Quando foi segunda-feira, Glen abriu seus olhos. Viu que estava deitado no chão. Passou a noite ali. Deitado. Dormira mal. Sua cabêça doía. Não iria à escola. Ficaria em casa para refrescar das idéias. Para Glen, só existia um caminho a seguir. Era fugir. Mas, por mais que desejasse deixar tudo para trás, abandonar a todos, era seu dever ficar. Ninguém tinha direito de zombar do que êle sonhou. Por que, às vêzes, o amôr tinha que ser tão difícil? Glen nem tomou café. Saiu pelas ruas sem carro. Começou a andar sem direção.

Zach, por outro lado, não dormiu. Ficou só pensando. Pensando no que tinha feito, no que faria... Até que a porta de seu quarto se abriu, era Grace:

- Mamãe está nos chamando, e ela disse... – antes que pudesse terminar, Zach a colocou conta a parêde:

- Você quer me destruir?! É o que quer?!

- Antes você do que o Glen, que não merecia!

- Você é perfeita, não é? E ainda joga isso na minha cara. Eu podia acabar com você agora mêsmo.

- Pois acabe! Mas isso não vai melhorar em nada a sua situação.

Zach sabia que ela estava certa. Mas não admitiria.

- E eu não quero lhe destruir. Você mêsmo já se deu o trabalho de fazer isso.

- Cai fora, Grace.

Grace saiu e Zach foi um tempo depois. Comeu apenas um pedaço de pão, pois seu estômago estava embrulhado. Ao sair, não disse mais nada. Nem no caminho para a escola. No pátio, Rick, ironicamente, perguntou:

- Como foi no cinema? Conseguiu o dinheiro?

- Não enche Rick! E você quer saber? Tudo isso é culpa sua!

- Minha culpa? Foi você que concordou com o plano.

- Seu filho...

E assim, começara uma briga entre os dois. Entre sôcos e pontapés. Chutes e tapas. Os outros alunos circularam a briga para como se fizessem uma arena de luta. Zach tinha ódio correndo pelo sangue. E aplicava êsse ódio em cada golpe que dava em Rick. Até que a diretora os separou. Rick sangrava pelo nariz, enquanto que Zach, no canto da bôca. A diretora anunciou:

- O show acabou! Vão para suas classes!

Na diretoria, os dois tiveram que ouvir um longo sermão:

- Esta instituição é muito respeitada. E durante todos esses anos, nunca houve um ato tão deplorável entre dois alunos. Sabem que isso refletirá no histórico escolar de vocês.

- Mas não foi minha culpa... – respondeu Rick se fazendo de santo.

- Não quero saber de quem é a culpa senhor Stewart. Quero que voltem para suas classes imediatamente. E que isso não aconteça de nôvo.

Os dois saíram e foram para a classe sem dizer mais nada até a hora da saída.