Amizade Colorida

Cap 8- 11 de Setembro de 2014


"Famílias ainda sofrem com as perdas do atentado às Torres Gêmeas. 13 anos se passaram, a dor pode ter diminuído, mas as marcas continuam por todos os lados. Marcas ruins e infelizmente eternas."

POV MAC

"Hoje é um dia de luto para a cidade de New York, 13 anos de luta contra as perdas..."

11 de Setembro de 2001, ainda lembro de cada detalhe daquele dia.

"CT: Bom dia meu amor.

MT: Bom dia Claire.- Ele a puxou para perto e a beijou com paixão.

CT: Não posso me atrasar, hoje tenho reunião com o meu chefe.

MT: Então não se atrase para o nosso jantar Sra. Taylor.

CT: Pode deixar.- Claire virou-se e saiu pela porta, deixando Mac com a última visão de sua esposa."

"SB: Mac, um avião acabou de atingir as Torres Centrais.

MT: Claire trabalha lá.- A primeira reação do detetive recém formado foi ligar para a esposa.

–MT: Claire!

–CT: Mac, eu estou bem, eu tinha acabado de sair do prédio quando o avião atingiu uma das torres.

–MT: Claire saia daí, por favor venha para o laboratório.- Ele estava aflito.

–CT: Eu preciso ajudar as pessoas que estão aqui.

–MT: Claire, não! Venha para cá. Não se ponha em risco.

–CT: Eu te amo Mac...- Ele ouviu o grito da esposa, seguido de uma forte explosão e o som indicando que a ligação havia caído.

–MT: Claire, Claire, Claire.- O jovem homem gritava já em prantos para o telefone mudo.

SB: Mac...

MT: Ela... ela quis ficar e...

SB: Ela está bem Mac.

MT: Não Stella, eu senti o desespero dela. Meu mundo acabou Stell.

SB: Sinto muito..."

Enxuguei as lágrimas que teimavam em escorrer por meu rosto e saí do elevador rumo à minha sala, enfrentando mais uma vez os olhares de pena lançados para mim. Assim que cheguei ao meu destino sentei na minha cadeira e percebi olhos verdes me observando através das paredes de vidro.

SB: Você não precisava ter vindo hoje, sabe disso.

MT: Eu não ia ficar em casa vendo as homenagens.- Respondi ríspido.

SB: Okay, não está mais aqui quem falou.- Ela deixou uma pasta em cima da minha mesa e saiu, peguei a mesma e comecei a folheá-la, assinei sem prestar muita atenção e devolvi a pasta para a mesa.

POV STELLA

Eu já devia estar acostumada com isso, todo ano é a mesma coisa; 11 de Setembro igual a: Stella servindo de saco de pancada para Mac Taylor, depois ela o acompanha até a lápide de Claire para levar as flores, ele bebe muito quando chega em casa e depois vai até o apartamento dela chorando e dizendo que a vida é injusta. Puta que pariu, estou com tanta raiva que estou falando com meu subconsciente na terceira pessoa.

SB: Filho da puta, você ainda não percebeu que quando você sofre eu sofro?! Eu vacilei a 10 anos atrás, quando me apaixonei por você. Idiota, idiota, uma idiota, isso é o que eu sou.

.............

POV NARRADORA

MT: Stell você me acompanha até o...?

SB: Claro.- Ela respondeu com um meio sorriso no rosto.

MT: Vamos...

.........

Stella manteve um pouco de distância, ela ouviu as palavras do melhor amigo com uma guerra sendo travada dentro de sua mente, uma parte dizia para deixá-lo ali e a outra dizia para ficar e apoiá-lo como sempre. Esse era o problema, ela S-E-M-P-R-E esteve ali para ele.

MT: ... Sempre irei te amar...- Stella não havia escutado o início do monólogo, e não ficaria para presenciar o final.

Ela girou em seus calcanhares e começou a caminhar afim de espairecer daquele dia nublado e cinzento.

MT: Stell...- Ela pode escutar a voz do homem de olhos azuis ao longe, mas nada faria-a voltar, não para o fantasma que um dia atrás fora Mac Taylor, o homem da sua vida.

..........

SB: Sai da minha casa! Daqui em diante só nos falaremos por motivos profissionais.

MT: Stell desculpa, eu não queria...

SB: Bonasera, Detetive Bonasera para o Senhor. Com licença.- Stella fechou a porta de seu apartamento, deixando um Mac atônito do lado de fora.

Ela encostou na porta, cor-de-marfim, escorregou até chegar ao chão gélido, dobrou os joelhos, os abraçou e chorou como uma criança sem mãe, e ela sabia como era esse sentimento. Um misto de sensações rondavam sua mente e sua alma, estava se sentindo o pior dos lixos. Sua cabeça estava a ponto de explodir, e a voz dele pronunciando o nome dela ao invés do seu naquela frase a fazia piorar a cada segundo.

"Eu amo a Claire." Essas foram as palavras ditas por ele logo depois de terem tido uma maravilhosa noite de amor. Isso foi o que pareceu para Stella, uma noite de amor e não apenas sexo, até aquele momento de tortura para ela.

SB: Ele nunca vai te amar; Você foi apenas uma distração; Nunca chegará aos pés de Claire Conrad Taylor.

Com as poucas forças que lhe restavam, ela levantou e foi até o banheiro com o objetivo de tomar um banho para tentar livrar-se do cheiro dele que estava impregnado em seu corpo.