* Noite Estrelada *

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Acordei de súbito. Os sonhos não foram gentis comigo. Me levantei, desci as escadas e fui para a cozinha. Dei um beijo na bochecha de Alneh - Era nossa cozinheira. Ela era japonesa e cozinhava super bem.

– Hmmm! Panquecas! - Falei em tom contemplativo, eu amava as panquecas de Alneh. Ela colocou um pequeno monte no prato e eu comi todas.

Nesse fim de semana, resolvi vir para a casa da minha tia, já que a festa de Izzy seria no Domingo (Hoje).

Assim que acabei de comer, fui para meu quarto arrumar as coisas. Separei o vestido, os sapatos, os assessórios e a caixinha preta do presente. Tomei banho, lavei o cabelo e fiz massagem. Deixei os cabelos soltos e coloquei um vestido qualquer. Passei as horas ouvindo, só parando para almoçar, e fazendo as unhas. 18:00hrs, me levantei e fiz escova no cabelo, me vesti e me fiz o MakeUp. Apenas rímel, lápis e blush. Um pouquinho de Gloss e Perfeita. Eu estava realmente bonita. Desci as escadas e chamei o Philip ( Nosso motorista) para me levar.

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– Clary, Clary! - Uma Isabelle extremamente feliz me chamava. Fui a seu encontro e dei um abraço apertado nela.

– Feliz 17 anos, Isabelle Lightwood! - Entreguei a caixinha para ela, que abriu e se emocionou com o presente.

–Owwwn Clary! Ameeei! - Ela me puxou para dentro da mansão Lightwood, que estava habitando a escola toda, praticamente. Ela me levou em direção à uma figura esguia e bonita. Alec, percebi. Ele estava com jeans e um casaco normal. Será que ele aceita trocar comigo? Haha.

– Oi Alec! - Cumprimentei.

– Fray! - Ele assentiu com a cabeça.

– Bom, - Izzy se pronunciou. - O papo de vocês está tão interessante, mas eu tenho que achar o Simon, então: Bye, seus idiotas! - Ela saiu rindo.

– Ai! - Alec fingiu estar ofendido. - Aquele ali não é o Verlac se agarrando com a... Aline!

Olhei na direção e vi, Sebs engolindo Aline. Dei de ombros.

– Nós terminamos ontem! - Eu acho! - Acrescentei mentalmente. Alec agora estava rijo, com as mãos retraídas. - Está tudo bem, Alec?

Ele só assentiu e pediu licença, saindo por uma porta perto das escadas.

– Tá né... - Murmurei, me virando e batendo com o rosto no peito de algum menino. Um menino com o estranho cheiro de...

– Jace! - Falei, me recompondo.

– Você não consegue ficar um minuto sem me agarrar, não é Fray?

Revirei os olhos.

– Aquele não é o Sebas...

– Nós terminamos, ok?! - Falei, já impaciente. Me virei e saí em direção à um corredor qualquer.

Fui parar na cozinha, e reparei que Jace estava me seguindo. Ele trajava uma Jaqueta de couro no melhor estilo Bad Boy, Jeans escuros e um sorriso cafajeste.

– Para de me seguir, Inferno! - Me exasperei. Eu queria ficar sozinha.

– Não! - Ele disse.

– Por que você é tão chato, Lightwood?

– e Por que você é irritante? - Rebateu.

– Seu acéfalo!

– Retardada!

– Idiota!

– Baixinha!

– Feio!

– Mentirosa! - Ele riu.

– Eu não minto!

– Você acabou de me chamar de feio! Você mentiu. - Ele debochou.

– Por que você não me deixa em Paz? - Perguntei, exasperada.

– Porque eu não quero! - Ele respondeu.

– E O QUE VOCÊ QUER? - Quase gritei, meu rosto à 5cm do seu.

– Isso! - Ele passou os braços por minha cintura e colou nossos corpos, selando nossos lábios.

Imediatamente minhas mãos foram para seus cabelos, que fizeram cócegas em meus dedos. Sua boca tinha gosto de hortelã e seu cheiro hoje estava misturado ao de um perfume cítrico. Era bom e... novo. Suas mãos passeavam pelas minhas costas, até chegarem às minhas pernas e me levantarem, sentando-me ao balcão de mármore da cozinha. Assim ficamos da mesma altura. Eu passei minhas pernas ao redor de sua cintura e ele deixou sair um gemido de surpresa de sua garganta. Enterrou os dedos em minhas coxas e começou a traçar beijos delicados pelo meu pescoço. Puxei de leve seu cabelo, levantando seu rosto e trazendo sua boca para onde eu mais queria: meus lábios. Uma das suas mãos subiu um pouco o vestido e a outra foi para as minhas costelas, apertando-as de modo nem tão suave. Era disso que eu mais gostava no modo como ele me segurava. Suave, mas não delicado. Ele não tinha mais autocontrole que eu. Uma mão minha desceu para seu peitoral definido enquanto a outra segurava seu pescoço, prendendo-o ali. Assim ficamos, até meu pulmão gritar por ar e ele voltar a beijar meu pescoço, me dando espaço. E depois eu o trazia de volta a meus lábios, de onde não deveria ter saido. Continuamos até alguém pigarrear alto atrás de mim, do outro lado do balcão. Jace se afastou e eu vi: Isabelle e Simon. Izzy estava prendendo orrso e Simon estava com um olhar malicioso.

– Aaaaaaaah eu sabia!!! - Izzy começou, gargalhando. - Sabia! Sabia! Sabia! Sabia! - Estava cantarolando. Empurrei Jace para longe e desci do balcão, ajeitando o vestido.

– Foi o Jace que me agarrou... - eu olhei para ele acusadoramente. Ele só sorriu e assentiu.

– Dessa vez! Mas eu não te obriguei a retribuir! - Ele debochou.

– Para de Graça, Clary! O Jace já tá caidinho por você e você por ele! - Izzy disse.

– O que você bebeu, Izzy? - Jace e eu dissemos em uníssono. Eu encarei ele e bufei, saindo da cozinha.

– Você me quer, Fray! - ele berrou. Me virei e mostrei o dedo do meio para ele. Fui até lá fora, me sentando na escada. Passei a mão pelos lábios inchados, revivendo aquele momento único. Até que senti uma mão no meu ombro.

– Sai daqui, Jace! - Falei, me virando. Mas não era Jace. Era...

– Sebastian?!