Abby mal conseguia comer ultimamente, pois tudo lhe dava enjoo, até o seu amado cereal com calda de chocolate. E os perfumes da Maré estavam a fazendo colocar tudo pra fora. Travis vive atrás de mim me perguntando se estou bem, e eu afirmo que só comi algo que não me fez bem. Por essa razão que nosso banheiro esta cheio de remédios pra estomago.

Acordo novamente com enjoo, me desvencilho do braço do Travis, olho o relógio: São 3:45 da madrugada.

Corro para o banheiro e me jogo sobre o vaso. Depois de uns dez minutos ouso o leve bater na porta.

—Entra Travis!

Olho para seu rosto pelo espelho.

—Desculpa ter de acordado!

—Sabe que não consigo dormir direito sem você. _Fala me abraçando pela cintura e me encarando pelo espelho com seu olhar preocupado.

—Eu estou bem Trav.

—Eu estou vendo! _Fala com sarcasmo. _ Já foi no médico?

—Não precisa!

—Por favor! Nem que seja só pra me tranquilizar.

Droga! Sabia que isso ia acabar acontecendo. Eu não reclamaria se eu achasse que fosse só o estomago, mas minha menstruarão também não tinha vindo esse mês.

Já faz quase um ano que nos casamos fico imaginando como o Travis reagiria a uma noticia dessas. Se quando fiz a tatuagem ele quase deu um treco, imagina um parto. Nem quero imaginar.

—Que cara é essa?_ Perguntou ele

—Nada, vou pedir pra Maré me levar essa semana.

—Não quer que eu leve?

—Não precisa. _Falo tanto-lhe um beijo_ Você vai ver que não tenho nada.

Ou assim espero.

****

No carro a caminho do médico falo da minha suspeita pra Maré. Ela freia o carro quase me matando do coração.

—Não brinca!

—Quer, por favor, dirigir direito Maré._ grito pra ela·.

—Foi mal, foi mal; mas você contou isso pra ele?

—Nem pensar, já pensou como ele ia ficar? E se for só um alarme falso?

—É, tem razão. Mas só aviso logo que eu vou ser a madrinha.

—Maré!_ A repreendo

****

Chegamos ao medico na hora exata em que eu era chamada.

Fiz vários exames e depois de uma hora e três ligações perdidas do Travis. A médica volta com o resultado. Maré segura minha mão enquanto a medica abre o envelope.

—Parabéns Senhora Maddox, a senhora esta grávida, de três semanas.

Ouço o grito de alegria da Maré, enquanto eu estava tão perplexa que não consegui falar e nem pensar em mais nada e quando dei por mim eu estava rodando de um lado para o outro, enquanto a Maré falava de chá-de-bebe, ou o quanto o Travis ia ficar feliz.

—Droga o Travis, como vou contar pra ele?!

—Contar o que, pra quem? _Fala Travis enquanto entra em casa com o Shep.

Droga, não era pra ser tão rápido, nem eu consegui digerir a notícia.

Cada segundo que passava e eu não falava nada, ele me encarava cada vez mais preocupado.

—O que você tem Flor? Você tá pálida!_ Diz ele pegando minha mão e me levando para sofá.

—Tá pálido mesmo_ Ouço Shep falar.

—E você vem comigo_ Diz Maré levando ele embora pro quarto. Não sem antes de sumir para o quarto ela_ E você boa sorte!

—Fala Flor! O que o médico falou?_ A preocupação dele estava bem maior do que antes. Mas por mais que eu queira falar de uma vez, eu não conseguia achar as palavras. _É muito sério?

—De certa forma é bem serio!... É que você vai ser papai_ Soltei. Tinha jeitos melhores de se dar esse tipo de noticia, mas no momento minha mente estava em branco.

A cara do Travis passou de preocupado para uma cara te quem não acreditava. A ultima vez em que vi isso foi quando eu o pedi em casamento.

Depois de alguns instantes que pareceram intermináveis. Ele finalmente falou.

—Tem certeza? Eu... papai...?

—É o que? Não gostou?

—...Se gostei? eu simplesmente amei._ Falou me levantando em seus braços e me enchendo beijando.

Ele me deitou no sofá e em enquanto me beijava eu senti algo molhado em meu rosto. E percebi que o Travis estava chorando.

Levantei seu rosto para mim e enxuguei. Vendo isso percebo que estou começando a chorar também.

—Há um ano e meio atrás eu já achava um sonho eu ter você como minha esposa. E agora irei receber uma pequena beija-flor... Eu achava impossível ser mais feliz... mais agora...

—Eu sei, eu também_ Falei beijando-o

De repente ouço Maré gritar de lá do quarto.

—Sabia Travis que um parto é a pior dor que uma mulher pode sentir na vida?!_ Falou entre gargalhadas.

Travis olha pra minha barriga com a expressão mais assustada que já tinha visto.

—Obrigada Maré_ Grito com sarcasmo pra ela.

—É serio isso?_ Pergunta ele

—Ainda faltam meses, não vamos pensar nisso agora._ Falo enchendo-o de beijos, e logo ele começa a retribui-los, esquecendo as bobagens da Maré.

***

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.