Am I a Nerd?

Capítulo 40 - French cars are strange and ... Pam in the hospital?


PDV GERAL

A discussão no quarto se prolongava, Spencer ainda queria saber de quem era aquela caixinha de anticoncepcional, que ainda balançava nas mãos.

—Spencer, já falei para parar de voltar nesse assunto! – Carly, que estava sentada sobre a cama conferindo algo no celular, murmurou vendo o irmão andar de um lado para o outro.

—Gibby, você me jurou! – ignorou o murmúrio da morena e se virou para o garoto debruçado na janela do quarto – De quem é isto daqui?

—Olha só, se Gibby e eu realmente fizemos alguma coisa primeiramente não é da sua conta! – Carly praticamente gritou – E em segundo lugar, por que eu deixaria essa caixinha dando o mole no topo do lixo? No mínimo eu a esconderia...

—Então de quem é? Tem que ser de alguém! – ele insistiu na ideia, mas foi justamente nesta hora que Sam e Freddie adentraram ao quarto.

—É meu, tá legal? – Sam tomou a caixinha da mão de Spencer.

Todos a olharam espantados.

—S-sua? – o velho Shay gaguejou.

—É! Qual é o problema? Não posso mais tomar remédios? – se jogou na cama e se espreguiçou – Vamos pedir uma pizza?

—Hã...Okay! – Spencer, atordoado, assentiu.

PDV Sam Puckett

Mais tarde, ainda naquele tedioso dia, resolvemos cada um ir para seus respectivos quartos. Se aproximava das oito da noite e a única coisa que dava para se ouvir era o barulho dos carros na avenida atrás do Hotel. Freddie e eu estávamos deitados sobre a cama, concentrados um no outro. Bom, na verdade, eu estava com a cabeça repousada em seu peito, enquanto ele subia e descia com as mãos na minha cintura.

—Eu fiquei preocupado hoje mais cedo! – ouvi seu sussurro quente no meu ouvido.

—Por que?

—Fiquei com medo de, você sabe, ...engravidar você!

Me remexi e me sentei sobre a cama, mas sem sair de seus braços. Olhei-o com uma cara divertida.

—Não quer ter filhos?

—Eu quero, mas... – desviou o olhar – É cedo demais! Sabe, não terminamos o colégio e...eu nem trabalho! Mas, quem sabe, daqui um tempo...

Se aproximou de mim e me deu um selinho rápido, que eu simplesmente transformei num beijo lento.

Depois nos afastamos.

—Você pensa em tudo, não é? – questionei risonha.

—Claro, não quero que você se arrependa de se casar comigo! – ele respondeu convicto e eu retorci o rosto, numa careta engraçada.

—Casar? Já está pensando nisto?

—Mas é óbvio! Tudo que é bom, tem que ser eterno!

Sorriu e novamente se aproximou de mim, mas desta vez me tomou num beijo rápido. Apertou minha cintura e me puxou para perto, me fazendo subir em seu colo. Suspirei no meio do beijo, quando senti que ele subia as mãos por debaixo da minha blusa.

—Sabe... – disse e beijo meu pescoço – Eu amei nossa primeira vez, mas...eu não pude ver seu rosto direito!

Trocou nossas posições, me colocando por baixo.

—O que acha de fazermos direito agora?

Me permiti encarar aqueles olhos amarronzados por alguns segundos e em seguida reatei nosso beijo, mas desta vez não paramos por aí.

9:55pm

Fui despertada pelo toque alto e irritante do meu celular. Movi-me lentamente, já que Freddie me abraçava e dormia serenamente. Sentei-me sobre a cama e atendi o telefonema.

—Alô?

Samantha Puckett?”

—Sim, sou eu!

Solicitamos o comparecimento da senhorita no Hospital France’s Health, Pam Puckett, que diz ser sua mãe, deu entrada aqui ás 20:45...Pelo que se parece ela está com alto nível de desidratação!”

—Oh...Tudo bem...Hã...

Eu não conseguia formular as palavras.

—Estarei aí! – e desliguei antes mesmo de conferir se tinha algo à mais para eu saber.

Pam estava no hospital, assim como semanas atrás eu estava e ela não foi me visitar. O fato é que minha consciência jogava contra meu coração, porque no coração eu ainda estava chateada por ela não ter ido aquele dia, mas minha consciência tinha noção de quão errado era deixa-la lá.

—Merda! – vociferei e me levantei pegando minhas roupas, que estavam pelo chão – Freddie, levanta!

—Ai...O que foi? – ele murmurou virando-se para o outro lado.

—Minha mãe está no hospital e temos que ir lá!

[...]

—Onde raios fica este hospital? Por que raios sua mãe está no hospital? E por que raios tivemos que alugar um carro? – Freddie me perguntou rápido, enquanto estávamos no estacionamento do local onde alugamos um Renault 4 vermelho. Os carros da França são realmente esquisitos.

—Para de falar raios, Freddie! – repreeendi – Estou procurando a localidade aqui no GPS...Ah aqui! Achei! Fica há três quarteirões daqui!

—Como se dirige essa coisa?

—Igual você dirigi um carro normal, Nerd! Anda, vamos logo!

E ele deu partida e saímos meio desgovernados pela rua.

[...]

—Oi, sou Sam Puckett! Me ligaram dizendo que minha mãe tinha dado entrada no hospital! – falei na recepção para uma moça que encarava o Freddie.

Fervi por dentro. Eu avisei para o Nub colocar uma blusa decente, mas ele insistiu em vir com regata.

—Sua mãe é...Pam Pockett? – ela nem falava direito de tanto que encarava meu namorado.

—Sim, mas é Puckett e não, ele não é compartilhável!

Ela me olhou assustada.

—Me desculpe, o que disse?

—Que ele não é compartilhável! – apontei para Freddie, que agora reparava na lâmpada do teto – Ele é meu namorado, portanto é melhor ir parando de olhar demais senão seus olhos vão cair... Agora me diz que quarto minha mãe está!

A tal ruiva empinou o nariz e olhou na tela do computador.

—Segundo andar, quarto oitenta e dois! – respondeu fazendo uma careta.

—Careta pra mim é fome! – murmurei – Vamos, Freddie!

Ele se levantou e veio até mim.

—Olá! – o nerd cumprimentou a recepcionista, que acenou!

—Tá querendo perder a mão, vadia? – xinguei e puxei Freddie para o elevador.

—Ciúmes,Puckett? – ele me olhou provocativo.

—Você sabe que eu odeio que estas garotas fiquem olhando para você!

—Não tenho culpa se sou tão bonito! – deu um sorriso convencido e eu bufei – Mas...fica tranquila, só tenho atenção para você!

Me abraçou por trás e nesse exato momento a porta do elevador abriu no segundo andar.

—Fica longe de mim, Nerd! – empurrei-o – Vamos ver minha mãe!

—A sua mudança de humor é tão sexy!

Revirei os olhos e procurei pelo quarto 82.