Zach tramava no seu cérebro nervoso, uma maneira de reconciliar mais uma vêz com seu amado. Não pensou em mais nada durante o tempo que restou até o sinal da saída tocar. Ao sair, foi para casa sem ao menos esperar Grace. No caminho, discou o número de Glen várias vêzes, e deixando recados em seguida. Tôdas as tentativas foram em vão. Glen não respondia. Chegou até a dizer a si mêsmo:

- Êle tem tôda razão em não querer me ver mais. Depois do que eu fiz, acho que nem eu mêsmo gosto mais de mim.

Entrou em casa com um sentimento de derrota lhe percorrer o côrpo. Estava desanimado. Era como se houvesse fracassado na vida, pois Glen tinha sido a única pessôa que lhe dissera um “não” em relação a se aventurar. Mas êsse “não” para Zach, o fazia querer Glen mais e mais. Nenhuma outra menina o havia feito nêle o que Glen fizera sem mover um único dedo.

Durante a tarde, Zach tentou de tudo para tentar tirar Glen da mente. Tentou até fazer o dever de casa, mas foi inútil. Era impossível esquecer alguém assim. Mas tentou.

Glen estava mudado. Parecia mais comunicativo. Só que, comunicativo no sentido de reclamação. E tinha razão de estar assim. Depois de tratar bem a todos que lhe dividiram o caminho da vida, ajudar, e nunca rebaixar ninguém, o mundo ainda o magoava, maltratava e feria.

De noite, Zach resolveu que iria atrás de Glen onde êle estivesse. Vestiu o casaco e saiu sem noticiar ninguém da saída.

Entrou num táxi, e sem saber onde Glen morava, perguntou ao motorista:

- Por favor, - isso era nôvo. Zach nunca tinha dito ”por favor” com ninguém. – Sabe onde fica a mansão dos Andrews?

- Sei sim.

- Então é prá lá que eu vou.

Depois de 15 minutos de trânsito, Zach chegara ao seu destino. Não via nada além de um muro alto com madressilvas trepando a sólida parêde de concreto. Havia dois portões de madeira grossa com entalhos feitos à mão. Pagou o taxista e saiu. Olhou atentamente para o portão. Tinha que entrar. Então começou a escalá-lo. O portão devia ter uns 5 metros de altura e uns 90 centímetros de espessura. Era atleta. Já tinha feito isso mais de uma vêz na pista de obstáculos na aula de educação física. Quando chegou ao topo, passo pêlo muro e olhou por dentro. Um enorme jardim com um caminho de asfalto por onde o carro passava, um caramanchão com flôres por cima que por baixo via-se uma mêsa com cadeiras perto de um sofá. E havia também o castelo onde Zach viu pela enorme janela Glen fechar a cortina do seu quarto. Sorriu. Tinha visto novamente o pequeno milionário que um dia roubou seu coração.

Desceu do muro e se escondeu ao escutar dois seguranças conversando enquanto rondavam a casa. Ficou por detrás de um arbusto. Entras naquela fortaleza não seria um trabalho fácil. Mas precisava ser feito. Foi pouco a pouco adentrando no perímetro residencial dos Andrews. Quando estava atrás do carro, num único movimento foi por debaixo da janela. Começou a subir as trepadeiras grudadas na parêde. Os espinhos lhe entravam pelas penas, braços e rôsto. Doía. Mas só de pensar que estava a poucos metros de ver Glen novamente, a dôr era esquecida.

As luzes estavam apagadas. A janela por sorte, aberta. Zach entrou sorrateiramente. Olhou para a cama e nada de Glen. A porta do banheiro se abriu e lá estava Glen, vestido num pijama de sêda longo azul listado de cinza. Glen se assustou e logo perguntou:

- O que faz aqui?

Antes que pudesse responder Glen viu uns cortes nas pernas, braços e no rôsto de Zach e perguntou novamente:

- Meu Deus! Você entrou pela janela? Está sangrando...

- Glen. Isso não importa. Vim aqui lhe explicar o que houve.

- Não quero ouvir. – respondeu Glen tapando os ouvidos.

- Você pode não querer, mas vai ouvir. – disse Zach colocando-o contra a parêde do extenso quarto. – O que fiz foi errado. Eu ia lhe contar, mas fiquei com mêdo de lhe perder de nôvo. Agora não tem mais importância. Você pode ter qualquer outro garôto. Mas eu tenho a intenção de lhe ver feliz. Eu quero você.

- Como posso acreditar nisso?

- Eu não tenho como provar o que estou dizendo.

- Por que veio até aqui?

Zach bateu sua mão com fôrça na mêsa ao lado e gritou:

- Mas que p****, Glen! Eu quase morro de vir até aqui e você me rejeita? Eu abandonei tudo por sua causa. Meus amigos, minha reputação, deixei de gostar de garotas. E por quê? Por culpa de um sorriso que me arrancou a razão de viver! E êsse sorriso não é de mais ninguém senão Glen Andrews! Agora só me resta perder você.

Zach o evolveu nos braços e em seguida falou baixinho:

- Acredita agora?

- Acredito. E quero que você seja meu, só meu.

- Sempre fui.

- Então prove.

Zach o beijou ardentemente naquêle canto do quarto. Havia tanta paixão entre os dois que os deixavam tontos de amôr. Uma mão de Zach afagava o cabêlo de Glen enquanto a outra apertava a cintura de Glen contra a dêle. Glen passou seus braços por volta do pescôço do alto adolescente. Quando deram por falta de ar, Zach disse entre suspiros, com os olhos fechados e com sua testa na de Glen:

- Quero amar você, Glen. Deixe-me tê-lo por inteiro só por esta noite...

- Vai poder amar hoje e sempre que quiser.

Voltaram a se beijar. Zach estava faminto de amôr. Suas mãos passaram pelo côrpo de Glen. Vagarosamente saíram do canto do quarto e foram para a cama. Zach estava por cima e Glen por baixo. Os dois de olhos fechados foram se amando cada vêz mais. Zach começou a traçar beijos do pescôço de Glen. Glen gemia de paixão e calor. Não havia mais ninguém no mundo senão os dois. Zach foi desabotoando a camisa do pijama de Glen ao mêsmo tempo que o beijava o côrpo. Acabaram por fazer amôr. Amôr. O que faltava para Zach quando era com Emily. Vencera. Glen ainda o amava. E esperava que fôsse assim eternamente.