Agathe
Felicidade
Agathe, tu ensinaste-me os nomes de flores exóticas, contaste-me sobre reinos que já são pó. Apresentaste-me café, uma bebida amarga e forte que chegara de algum lugar no sul. Contaste-me sobre a sua vida, sobre suas dores.
Edwards tomava chá. Às vezes tocava piano. Sempre adstrito a nossa companhia. Algumas vezes, até compartilhou nossa cama. Certa vez pediu que tu cantasses e, enquanto a melodia percorria a sala, o ar tremeluzia e brilhava. Como naquela noite.
“É lindo”, eu te falei.
“E perigoso, se usado com intenção”, respondeste.
Dois anos haviam se passado quando recebi uma carta de meu pai.
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