Am I a Nerd?

Capítulo 36 - The Cold Night


PDV - Geral

Os dois jovens permaneceram mais alguns minutos abraçados. Freddie fechou os olhos, meio atordoado, enquanto sentia a namorada apertar seus ombros. Já bastava ele com problemas familiares, não queria que a loira sofresse com a mesma coisa, mesmo porque Pam era a única pessoa a qual Sam tinha e, embora ela negasse, era evidente que amava a mãe.

—Sam! - balbuciou duvidoso e desfez o abraço, olhando nos olhos da loira.

—Vamos para o hotel! - ele disse, ainda olhando para ela.

—Não, eu não quero ir pra lá… - olhou para os lados, mordendo os lábios – Vamos andar um pouco!

Freddie, apesar de estar com as pernas doendo, assentiu e beijou Sam, segurando em sua cintura logo depois. Saíram do beco escuro e assim que pisaram na avenida Sam descansou a cabeça no ombro de Freddie e assim se colocaram a caminhar numa direção indeterminada.

[…]

O cenário Francês foi ficando cada vez mais distante e a frente do casal havia apenas uma rua, meio deserta, apenas com algumas casinhas ao longe. Pararam e ali ficaram olhando, sem nenhum interesse, a lua minguante. A loira que ainda pensava na mãe, sentiu algo molhar a ponta da sua mão e depois molhar seu rosto.

—Freddie, está chovendo!

Foi a conta do moreno se virar para a namorada e um temporal despencar. Os dois olharam para os lados atordoados, a procura de algum lugar para se refugiar. Um estalo retumbou no céu e Sam agarrou a cintura de Freddie.

—Olha, uma cabana! - Freddie apontou e os dois infiltraram se no mato alto, até a pequena cabana.

Continuava a chover e trovejar. Freddie soltou Sam e fez um esforço para tirar um pedaço de madeira que boqueava a entrada. Ao liberar a passagem, esperou Sam entrar e logo depois entrou, colocando a madeira de volta, aquilo serviria de porta.

—Freddie, está escuro aqui!

O moreno, que não enxergava absolutamente nada, deu um passo a frente e trombou em Sam, o que a fez gemer um pouco de dor, mas depois abraçou o namorado.

—O que faremos? Não dá para ver nada e...está chovendo muito! - sua voz falhou no final. Os trovões lhe assustavam, mas ela não queria transparecer isto.

—Espera, vou iluminar com meu celular! - meteu a mão no bolso e tirou o aparelho – Pronto, vamos ver o que temos aqui...madeira...cinzas...mais madeira...oh olha…

Largou Sam e correu para um canto, que a loira não pode enxergar.

—Um colchão!

Sam caminhou até lá, apalpando as coisas para não tropeçar.

—Não vamos dormir aqui, Freddie! Nem sabemos que lugar é este!

—Sam, está uma tempestade lá fora...É impossível voltar! - ajeitou o colchão no chão – Parece confortável!

Sentou-se lentamente e depois lumiou o rosto de Sam.

—Vem, é melhor que ficar em pé!

—Freddie, eu não vou deitar nisto daí… - chutou o colchão de leve – Está cheio de poeira.

—Você não precisa deitar nele… - sorriu de lado – Pode deitar encima de mim!

—Idiota!

Ela cruzou os braços e caminhou, novamente apalpando, até a porta.

—O que vai fazer? - Freddie perguntou.

—Não é da sua conta!

—Tudo bem, vou estar aqui dormindo!

O moreno deu de ombros. Tirou a blusa que usava para forrar o lugar onde devia ter um travesseiro e depois deitou-se fechando os olhos.

Mas não dormiu, apenas se imergiu nos pensamentos, porém foi logo tirado deles quando sentiu um peso no seu corpo. Abriu os olhos sorridente e mesmo estando escuro pôde ver a expressão zangada da loira.

—Mudou de ideia? - provocou.

—Tá muito escuro! - ela se rendeu, enquanto ainda tentava se ajeitar encima do moreno.

—Eu estava brincando quando disse que você podia deitar encima de mim! - Freddie praticamente sussurrou – Você é pesada, sabia?

—Você está me chamando de gorda?

—Não! - Freddie gargalhou.

—Freddie, eu estou encima de você, é mais fácil de te socar! - ela preparou os punhos.

O moreno suspirou debochado. Subiu a mão da cintura da loira, para suas costas, depois descendo novamente.

—Você fica linda brava!

A mão que, anteriormente, estava vaga agora estava entre os loiros cachos de Sam. Freddie depositou um singelo beijo no pescoço da loira , o que a fez soltar um minúsculo suspiro.

