— Ah é mesmo, agente vai ter que subir essa ladeira toda?(disse ela olhando lá para cima)
— Sim senhora aqui não tem elevador eu já estou acostumada até gosto.(disse começando a subir)
— Affs.(bufa)
— Mandei vim sem salto quem mandou vim.
— Eu nunca desço do salto.
— Então vai com ele mesmo porque eu vim de all-star é nem uso salto mesmo.
— É mas deveria para ficar mas alta porque é uma anã.
— Olha quem fala a altona.
— Sou maior do que você.
— Poucos centímetros.
— Sou mas velha.
— Só um mês.
— Ai vamos parar de competir.
— Não vejo a hora de fazer dezoito e ganhar o carro do meu pai não quero mas ficar pegando carro dele escondido.
— Ah é mesmo, mas você é doida de ficar pegando carro escondida.
— Já tenho idade para dirigir.
— Tem nada agente tem apenas dezesseis anos.
— É mas a maior idade para mim deveria ser dezesseis não sou mas criança.
— É nem adulta.
— Mas sei dirigir carro aprendi com o Vitor.
— Aprendeu muitas coisas com ele, coisas ilegais.
— É mas divertidas.
— É como falsificar identidade para entrar em lugares e viajar, carteira de habilitação falsa.
— A carteira é falsa mas eu sei dirigir.
— Ele é um irresponsável por colocar uma menina da sua idade para dirigir um carro.
— Eu aprendi rápido como aprendi de moto também que eu acho mas até divertido é mas aventura sentir aquele vento no seu rosto é abrir os braços só sentindo a brisa e a sensação de liberdade.
— É até bater no primeiro muro ou em algum carro.
— Eu sei tomar cuidado não sou irresponsável.
— Responsável que não é por se envolver com um cara bem mas velho é louco.
— Ele não é louco é nem é assim tão mas velho.
— Não imagina ele tem vinte e dois anos você dezesseis.
— Idade não importa tem gente que tem vinte e namora caras de cinquenta.
— É mas ainda é de menor ele é um pedrofilo.
— Pedrofilo nada que eu não estou aqui forçada e sou maior de quatorze anos para de falar besteira.
— Tava brincando eu sei que você quer ele.
— Não gosto dessas suas brincadeiras, a nossa história é de verdade não é apenas um lance como os outros já estou com ele a mêses.
— É eu sei que está mesmo apaixonada por ele.
— É ele por mim.
— Ai isso eu não sei nem o conheço é nem sei o que ele faz aqui porque você é ele mora bem longe.
— É mas sempre estamos juntos.
— Escondido porque nem pode ser vista com ele.
— É meus pais não sabem é se saberem surtam.
— É porque seus pais são meus tios é todos na nossa família iriam surtar.
— Até minha prima que deveria me entender fica contra.
— Eu não acho certo namorar um cara escondido e a família nem saber quem ele é.
— É mas só porque é daqui se fosse de lá poderia.
— Porque foi logo se apaixonar por um daqui?
— Não sei o amor é assim desde que o vi me apaixonei.
— É quem manda ficar vindo aqui escondido nas festas e acabou se apaixonando por um favelado.
— Foi a melhor coisa que eu fiz ele é favelado mas me trata mas bem do que aqueles mauricinhos ele me ama é carinhoso.
— É você me fala.
— Hoje vai conhece-lo e vai vê como ele é lindo.
— Temos nada tudo nosso é para lá não temos nada a fazer aqui, colégio, shopping, nossa casa é entre outras coisas são tudo lá.
— É mas o meu amor está aqui.
— O seu amor é não o meu.
— Quem sabe o seu também não estará.
— Até parece que eu namoraria alguém daqui favelados e bandidos.
— Ei aqui não existe só gente favelada é bandida não ok, tem gente honesta e trabalhadora.
— É mas eu não vou saber quem é quem não é.
— É mas na Zona Sul também é a mesma coisa são ricos mas muitos ali são bandidos.
— É mas o meu não está nem na Zona Sul está em outro escalão em Paris mas precisamente em Monâco o meu francês lindo.
— É o mauricinho do Rafa para mim ele é um metidinho.
— Um mauricinho bem gato.
— É tu só pega gato.
— Claro sei escolher bem mas ele eu estou afim não é como os outros que é só para ficar.
— Eu já encontrei meu grande amor é o Rafael é o seu?
— Não sei ainda o que sinto por ele.
— Olha falando nele olha meu amor ali.(disse e sai correndo para os braços dele pulando em seu colo e o beijando)
— Meu deus imagina meus pais souberem que eu estou na favela acompanhando a minha amiga para ficar com o namorado me matariam logo eles que são da lei.(disse ela os olhando e realmente eles eram da lei a mãe juíza e o pai delegado)
— Sua amiga?(pergunta ele após o beijão que deram a colocando no chão)
— Minha melhor amiga Luciana.(disse Lia sorrindo)
— Prazer me chamo Vitor.(disse ele se aproximando dela e lhe dando dois beijos na bochecha)
— Oi Vitor.(disse sorrindo e o olhando ele era lindo cabelos pretos feito topete, olhos azuis e branquinho, roupa de couro estilo motoqueiro e calças jeans rasgada com bota de couro, mas ela o olhava achando bonito mas sem interesse nunca que daria em cima do namorado da sua melhor amiga)
— Ela me fala muito de você.(disse a olhando e sorrindo)
— É hoje a trouxe para vocês se conhecerem.
