Amor Platônico?

Preguiça boa e Ponto de Encontro


O dia amanheceu e eu e o Pedro ainda não havíamos parado. Sendo que dali a poucas horas teríamos que sair, para ir pro Rio de Janeiro. Mas quando tomamos consciência disso faltava apenas meia hora para sairmos.

╼ Meu Deus Pedro, vamos, não vai dar tempo! - falei logo que vi as horas.

╼ Ahh, tá tão bom aqui... - Pedro disse com cara e voz de sono- Eu não queria ter parado...

╼ Sim, estava bom demais mesmo - concordei dando um sorisso de canto de boca - Mas falta só meia hora para sairmos! Foi quase impossível para eu parar, mas podemos continuar isso depois né? - sorri maliciosamente para o Pedro, que respondeu com o mesmo sorriso - Agora vamos nos arrumar se não vamos perder o horário.

Quando saímos do quarto todos já estavam acordados, tomando café na cozinha. Os cumprimentamos e eles nos convidaram pra sentar, mas dissemos que pimeiro tomaríamos um banho (até porque precisávamos disso depois de uma noite tão... exaustiva).

Primeiro eu fui para o banho e, quando saí, ele foi.

Como não estávamos sozinhos na casa não teve como tomarmos esse banho juntos, mas tudo bem. Até porque nossa estadia no hotel do Rio prometia.

Esperei o Pedro estar pronto para tomarmos café juntos.

Olha, eu demoro no banho, mas esse menino demora uma eternidade!

Acho que quando casarmos quem vai atrasar é ele, porque olha.

E depois de mil anos no banheiro, quando eu já estava agoniada porque perderíamos na hora, finalmente ele sai.

Mas ele sai só de toalha, havia deixado para se arrumar no quarto.

Quando o vi assim já fiquei animada novamente, e aproveitei para o beijar rapidamente enquanto todos estavam na cozinha.

Entrei no quarto com ele e fiquei vendo ele se arrumar. Nos beijamos e quase começamos tudo novamente.

Mas quando o Pedro quis tirar minha blusa o lembrei que faltava menos de dez minutos pra hora marcada.

Tomamos um café rápido, a família toda ainda estava à mesa.

Conversamos um pouco, mas logo descemos.

Pedro chamou um táxi que, quando descemos, já estava lá.

Milagre, não tinha nenhuma fã no portão do condomínio do Pe. Acho que elas nem sabiam que ele estava em casa.

Entramos rapidamente no táxi mesmo assim, para evitar que caso alguma fã aparecesse e nos visse, criasse tumulto.

O Pedro abriu a porta pra mim e fomos nós dois no banco de trás.

Ele disse ao taxista pra ele ir até o ponto de encontro, de onde os meninos iriam se encontrar para entrar no ônibus.

Ficamos conversando, rindo e nos beijando no táxi.

Quando chegamos, todos os meninos já estavam lá, mas pareciam não estar esperando por muito tempo. O Pedro Lucas, por exemplo, estava colocando suas coisas dentro da ônibus ainda.

Pedro pagou o taxista e descemos do táxi.

Assim que descemos, Thomas percebeu nossa presença e começou a me olhar fixo.

Fiquei com medo, podia jurar que ele ia puxar uma briga com o Lanza logo de cara.

Mas ele só ficou nos encarando mesmo, de cara amarrada, sem sorrir e sem falar nada.

A primeira pessoa que fui cumprimentar foi ele, para evitar deixar por último e isso ficar algo tenso.

Depois fui cumprimentar o Pedro Lucas, que abriu aquele sorriso pra mim, o mais lindo do mundo. Me abraçou muito forte e me deu um beijo estalado na bochecha. Desde o dia do show que já tivemos uma sintonia e uma empatia muito forte, parecíamos irmãos.

Logo após, fui cumprimentar o Lucas. Ele foi querido igual, sorriu e me deu um beijo.

Como já estávamos atrasados, o pessoal da equipe falou que teríamos que entrar no ônibus para já ir para o Rio. O Pedro levou a minha bagagem e a dele para dentro. No que ele levava nossas bagagens, acabei ficando lá em baixo com os outros meninos.

Nisso, o Thomas veio falar comigo, abrindo um sorriso malicioso:

╼ Oi Luli, tudo bem gata?

╼ Oi Thomas – respondi, um pouco sem graça pela forma que ele se aproximou de mim, chegando perto demais. Fui chegando para trás vagarosamente, mas ele também ia chegando pra frente quando eu fazia isso, o que me deixou ainda mais desconfortável – Tudo bem sim, e com você?

╼ Quer saber a verdade? – falou, ainda com o olhar e o sorriso de canto de boca muito maliciosos – Não estava bem não, mas algo me diz que hoje tudo vai melhorar.

╼ Que bom então – falei, como se não tivesse entendido a indireta, e já aproveitando para dar uma – Tomara que dê tudo certo mesmo e que o clima melhore, não quero que nada de errado aconteça hoje.

╼ O que é errado pra você pode ser o certo pra mim, pra sua vida... – ele falou. Percebi que aquela história de que o Thomas era burro era só uma brincadeira mesmo. Não que ele mentisse e fizesse um personagem o tempo todo, não é isso. Ele realmente é devagar para entender algumas coisas, mas ele não era idiota. Ele entendia muito bem indiretas e falava perfeitamente por códigos...

Nisso ele se aproximou mais rápido, e eu fui me afastando na mesma proporção.

A situação estava cada vez mais constrangedora. E quando eu já estava praticamente correndo do Thomas, o Lanza chegou e viu tudo.

╼ Que isso Thomas, perdeu a noção rapaz? –gritou o Lanza.

Pude sentir na hora que aquilo não ia prestar. Estava nítido que desta vez o Lanza não iria aguentar calado.

E, pela cara do Thomas, ele também não deixaria barato.

Com certeza esse final de semana não seria nada fácil, e talvez acompanhar a turnê da minha banda favorita namorando o meu choose, em vez de ser a maior alegria da minha vida, um sonho, poderia ser uma tragédia, tanto pra vida pessoal do Thomas e do Lanza quando para a carreira da banda.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.