"Como ninguém pode tocar-te?". Eu disse, havia enfim abjurado de minha timidez. Tu tiraste os olhos de teu livro e os pousou em mim. "Ontem a noite"

"Eu sei", tu cortaste.

"Não precisa falar".

Teus olhos voltaram para teu livro e ali permaneceram até à noite, quando tu foste a minha cama.

"Sobre o que eu disse". Tu suspirastes. Ao piscar de meus olhos, o ar começou a brilhar e reluzir, como se fosse feito de cristais. Tu levastes tua mão fechada em punho e, ao abrir, dali saiu uma chama. "Eu não tenho medo dos outros, mas de mim".