— Ela fala também muito de você.
— Bem ou mal?
— O que acha? claro que muito bem está muito apaixonada espero que não a decepcione.
— Claro que não.
— Caso contrário se verá comigo, eu posso ser assim patricinha e baixinha como está vendo pensa que eu não trago nenhum risgo sou inofensiva mas se mexer com minha amiga eu viro uma cobra e essas minhas unhas aqui fazem estragos(disse ela lhes mostrando suas unhas grandes e bem feitas pintadas)
— Calma Lu.(disse Vitor)
— É só para avisar.
— Menos amiga.(repreende Lia)
— Ele tem que saber que não está sozinha.
— Ela tá certa amigas são para essas coisas.
— Ela nunca venho aqui e a primeira vez.
— Vim quase obrigada ela ficou me enchendo e eu acabei sedendo ela sempre vendo eu pelo cansaço essa menina é uma marrentinha.
— Eu que sei como ela é marrenta demorou para eu conquista-la.
— Claro eu sou difícil.
— Seja bem vinda a comunidade.
— Obrigada.
— É vamos entrar meu amor vou te mostrar a minha casa.(disse Vitor a puxando)
— Claro.
— Então vem, você não vai entrar Luciana?(pergunta Vitor a olhando)
— Depois eu entro vou da uma olhada aqui fora.
— Ok depois entra.(disse e sai de mãos dadas com Lia)
— Não sei para que vim para segurar vela que idiota que eu sou, meus pais acham que eu estou na casa dela é eu estou aqui, não gosto de mentir para eles, mas minha melhor amiga é uma louca e vai se envolver com um favelado até que é gato e eu entro na furada, mas não deixaria ela vim aqui sozinha foi bom eu ter vindo.(dizia Lu sozinha olhando e andando por ai querendo conhecer) Ai essas ruas de pedra não deveria ter vindo de salto(disse ela que o salto estava começando a incomodar)
Ela anda olhando tudo e todos olhavam para ela sabia que não era dali olhava tudo enojada e diferente usava roupas de grifes e marca dava para perceber que era uma patricinha sua bolsa da colucci e seu iphone 7, enquanto as meninas ali estavam quase nuas dançando funk ela achava tudo aquilo vulgar.
— Nossa que meninas vulgares andam quase nuas rebolando e se oferecendo para os homens que coisa feia(disse ela olhando e olha para outro lado um beco na favela e fica ainda mas horrorizada um casal transando ali mesmo a garota se abaixa chupando o cara ela fica ainda mas enojada) Quer saber vou entrar é melhor para não vê esse tipo de coisa.
E ela entra na casa de Vitor que morava sozinha numa luxosa casa da favela uma das melhores ali que só tinha barraco a casa dele era de três andares um sobrado cheio de moveis bons um carro caro e uma moto na garagem, ela vai até o quarto e os dois estavam lá transando e ela logo sai.
— Aff me chamou para transar com o namorado fala sério nunca mas venho, quer saber vou esperar lá no carro se ela demorar muito vou embora(disse e foi para o carro já estava escuro ela caminha distraída ouvindo música até que sente alguém lhe puxar pelo braço)
— Passa tudo perdeu tudo patricinha.(disse ele lhe apontando um canivete)
— Não perdi nada me solta você está me machucando.(disse ela com medo ele estava lhe apertando demais)
— Você não sabe o que sou eu machucando.
— Não se faz isso com uma menina.
— É patricinha vejo que não é daqui.
— Não sou mesmo desse lugar asqueroso e nojento.
— Olha lá como fala da minha comunidade você não é melhor do que nós não.
— Sou sim não sou uma ladrona.(disse e ele para de apertar seu braço)
— Eu roubo para sobreviver não sabe o que é isso madame, passa logo para cá que nem vai te fazer falta depois seus pais compram outros.
— É minha vida é mas importante.(disse lhe entregando a bolsa)
— É mesmo né é melhor preservar esse seu corpinho gostoso e seu rostinho de boneca.(disse ele acariciando o rosto dela com malícia e passando a mão no corpo dela que sente um nojo)
— Já dei tudo agora me deixa ir.(disse começando a chorar com os olhos embargados sentia muito medo nunca passou tanto medo como agora)
— Não eu não quero só isso.
— O que quer mas? só isso que eu tenho meu iphone, minha bolsa cara é um pouco de dinheiro.
Ele pega mas coisas colar, aneis, brincos e pulseiras que eram de ouro e prata.
— Pronto to limpa.
— Faltou o principal.
— O que?
— Seu corpinho(disse ele lhe prensando na parede do beco)
— Me solta.(disse ela se debatendo)
— Vou te soltar assim que me de o que eu quero.