Bip. Bip. Bip.

Me levantei, morrendo de dor de cabeça. Eu tinha voltado para a Holiter quase 2:00 hrs da manhã. Praticamente desmaiei na cama. Olhei para o lado, Isabelle estava completamente coberta pelo edredon grosso. Quando cheguei, ela já estava dormindo e do mesmo jeito que estava agora. Me levantei e fui acordar ela. Tentei achar um braço qualquer e a sacodi.

– Izzy, sua vaca, acorde se não vai se atrasar! - Isabelle se mexeu e puxou o edredon. Ao lado dela estava Simon.

– Simon? - Fiquei espantada, mas não conti o riso. - Oh, Anjo! Você está pela...

– Cale a boca, Clary! - Isabelle berrou. Eu peguei minha toalha e fui para o banheiro. Lançando um último olhar malicioso para os dois. Isabelle deu de ombros e Simon corou.

Tomei meu banho, coloquei o uniforme e prendi o cabelo em uma trança raiz. Quando eu saí, Simon já estava vestido e Isabelle foi para o banheiro, dando um selinho nele.

– Então, Sí. - Puxei assunto. - Noite boa? - Não pude evitar, Gargalhei novamente. Ele corou violentamente.

– Clary, por favor, sem comentários! - Ele pediu, severo.

– Ok. - Eu iria respeitar a privacidade dele. - Mas, o Alec e o Jace sabem disso?

– ham... Não existia "isso" até ontem à noite. Izzy e eu...

– entendi, entendi! - Eu não queria constrangê-lo ainda mais. - Eu vou para a aula, você tem que se arrumar! ! - Ele pareceu se lembrar e saiu correndo do quarto. - EU JÁ ESTOU INDO, IS! - Gritei para ela.

– OK!

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A aula estava um saco! Hoje era o dia do "Jace Mal-Humorado". Além de ser grosso, ele estava raivoso. Acho que se ele me mordesse, eu contrairia a doença. Hahaha

Sebs me mandava aviões de papel a todo momento, com mensagens carinhosas e piegas. Sinceramente, eu não gostava desse romance meloso de "andar de mãos dadas" e "assistir comédias românticas". Eu preferia algo menos... sentimental. Sebastian era um fofo! Mas eu não sabia o por que de eu estar com ele. Acho que deixei o... ér... Ciúmes que senti quando vi Jace agarrando aquela puta responder por mim. Eu quero que ele sinta o que eu senti naquele momento. Mas, e se ele não gosta de mim? E se ele foi realmente levar Aline e Izzy ao cinema? Pensando bem, o que ele iria gostar em mim? Jace gosta de garotas fáceis e eu nunca irei encabeçar a lista. Suspirei. Eu gostaria que ele gostasse de mim?

– Algum problema, Fray? - Ele ergueu uma sobrancelha.

– Sim, tem um ser idiota ao meu lado!

–Calma, Pequena! Eu só fiz uma pergunta. - Ele parecia ofendido.

Foi aí que eu cometi o pior erro da minha vida:

– Você e a Aline estão juntos ou o que? - Me esfaqueei mentalmente por isso. Jace só sorriu torto.

– ciúmes, Fray? - Ai, Deus! Agora ele iria me zoar pro resto da vida.

– Claro que não! - Tentei inventar algo. - É que eu achei que até Você era melhor que isso!

Contra ataquei.

– melhor que o que? - Ele perguntou.

– Melhor que os homens que recorrem à prostitutas! - Apontei para Aline e ele riu.

– Mas ela é gostosa! - Ele debochou.

– E você, um acéfalo!

Ele riu de escárnio. Outro avião de Sebastian pousou, mas dessa vez Jace o interceptou.

– O que você tanto conversa com o Lightwood? - Ele leu em voz alta. - Parece que o Verlac não é tão seguro quanto aparenta ser. Vive tomando conta do que é dele - Apontou para mim. - para que eu não as leve.

– Eu não pertenço a ele! - me exasperei. - Eu pertenço à mim.

Ele pareceu satisfeito com o comentário.

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Eu estava indo em direção ao meu armário. Não tinha ninguém no corredor, então corri para pegar o uniforme de educação física, se não iria me atrasar.

Abri o armário, pegando a bolsa com o uniforme.

– O que está fazendo, Fray? - a voz de jace soou de trás de mim.

– Indo para Nárnia, não percebeu? - Respondi com sarcasmo. Ele riu e eu fechei o armário. Eu apressei o passo, indo na direção da quadra. Senti a presença de Jace, me acompanhando. Ele segurou meu braço e me fez virar.

– Eu não aguento mais, Fray! - antes de deixar-me reclamar, Jace já estava me beijando. Larguei a bolsa com o uniforme e agarrei seus cabelos.

Aquele gosto de hortelã me inundava, me fazendo retribuir na hora. Suas mãos passeavam pelas minhas costas e seu cabelo fazia cócegas em meus dedos. Ele caminhou até me prensar na parede, se curvando para deixar os lábios na minha altura. O afastei e arfei. Não era justo com Sebastian fazer ele pagar de corno.

– Fray, por que o Sebastian? - Ele parecia meio triste.

– Isso não é da sua conta, Jace! - Peguei a bolsa no chão e corri para a quadra.