Capítulo 50 - No, you'll not be my mom!

—Espera, nós estamos indo onde?! - Sam brecou a caminhada e Carly a olhou indignada.

—Estão procurando uma namorada para o Tom Perry. - era a milésima vez que ela dizia aquilo.

—Tom Perry? Aquele da série?

—Exatamente! - choramingou – Tinha o endereço de um escritório no jornal. É minha chance, Sam!

—Ah Carlotta, deixa de bobagem. – puxou o braço da amiga – Você não tem juízo?

—Falou a que perdeu a virgindade numa cabana! - falou, irritada.

A loira revirou os olhos e começou a fazer o caminho na direção do Bushwell. Carly a acompanhou.

—Você é mesmo uma chata! Agora que eu teria uma oportunidade de me tornar famosa, você estraga tudo!

—Carly… Carlinha— sorriu impaciente – Você não pode ser tão inocente… Pode?

—Tá, tá. - ergueu os braços, mostrando rendição -Vamos passar no Vitamina da Hora, estou morta de fome.

—Espera, essa fala é minha!

…

Na sala da casa dos Benson's, Freddie andava de um lado para outro segurando o celular. Ligava para Gibby.

“Alô!”

—Gibby! - o moreno ofegou, aliviado – Sua mãe está?

“Está?!” soou mais como uma pergunta do que como uma resposta, mas logo ela veio falar ao telefone “Mãe do Gibby falando!”

—Srta. Gibson, a senhora requisitou a minha guarda?

Parecia uma loucura está perguntando aquilo em voz alta.

“Ah sim,” respondeu naturalmente “Sua mãe te trata muito mal!”

—Não! Você não pode fazer isto. Ficou louca?

“Pensei que não gostasse da sua mãe!”

—Ela é chata as vezes, mas não significa que eu quero deixá-la. - fez parecer óbvio, e de fato era óbvio – Olha, pode retirar essa causa da justiça? É uma idiotice!

“Táaaa!” ela praguejou frustrada “Qual é, ela não te deixa comer frituras!”

—Ela não deixa, mas não quer dizer que eu não coma! - sorriu travesso e desligou o celular – Pronto! Feito!

Senhora Benson, que ainda chorava nos ombros de Lewbert, ergueu o rosto e limpou as lágrimas.

—Aquela mulher é doida!

—Acho que ela não é a única! - Freddie murmurou – Vou subir! Lewbert, não se esqueça: não entre no meu quarto!

Claro, era estranho ter o verruguento transitando pela casa, mas era bom tê-lo ali, assim a Senhora Benson deixava o filho em paz, já que antes ela vivia interrompendo as leituras de Freddie.

Já dentro do quarto, o moreno jogou a mochila em cima da cama e se dirigiu ao banheiro. Antes de ligar o chuveiro, selecionou uma playlist e, distraidamente, notou as horas: uma da tarde. Onde estaria Sam?

PDV – SAM

Parecia até que Carly e eu havíamos trocado de papel: ela devorava um milk-shake grande e eu mexia no celular. Foi então que recebi uma mensagem de Freddie:

Onde vc tá?

—Fredducini

No Vitamina da Hora. A Shay tá devorando um milk-shake kkkkk

—Sam

Voltei pra casa. Mãe chorou cm meu retorno.

—Fredducini

Que brega :p kkkkk

—Sam

Vc vem aqui?

—Fredducini

Tem bacon?

—Sam

Claro!

—Fredducini

Já tô chegando!

—Sam

—Carly! - chamei a atenção da morena que já pedia outro milk-shake – Vou pro Bushwell? Você vem?

—Não, vou afogar minhas mágoas!

—Num milk-shake? - sorri irônica – Bom, quem não tem cão caça com gato.

Peguei um táxi até o AP do Freddie. Eu não estava a fim de nadar e, além do mais, tinha começado a chover.

Quando desembarquei em frente ao prédio, peguei o elevador rapidamente. Já fazia um tempo Freddie tinha me dado a chave do apartamento, assim eu adentrei sem preocupações, me deparando com Lewbert beijando a mãe do Benson.

—Vou fingir que não vi, mas…continuem!

—O que faz aqui, garota?

—Você não está em condições de me questionar! - apontei para o cabelo atrapalho dela, que logo foi arrumado – Enfim, o Freddie está no quarto dele?

Ela me olhou com um misto de nojo e raiva.

—Sem problemas. Eu acho ele.

…

—Freddie, que tal pararmos de falar do Lewbert? - falei me aproximando – Podemos fazer outra coisa.

—Tem razão! - ele sorriu malicioso e segurou minha cintura.

Fazia quase uma hora que o Benson tava reclamando da velha chata. Qual é, não mereço ouvir isso!

—O que quer fazer? - quando ele estava perto o suficiente dos meus lábios, ele perguntou.

—Freddie, você estudou pra ser lerdo? - me virei irritada.

—Ah você quer que eu te beije?

—Não, quero que você dance o lepo lepo!

Ele fez uma cara confusa e eu o puxei para um beijo.

Dali passamos para outra coisa, que não foi possível realizar devido ao fato da senhora Benson ter aberto a porta justamente no momento em que eu desabotoava o short de Freddie.

—Qual é, velha! - praguejei involuntariamente.

—Freddie, o Spencer deixou isto aqui pra você. - ela me ignorou mostrando uma caixa de pizza – Diz: sou entregador de pizza agora. Esse garoto tem problema?

Freddie se levantou e pegou a pizza, junto com o bilhete.

—Oba! - esfreguei as duas mãos – Mamãe gostou!