Fazia frio. A chuva caía. "Mas mesmo assim precisamos trabalhar" - dizia o pai de Claudio - "ou não teremos o que comer."

Claudio lembrava-se dessas terríveis noites de trabalho com saudade de seu pai, que fora vítima da peste negra. Seu pai ainda não havia morrido, mas estava cada vez pior a cada dia e não reconhecia mais ninguém. Isso e a morte da sua mãe fez Claudio fugir de sua terra e ir para a cidade e procurar a casa daquele famoso padeiro - sim, padeiro - e aprender a arte que mais apreciava: a culinária. Era horrível para ele ser um servo, principalmente em um feudo governado por César, um descendente do antigo imperador do império, muito severo e com uma grande inclinação a guerras, tanto que sua cavalaria era a melhor que Claudio já vira.

- Venha, Claudio. - Antonio o chamava. - Vamos aprender a fazer massa.

- Claro. Já vou.