Amor que Cura

A família do futuro



Po controlou o choro, e voltou a olhar, viu que eles estavam brincando ao lado do "pessegueiro sagrado do saber celestial", dois dos filhotes, dormiam na sombra do pessegueiro, encostados no tronco, esses eram bebês, e havia ainda, outros quatro que deviam ter em média, seis anos, eles tinham ao todo, seis filhos. Po estava maravilhado, e muito emocionado, não podia deixar de olhar mesmo cansado e sonolento, então, viu que, de repente, ele e Tigresa olharam para o horizonte, e seus semblantes se tornaram sérios "O vale está sendo atacado" pensou Po, o panda reparou que pela expressão dele e dá Tigresa, não devia ser algo grave, pois não pareciam muito preocupados, então se voltaram para os filhotes e falaram algo para eles, mas como não tinha som, Po não sabia exatamente o que disseram, mas entendeu que era para os filhotes esperarem ali, e então eles os deixaram. As crianças continuaram a brincar, aquilo devia ser rotina para elas, já que não demostraram muita preocupação, tal como os pais delas. Po se ajeitou para continuar a olhar, uma das cenas mais maravilhosas que viu naquela noite, mas, ao se ajeitar, sem querer, pressionou o botão branco, e então, ouve uma luz branca, intensa, que fez ele desequilibrar e cair no tapete, que agora se transformou em uma espécie de janela, para uma viagem no tempo. Ele foi parar exatamente no local onde estavam as crianças, que brincavam de "cavalinho" com os bebês que haviam acordado, ao ver o portal se abrir, eles se assustaram, mas ao verem Po, ficaram felizes e animados, gritando "papai" e pulando sobre o panda, todos de uma vez, os bebês estavam nas costas dos dois meninos, com o choque, Po desequilibrou novamente, e caiu dentro do portal, ele voltou para o seu tempo com todos os filhotes, e antes de dizerem qualquer coisa, o portal foi fechado, o panda caiu sobre o controle, que além de desligar a máquina, se quebrou, tudo ocorreu em fração de pouquíssimos minutos:

Po_ Há não! -estava perplexo, ao ver a confusão que criou, e pior, quebrou o controle, o impedindo de concertar a situação-

Os filhotes estavam assustados e confusos, mas não se machucaram. Eles estavam em pé, em frente a Po:

Lok_ O que está acontecendo pai?

Po_ Aí droga, o que eu fui fazer! -leva as patas a cabeça, mas, então olha para seus filhos, que agora estavam a sua frente- Olha só... Vocês são ainda mais fofinhos de perto! Que coisinhas mais maravilhosas!

Ele estava quase chorando de tanta emoção que sentia, ao ver seus filhos, cara a cara:

Mulan_ O que está havendo papai? - reforça a pergunta do irmão-

Po_ Ha é! A grande confusão, foi mal, por um segundo eu esqueci! Então crianças eu... Não sei direito como explicar isso para vocês!

Deshi_ Que tal se começar dizendo onde estamos, como viemos, o que ouve com o senhor? E cadê a mamãe? - pergunta angustiado -

Po_ Calma, calma, calma... Eu preciso resolver essa baita confusão! Mas, resumindo, vocês foram trazidos para 18 anos no passado. - Disse aflito, e com temor -

Os filhotes ficaram pasmados com o que ouviram:

Deshi_ Como é possível?

Tao_ Isso significa que... - foi interrompida -

Po_ Significa que eu e sua mãe ainda não estamos juntos, e que, na verdade, ela não pensaria nessa possibilidade... Admito que isso é incrível, mas eu também duvidaria que um dia, eu fosse me casar com alguém tão incrível como ela.

Mulan_ Então nos mande de volta papai, por favor! -disse abraçando o braço de Po -

Po_ Não posso... -se abaixou, na altura das crianças- Mas, eu prometo que vou cuidar bem de vocês, até conseguirem voltar para casa... Meus filhos! -disse as duas últimas palavras em outro tom, emocionado-

As crianças o surpreenderam com um abraço, um abraço apertado e carinhoso, confiantes nele, para Po, foi o despertar do extinto paterno, era incrível a sensação que ele estava sentindo, no abraço acabou o medo, deram lhe força e coragem. Ao se separarem, Po pegou os dois bebês no colo, já que eles ainda não sabiam andar, quando foram pegos, eles riram para Po, uma risada tão sincera, alegre e muito fofa:

— Que coisinhas fofas!- disse Ele, fazendo uma voz de bebê-

Tao_ Papai do passado, o que faremos agora, quer dizer... Nossa família não existe aqui! Isso... É terrível- Ela queria chorar-

Po- Calminha princesinha! -acariciou a cabeça dela, sorrindo- eu vou dar um jeito nisso, mas agora, por enquanto, vamos para o meu quarto, e amanhã... Nem sei o que vai ser de mim! Mas de alguma forma, vocês vão voltar para época de vocês, eu prometo. -disse Po-

Isso os deixou calmos, afinal, de todo modo, Po era o seu pai, continuavam na sala do heróis, Po se sentou para brincar com os bebês, e conversar um pouco com as crianças:

Po_ Ei, me digam os nomes, e as idades de vocês. Não, não, deixa eu adivinhar, hum... Uma das meninas se chama Mulan? - disse em um tom mais animado -

Mulan_ Sim, eu mesma! E o nome caiu como uma luva, porque eu, sou a melhor guerreira, a melhor mestra de Kung fu! - disse em um tom convencido, mas irônico -

