrada que sempre foi:

Tigresa_ Perdão mestre, eu não sei o que deu em mim.-ela se recompõe, voltando a sua personalidade original-

Shifu_ Basta. Já que gostam tanto dessa lenda, tenho uma ideia. - sorri sarcástico-

Enquanto treinavam, diziam juntos, por ordem do mestre Shifu, como fazem os soldados, um coro, um discurso que os inspira e tira o medo, pronunciavam uma das antigas canções, da lenda de Mulan:

Todos_Vamos a batalha
Guerrear, vencer
Derrotar os hunos
É o que vai valer
Vocês não são o que eu pedi
São frouxos e sem jeito algum
Vou mudar, melhorar
Um por um
Calmo como a brisa
Chamas no olhar
Uma vez centrado
Você vai ganhar
São soldados sem qualquer valor
Tolos e sem jeito algum
Mas não vou desistir de nenhum

Po_ Alguns quilinhos vou perder... Ei, por que eu disse essa parte sozinho?

Shifu_ Concentração!

Todos_ Diga a todos que eu já vou
Não devia ter deixado de treinar
Não deixa ele te bater
Espero que não saibam quem sou
Eu queria mesmo é saber nadar!
Homem ser!
Seremos rápidos como um rio
Homem ser!
Com força igual a de um tufão
Homem ser!
Na alma sempre uma chama acesa
Que a luz do luar nos traga inspiração
O inimigo avança
Quer nos derrotar
Disciplina e ordem
Vão nos ajudar
Mas se não estão em condições de se armar e combater
Como vão guerrear e vencer?
Homem ser!
Seremos rápidos como um rio
Homem ser!
Com força igual a de um tufão
Homem ser!
Na alma sempre uma chama acesa
Que a luz do luar nos traga inspiração
Homem ser!
Seremos rápidos como um rio
Homem ser!
Com força igual a de um tufão
Homem ser!
Na alma sempre uma chama acesa
Que a luz do luar nos traga inspiração!

A música não foi cantada, foi dita como um discurso, porém Shifu atingiu seu propósito, pois aquilo surtiu efeito sobre os guerreiros, que se saíram muito melhor.
Já havia anoitecido, e a hora de buscar a máquina havia chegado, finalmente.