Am I a Nerd?

Capítulo 38: Gibby disappeared and we don't preserve !!!


O fato de não ter encontrado Pam ali dava a impressão de eu tê-la perdido, quero dizer, é a Pam, eu sei que eu não devia sentir isto por ela. Mas a cada ano que se passa eu vejo que, mesmo doida do jeito que é, ela sempre esteve aqui para me ajudar, mesmo que na maioria das vezes eu não percebesse.

—Vamos voltar para o hotel, Freddie!

Ele assentiu e assim continuamos a andar. Eu olhei para trás dezenas de vezes e, por um momento, desejei que não tivesse feito aquilo com ela, ontem à noite.

Não estava nem frio e nem quente, mas, mesmo assim, me aconcheguei em Freddie, enquanto caminhávamos.

—Quer conversar sobre ontem? - me desgrudei dele – Não sobre...você sabe...é sobre sua mãe!

Aquilo me fez relembrar de nossa noite. Bom, com todos esses pensamentos conturbados eu havia me esquecido da maravilhosa sensação de ontem. Quero dizer, não sou deste tipo de garota que fica pensando nestes momentos, na verdade eu nem pensava nisto, porém ontem eu percebi que, talvez, tinha valido a pena não se preocupar tanto. Mas, apesar de toda esta certeza de que eu tinha gostado, eu me limitei a não falar sobre.

—Eu...te amo! - foi tudo que me saiu pela garganta.

Ele sorriu e beijou o topo da minha cabeça. Ao longe avistei nosso hotel.

Passamos pelo Hall, vendo que o movimento naquela manhã estava maior, e depois nos direcionamos para o elevador.

Devo me desculpar por citar isto novamente, mas Pam ainda rondava pela minha cabeça. A França é grande, perigos estão por todos os cantos, e minha mãe nunca soube se cuidar. Eu temia algo.

Abracei Freddie, enquanto nós dois assistíamos o ponteiro passar sobre os números do andar.

—Tá pensando na sua mãe? - ele beijou o topo da minha cabeça.

—Sim...Ela não pode ter ido tão longe assim! - vociferei e ergui o rosto – Não é?

—Nós vamos achá-la, amor!

Ele me apertou e assim chegamos no andar do nosso quarto. Antes mesmo de Freddie tirar as chaves do bolso, vimos Spencer batendo, euforicamente, na porta do quarto de Carly.

—Spencer? O que está fazendo? - meu namorado perguntou ao nos aproximarmos.

—O Gibby sumiu!

—Sumiu? - perguntei e ele assentiu, continuando a bater na porta.

Ficamos, nós três ali, tentando acordar Carly com as batidas. Depois de alguns minutos ela destranca a porta e nos olha com cara de quem havia acabado de acordar.

—O que foi? Não podiam esperar até mais tarde? - ela esfregava os olhos.

—O Gibson sumiu, Carls! - me apressei em avisar e tentei enxergar, o quarto, por cima de seus ombros.

Percebi que a morena ficou tensa e olhou, atordoada, para dentro do quarto. Acompanhei seu olhar, mas não vi nada.

—Não viu ele? - Spencer se pronunciou.

—Não...hã...Procurou no quarto dele?

—É óbvio, maninha!

Spencer, já impaciente, invadiu o quarto, chamando por Gibby. Freddie e eu fizemos o mesmo, recebendo protestos da morena que cruzou os braços irritada.

—Aqui é o único lugar que ele pode estar! - Freddie esbravejou, enquanto checava embaixo da cama.

Eu não entendia o porquê exatamente de estarmos ali, atrás do Gibson, mas a expressão facial de Carly a denunciava e eu realmente queria sacaneá-la naquela manhã. Reparei que ela olhava demais para a porta do banheiro, então, sem que os outros percebessem, caminhei até lá e, num ato rápido, abri a porta, ouvindo em seguida um grito desesperado.

—Gibby? O que faz aí? - perguntei, puxando ele para fora.

—Eu falei para você trancar a porta! - Carly praticamente gritou.

