Agathe
Quando eu te vi
Agathe, tu lembras dos dias passados à margem daquele riacho que passava perto de sua casa? Tu escoravas naquela árvore antiga, com a sombra te cobrindo do sol ardente, sempre com um livro ou outro em suas mãos.
Agathe, tu nunca foras boa em mentiras ou dissimulações. Eu percebia por entre as páginas os olhares que vivia a me lobrigar enquanto eu estava a colher margaridas e dentes de leão pelos campos.
Um dia, porém, eu não desviei o olhar como sempre fizera.
Eu te olhei também.
E sorri.
Não foi esse o mais deslumbrante e fatídico dos nossos dias?
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