Po_ Sabia! E não me surpreendo, sendo minha filha e dá Tigresa, imagino os mini guerreiros incríveis que são! - disse convencido e irônico -

Lok_ Na verdade pai, só a Mulan e o Deshi que querem seguir o Kung Fu, nos lutamos como defesa pessoal. Eu, Lok, por exemplo, amo futebol, e já jogo em um time, e sou o capitão! -Diz animadamente-

Po ficou surpreso, mas não decepcionado, ele sabia que cada um devia decidir qual caminho seguir:

Po_ Uao! Eu já sou torcedor fiel do seu time. - Disse Po, com orgulho

Lok_ Eu sei bem disso, lembro que no meu primeiro jogo você gritou mais que toda a torcida junta, ainda usou uma blusa com a minha cara estampada! Hehe foi hilário! - Diz sorridente -

Tao_ Papai, papai!

Po_ Sim, lindinha?

Tao_ Eu me chamo Tao, sou bailarina, amo dançar ballet! E também, amo pintar e desenhar! -Diz animada-

Po_ Tao... Pessegueiro! É, eu e a Tigresa vivemos muitas coisas naquele pessegueiro, deve ser por isso que esse é o seu nome.

Tao_ É papai, eu sei! - disse sorrindo -

Po_ Você é uma artista! E ainda dança ballet? Imagina você dançando... Deve ser muito fofo, amanhã você pode me mostrar? - Pergunta sorrindo-

Tao_ Sério? Claro! - Diz alegremente-

Deshi_ Então pai, eu me chamo Deshi, eu amo Kung Fu! Mas, sendo honesto eu amo esgrima do mesmo tanto! A combinação dos dois é quase que imbatível! -disse enquanto fazia movimentos de luta de esgrima, como se estivesse com uma espada-

Po_ Que incrível! Eu curto muito lutas com espadas também, eu imagino como deve ser show de bola dominar as duas artes! Cara, você precisa me ensinar. - diz Po empolgado-

Deshi_ Show demais! Há, e os bebês são o Huo, e a Bo, são gêmeos, tem seis meses, e nós, somos Quadri... Qua... Somos gêmeos! Temos 7 anos, e somos Pangres! - explica-

Po_ Genial! Eu comecei uma nova geração! Isso é incrível, super show! Eu mal consigo me expressar!Vocês são as coisinhas mais fofas que eu já vi na vida, além de tudo, eu ainda tive filhotes lindíssimos, que benção!

Tao_ Obrigada papai! Todos sempre dizem isso..! -diz convencida, e irônica-

Lok_ Estamos na sala dos heróis... Depois que quebramos um vaso ficamos proibidos de vim aqui.

Ironicamente, foi o mesmo vaso que Po quebrou quando entrou naquela sala pela primeira vez:

Po_ Agora virou tradição de família! -disse em bom humor-

Lok_ O senhor disse a mesma coisa quando isso aconteceu.

Po_ O bom e velho Po! Ei, eu estou amando esse momento, sério, eu acho isso extremamente fantástico! Mas... Precisamos ir para o meu quarto, em silêncio.

Mulan_ Por nós, tudo bem, mas o Huo, e a Bo não são lá muito disciplinados... São bebês!

Po_ Bom, preciso arriscar, vamos, me sigam filhotes! Amanhã teremos um dia cheio...- Po abaixou para ficar na altura deles- Não levem a sério nada do que vão ouvir amanhã, principalmente dá Tigresa, ela não sonha tão alto assim! -Sorri-

Então, Po deixou Mulan levar a vela, já que estava com as mãos ocupadas segurando dois bebês, e assim, com cuidado, caminharam sorrateiramente. No caminho ele pegou algumas cobertas para os filhotes.
Então, finalmente chegaram ao corredor dos quartos dos guerreiros, e com mais cuidado ainda, atravessaram em silêncio, até chegarem ao quarto de Po, por sorte, os bebês voltaram a dormir no caminho:

Po_ A parede é fina, então não façam barulho, e fiquem calmos, eu farei tudo que for possível para mandar vocês para sua época. - sussurrou -

Lok_ Não estamos com sono... Mas, vamos tentar dormir!

Mulan_ Papai, um pouco antes pararmos aqui, os bebês tomaram leite... Três mamadeiras cada um! Devem aguentar até o sol nascer. -Avisa ela-

Po_ É um alívio Mulan, boa noite meus... Sonhos realizados! -disse com todo orgulho-

Po, fez aconchegantes camas para os filhotes, um ao lado do outro:

Tao_ A gente só dorme depois de uma canção... É impossível?

Po_ Eu canto baixinho, deitem.

Todos deitaram, Po pensou em uma canção de ninar, e logo lembrou de uma que ouviu a muito tempo, quando era filhote e ficava com medo o senhor Ping sempre cantava, geralmente em noites de tempestades:

Po_ Não tenha medo, pare de chorar
Me dê a mão, venha cá
Vou proteger-te de todo mal
Não há razão pra chorar
No seu olhar eu posso ver
A força pra lutar e pra vencer
O amor nos une para sempre
Não há razão pra chorar
Pois no meu coração
Você vai sempre estar
O meu amor contigo vai seguir
No meu coração, aonde quer que eu vá
Você vai sempre estar aqui
Basta fechar os olhos
É só fechar os olhos
Quando fechar olhos
Vou estar aqui.—cantou em um sussurro-

As crianças dormiram, era como tiro e queda. Po deitou virado para eles, um tanto preocupado, mas como estava cansado, logo adormeceu.