—Eu me esqueci!

Olhei de Freddie para Spencer e de Spencer para Carly. Imediatamente Freddie e eu caímos na gargalhada. Sabíamos o que havia acontecido ali, ou pelo menos, imaginávamos. Porém, por mais engraçado que parecesse, Spencer não via graça nenhuma.

—O que vocês dois estão fazendo no mesmo quarto? - ele cruzou os braços.

—Não é nada disto que você está pensando, Spencer! - Carly se apressou a dizer, mas a voz dela estava trêmula demais.

—Qual é, Shay! Pode admitir! O que tá rolando entre você e o baleia fora d'àgua aí? - caçoei, gargalhando altamente, mas recebi um olhar de reprovação da morena.

—Gibby, estamos pagando um quarto para você ficar nele! - Spencer disse com a voz firme. Nunca o vi tão sério, mas eu entendia que ele só queria proteger a irmã.

—Mas...N-Nós não…

Gibby tentou falar, mas Freddie e eu não nos aguentamos e caímos na gargalhada novamente.

Era uma cena um tanto cômica.

—Do que estão rindo? - Carly se virou, agora sua voz estava mais forte – E vocês? Onde estavam?

Nos entreolhamos. O feitiço virou contra o feiticeiro – agora essa frase fazia bastante sentido. Freddie e eu nos calamos imediatamente e eu me limitei a dar de ombros.

—Fomos dar uma volta na cidade! - o Nerd tentou mentir, mas ele era horrível nisto.

—Conta outra, Freddie! - desta vez Carly que caçoava de nós – Estão andando na cidade desde ontem? Aliás, ontem choveu!

—Nós...hã… - eu articulava as palavras na mente - ...ficamos em um hotel, sabe...estávamos um pouco longe daqui!

Todos nos encararam por alguns segundos. Eu sei, ninguém acreditou nisto, nem eu mesma acreditei.

—Tudo bem… - Spencer suspirou - Vamos descer para um café...mas isto não acabou ainda!

Gibby estremeceu de medo. Nunca vi garoto tão medroso.

[...]

—É sério, Sam...Onde vocês estavam?

Carly e eu estávamos no restaurante do hotel. Se aproximava das três da tarde e tomávamos um café. Os meninos haviam saído para ver um filme em cartaz, então nós duas optamos por ficar conversando, mas aquilo já estava virando tortura. Era a quinta vez que ela perguntava a mesma coisa e, por fim, eu cedi para a verdade.

—Nós ficamos numa cabana abandonada e... – desviei o olhar – Transamos!

A morena, que já me olhava com os olhos arregalados, agarrou meus ombros e os sacudiu.

—Vocês o que? Ai Meu Deus! – ela praticamente gritou e eu pude sentir olhares sobre nós.

—O que foi, Shay? Nós só...

—Vocês se preveniram, né?

Okay, vou admitir, até aquele momento eu não tinha pensado nisto, quero dizer, foi tão bom que isto pareceu desnecessário.

Fiquei calada e mordi os lábios, num gesto nervoso.

Carly percebeu minha reação e levou a mão na boca.

—Não me diga que...

—Nós não nos lembramos disto, Carls! – lamentei preoucupada.

—Vocês são malucos! Primeiro tem a primeira vez numa cabana suja e abandonada, e depois não sepreservam!

—E agora? – foi tudo que me saiu pela garganta.

Eu não quero e nem posso engravidar. Claro que as chances de se engravidar na primeira vez são bem baixas, mas, ainda assim, eu não queria correr o risco.

—Sorte sua que existem as pílulas do dia seguinte!

Fiz uma expressão aliviada e a morena riu da minha cara.

—Dá próxima vez tomem mais cuidado! – se levantou deixando uma nota na mesa – Vem, vamos a farmácia!

Eu não sei exatamente como funciona o sistema farmacêutico aqui na França, mas o fato é que deu muito trabalho para comprar essa pílula, porém, no fim, tudo deu certo. Graças a pílula!