—Acho...melhor nós dormirmos! - Freddie disfarçou.

—Tem razão! - a loira, relutante, deitou-se naquele colchão meio empoeirado!

Ambos estavam corados. Claro que já haviam estado em intimidade semelhante, porém sabiam que não podiam extrapolar pois Carly poderia aparecer a qualquer momento, mas naquele lugar não teria ninguém para os interromper, então sabiam muito bem o que poderia acontecer.

—Eu vou gripar com essa poeira toda! - a loira murmurou.

—Toma, pega meu casaco!

—Pra quê?

—Para você forrar! - Freddie mesmo forrou o local e depois aconchegou a cabeça de Sam sobre o tecido – Minha mãe me ensinou isto!

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos, até Sam bufar e dizer, com a voz falha.

—As vezes eu queria ter uma mãe como a sua!

—Não diga isto! - Freddie vociferou entre engraçado e sério.

—É verdade! Sabe, pelo menos sua mãe te ensina as coisas, a minha...nem fala comigo direito!

O moreno acariciou as bochechas de Sam, com o polegar e depois beijou-lhe o canto da boca.

—Não fique pensando na sua mãe...é melhor você dormir!

A loira, então, virou-se para o outro lado e fechou os olhos, que já pesavam de sono.

Estava prestes a mergulhar no sono quando percebeu que Freddie se mexia, virou-se e viu o moreno de olhos fechados, enquanto afagava os braços despidos.

—Você está com frio?

—Não...hã… - ele mordeu os lábios – Eu só estou...me coçando!

—Você não estava se coçando, Freddie...Você estava se aquecendo!

Freddie virou-se e tentou firmar o semblante.

—Pode dormir! Eu estou bem!

Fez um esforço e deu um selinho nos lábios da loira. Já iam voltando a sua posição anterior, quando sentiu novamente os lábios de Sam, mas desta vez veio acompanhada da sua língua,que logo pediu passagem. Freddie puxou a loira, que foi parar encima dele novamente.

Continuaram com os beijos, mas desta vez Sam passeava as mãos pelo abdômen nu do namorado, enquanto ele subia e descia com a mão na cintura da loira.

Mesmo que o local estava mergulhado numa penumbra misteriosa, afinal eles nem sabiam onde estavam, ainda sim era excitante. Freddie desceu a mão pelo quadril da garota, despindo-a, lentamente, da calça, enquanto ela fazia um trabalho, com os lábios, no pescoço do moreno.

Freddie gemeu baixinho quando sentiu as unhas de Sam arranhar suavemente seu peitoral. Embora estivessem numa sincronia arrebatadora de gemidos e suspiros, Freddie não queria ir rápido demais.

—Sam...espera!

Distanciou os lábios dela de seu pescoço.

—O que foi? - ela parecia irritada e decepcionada.

—Não podemos fazer isto aqui...Nunca fizemos… - procurou uma palavra – Isto!

A loira mordeu os lábios e pareceu pensar.

—Você quer? - ela perguntou de repente, fazendo Freddie tremer.

—Hã...eu não te forçaria a nada! - aquilo não foi uma resposta.

—Eu não estou me sentindo forçada! - Sam falou num tom sexy, enquanto fazia movimentos circulares no peitoral de Freddie.

Freddie resistiu por alguns segundos, mas acabou agarrando a cintura da loira e trocando de posição, ficando por cima.

Num minuto a calaça de Freddie foi lançada no meio daquela escuridão, junto com o moletom que a loira usava. Estava escuro então Sam não viu a ereção do rapaz, mas pôde deduzir ao sentir ele roçar no meio de suas cochas. Gemeu baixo e apertou os ombros de Freddie.

—Tem certeza? Isso pode doer! - Freddie sussurrou.

—Eu não sinto dor, Freddie!

O moreno deu de ombros e preparou-se. Penetrou lentamente e, embora Sam tenha dito que não sentia dor, Freddie sentiu seus ombros serem apertados.

—Me disseram que dói...mas nem tanto! - trancou os olhos e inclinou a cabeça, tentando não sentir aquilo.

—Eu...vou ficar aqui...parado! - Freddie sussurrou inseguro – Quando você não estiver sentindo mais…

—Cala boca, Freddie!

A loira mexeu o quadril, por debaixo de Freddie, e aí ele percebeu que ela já havia voltado ao normal. Iniciou, então, movimentos lentos, o que fez ambos gemerem, gemidos esses que foram se tornando cada vez mais intensos.

No Hotel…

Carly, Gibby e Spencer, adentram ao hotel, reparando no movimento. Quando a morena chama o elevador, ela nota algo de errado, algo que até então ela não tinha reparado.

—Cadê Sam e Freddie?