Amor Platônico?

Almoço em Família


O Pedro pagou o táxista, e ia descendo, mas eu o segurei. Disse para ele pegar um casaco com capuz e colocá-lo, pois meu prédio era grande e cheio de crianças, alguma fã podia vê-lo, e com certeza uma fã avisaria a outra, e seria praticamente impossível de chegar no meu apartamento antes de anoitecer. Ele assim fez. Depois, desceu do táxi e segurou a porta para eu descer.

Chegamos na portaria. Eu abri o portão e segurei para o Pedro. Era a minha vez de ser educada, já que ele era sempre tão cavalheiro comigo. Ele passou e eu fechei o portão.

Ainda bem que não tinham muitas pessoas nas áreas comuns do prédio. O Pedro entrou meio de cabeça baixa e fomos assim até chegar no meu apartamento, rindo da situação. O Pedro parcia um fugitivo da polícia. Mas, na verdade a roupa dele estava linda, ele estava divino. Ele estava de lentes, com uma blusa preta gola V, a mesma calça Jeans escura do dia em que ele me pediu em namoro e um tênis da Adidas preto com listas bancas e o cabelo lindo como sempre, arrepiado, porém arrumado.

Já eu eu estava de óculos, (A-I-N-D-A) com o shorts e com o tênis que eu fui buscar o Pedro no Aeroporto e com uma camiseta dele (ele me emprestou a mais apertada que encontramos, para não ficar tão masculina) .

Até que chegamos na frente do meu apartamento.

Eu abri a porta. Logo, minha mãe e meu pai vieram nos receber.

╼ Oi! - disse minha mãe sorridente - Estávamos esperando vocês.

╼ Oi - disse meu pai enquanto cumprimentava o Pedro com um aperto de mãos

╼ Oi - disse o Pedro, cumprimentando meu pai e depois minha mãe (a minha mãe o Pedro cumprimentou com um beijo tímido na bochecha), sorridente - Prazer, eu sou o Pedro.

Não segurei o riso. Eu falava do Pedro 24 horas por dia para os meus pais. É claro que eles sabiam quem ele era.

Pedro percebeu e sorriu também.

Meus pais ficaram meio sem saber porque estávamos rindo, então eu disse:

╼ Como se eles não soubessem.

Todos rimos.

Então, comecei a apresentar meus pais ao Pedro.

Depois das apresentações devidamente feitas, minha mãe foi indo em direção a cozinha e falou:

╼ Venham! Fiz almoço para nós.

Nunca vi a mesa da minha casa tão linda, estava toda decorada. Tinha arroz, farofa, feijão, bife e lasanha quatro queijos. Minha mãe fez a lasanha especialmente pro Pedro, porque eu sempre a dizia que lasanha a comida favorita dele.

Sentamos à mesa, começamos a comer e conversar.

O Pedro foi muito simpático, educado e gentil. Conversou sobre tudo, contou várias coisas, sobre a Restart e sobre a sua vida pessoal e ouviu tudo que falamos com muita atenção e paciência. E elogiou a lasanha da minha mãe, o que a deixou sem graça.

Meus olhos brilhavam, eu podia sentir isso. Era inacreditável para mim que eu estava ali em um almoço de família com meus pais e com o Pedro, o Pedro Lanza, o cara que eu sempre sonhei, o meu ídolo, sentado à mesa da minha casa, do meu lado, por ser meu namorado.

Minha mãe sabia mais que ninguém o quanto eu o amava e o quanto eu sonhei com isso, então ela me olhava sorrindo a todo o tempo, vendo a alegria em meus olhos.

Outra coisa que me alegrou muito foi a sintonia do meu pai com o Pedro. No início meu pai estava um pouco fechado, por ciúmes. Mas depois eles começaram a conversar e conversavam como se já se conhecessem há anos.

No fim do almoço, minha mãe trouxe sorvete de brigadeiro de sobremesa. Comemos. Depois, eu chamei o Pedro para ver meu quarto. Pedimos licença, levantamos da mesa e eu levei o Pedro até lá.