Madrid!

Você sorriu e saltitou para fora do carro, rodopiando pela praça, seus amigos que te acompanhavam riram de seu entusiasmo e começaram a caminhar.

_Estou tão feliz!_ cantarolou.

_Nota-se._ riu Francis.

Você, parou de saltitar e começou a andar direito, quando se assustou já estava na frente dos amigos, sorrindo radiante enquanto parava de caminhar aos poucos, suspirou e pendurou-se no pescoço de Alfred, o americano franziu o cenho.

_Não fique assim, não sou tão pesada!_ você reclamou.

_Não é isso (S/n), eu tinha certeza de que era por aqui..._ resmungou.

Você soltou-se do americano ao notar que o mesmo virava um mapa de todos os ângulos possíveis, xingando em inglês. Arthur, Francis e Ludwig olharam feio para o amigo, apesar de não entender muito bem o que se passava, logo concluiu uma coisa, apenas pelo olhar furioso dos três e o repentino desespero do americano...

Vocês estavam perdidos!

_NÃO ACREDITO, ALFRED!_ você não agüentou.

O loiro choramingou e voltou a virar o mapa, Arthur tomou o pedaço de papel e verificou, virou-o e encarou o outro, quase incrédulo.

_O mapa estava de cabeça para baixo o tempo todo!_ concluiu.

_Quem estamos procurando?

Você sabia bem que não estavam procurando um lugar, e sim alguém, o mapa era realmente complexo e a culpa era parcialmente sua por ter entregue o mapa de cabeça para baixo para o amigo.

_Antônio.

_E no que o mapa ajudaria?

_A encontrar a rua da casa dele.

_Estamos na Plaza Mayor... Onde mais ou menos fica a casa dele?

_Estamos muito longe!_ afirma Francis.

_Abbiamo davvero perso? Oh merda! Sapevo che avrebbe dovuto portare il mio telefono! Siamo perossidi, siamo perduti ... ed è colpa tua, Alfred! Accidenti, accidenti, accidenti, droga mille volte!_ você reclamou, em italiano.

Felizmente passar muito tempo com o amigo italiano te ajudou com a fluência no idioma, assim como inglês, russo, francês...o único ponto negativo, era quando ficava estressada e então, ficava meio confuso, já que de alguma forma, italiano, inglês, francês e russo apareciam numa mesma frase, no momento conseguiu concentrar-se apenas num idioma, mas não demoraria muito até que começasse a misturar tudo.

_ANTÔNIO!

Você se assustou com o entusiasmo repentino de Alfred, que quase chorava de alegria ao ver o amigo.

_Antônio?_ você repetiu o nome.

_Alfred, Arthur, Francis e... (S/n) não é?

Você assentiu confusa.

_Ella es muy hermosa._ comenta com Alfred._ É um prazer , finalmente te conhecer, (S/n).

_Digo o mesmo, Antônio.

Ele pegou uma de suas mãos e beijou-lhe as costas da mão com suavidade e delicadeza. Você corou e recolheu a mão assim que ele olhou em seus olhos (c/o).

_Estavam me procurando?

_Sim, este ser..._ Arthur aponta para você._ Só faltava sair cantando rua afora, e gritando de alegria quando contamos a ela que a traríamos para Madrid, então pensamos que você seria um ótimo guia para ela._ completa.

_E vocês?

_Temos um compromisso.

_Se envolver italianas, vou logo avisando: não façam barulho e pelamor, passa o telefone de vocês para elas, e não o meu!

Eles riram e Antonio puxou-lhe delicadamente pela mão.

_Vamos?

_Goodbye, my dear friends!_ você disse, deixando-se ser guiada pelo espanhol.

...

Ao final da tarde você já se encantara com Antonio, e com Madrid, passaram a tarde inteira passeando e tirando fotos, estavam felizes e quem os via, de longe e de perto, já pensavam que eram um casal.

Pararam na frente de uma floricultura, você viu (suas flores favoritas) e sorriu levemente.

_Gosta destas?_ indagou Antonio.

_Sim..._ corou levemente.

_Podem levar, é por conta da casa!

Você se assustou ao ver uma senhorinha cujas feições eram simpáticas, lhe entregar um buque com as flores.

_Um casal fofo como vocês, merecem!_ afirma.

Vocês coraram.

_N-não somos um casal._ você gaguejou.

_Não? Pois parecem, rindo como bobos apaixonados!_ afirma, rindo de suas expressões que iam de vergonha a surpresa.

_O-obrigada senhora... Licença._ Antônio quase saiu correndo, e você não estava diferente.

Ambos vermelhos de vergonha, mal conseguiam se encarar.

_Ela estava certa...

Você quase teve um ataque do coração quando o ouviu falar aquilo.

_Estou realmente rindo como um bobo apaixonado, me sentindo como um adolescente num primeiro encontro.

Você riu.

_Seu sorriso é fofo, naturalmente.

_Você acha?

Assentiu, ainda envergonhada.

_Seus olhos são lindos.

Você corou, podia jurar que estava parecendo um tomate.

_Seu sorriso é maravilhoso, sua voz é encantadora e seu jeito também... Como é que Francis, Alfred ou Arthur ainda não te pediram em namoro ou algo do gênero?

_Me enxergam como uma amiga._ você corou.

_Não te enxergo assim...

_Não?

_Não... Acredite ou não, acho que estou apaixonado.

_Sério? Quem é a sortuda?

Ótimo, agora era curiosa!

_Você.

_Eu?

_Sim, me encantei desde que te vi, os meninos sempre que vinham me contavam de tudo o que aprontava, de como era fofa e esperta... já vi várias fotos suas que eles costumavam trazer para me mostrar como era... Linda! E agora vejo que é ainda mais bela pessoalmente.

_Obrigada...

Do nada vocês pararam, e ele se aproximou, a gravidade lhe prendeu num mesmo lugar, um dos braços dele envolveu-lhe a cintura e a outra mão acariciou-lhe a bochecha esquerda, seus braços laçaram o pescoço dele e logo, o tão desejado encontro de seus lábios aconteceu, um mundo de sensações cresceu dentro de você, seu coração disparou, o mundo parou e a gravidade se foi, deixando vocês no ar, flutuando, maravilhados com o quanto aquilo tudo estava tão semelhante á um conto de fadas...

Vocês se separaram quando ouviram um barulho, olharam para o céu e viram fogos de artifício, olharam para o outro lado da praça e viram seus amigos e mais pessoas, batendo palmas e tirando fotos. Por algum motivo desconhecido, você começou a prestar atenção no lugar, estavam de volta ao local onde tudo começou, a Plaza Mayor.

Você sorriu para ele e ele fez o mesmo, ele te abraçou de lado e enlaçando-lhe pelos ombros, te acompanhou até seus amigos.

_O que foi aquilo?_ indagou Alfred, risonho.

_Apenas o começo... Nosso começo!_ ele respondeu.