Aftermath

Capítulo 5


Quando o som parou, todos olharam para a pedra, os civis correram e até alguns policiais os imitaram, Teddy aproximou-se da pedra que começava a romper e olhou para dentro dela, as chamas azuis tomaram seu corpo, altas e claras, e ele olhava a rachadura na pedra, como se estivesse hipnotizado com um estranho sorriso nos lábios.

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Ele moveu a mão e tocou a pedra, EunBi se levantou e o observou prendendo a respiração, sem ousar se aproximar, já os agentes de Hill não foram tão espertos.

Começaram a chover agentes da SHIELD, o olhar de Teddy era insano quando ele lançava chicotes de chamas azuis nos agentes, houve um momento em que Maria Hill sacou sua arma, Faur tentou a dissuadir da ideia, mas ela continuou a andar.

— Theodore Carter, agente especial da AY, é com ordem direta que eu mando que você se renda.

Os olhos já azuis de Teddy brilharam em um azul frenético como as chamas exaladas, e ele riu.

— Oh, Maria Hill, você não manda em ninguém. Seus ratos podem lhe obedecer, mas não sou um deles, E VOCÊ NÃO MANDA EM MIM!!! – a linha de chamas azuis estalou e lançou Hill no carro de polícia abandonado logo atrás.

A mídia estava chegando em grandes proporções, era incrível o quanto eles ficavam destemidos e colocavam suas vidas em risco para uma boa matéria, mas os AY estava focados em Teddy e na destruição que ele poderia causar. Teddy olhou para Hill com a cabeça pendendo para um lado e um sorriso, então se voltou para o meteorito e colocou a mão dentro da rachadura, para em seguida enviar chamas azuis para dentro e a explodir.

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— O que ele está fazendo?! – Alice gritou para EunBi.

— Não sei, mas também não sinto que preciso o parar... Ainda.

Todos começaram a se reunir juntos, fazendo pequenas perguntas sem resposta, até que a pedra se partiu em vários pedaços. Os civis antes desacordados já haviam sido removidos para longe, os que apareciam agora traziam câmeras e microfones, terninhos e cabelos penteados, para ter O furo, mas se não se cuidassem teriam realmente um furo em alguma parte do corpo.

Teddy abaixou-se nas pedras e lanchou as maiores para longe, então levantou algo do meio das pedras.

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Levou um instante para que eles percebessem, e levou outro para a ordem ecoar.

— Ted! Tire ela daqui. – Teddy sacudiu de leve a cabeça e olhou para Faur. Seus olhos já não brilhavam como chamas.

— O quê?

— Tire ela daqui, agora! – Teddy olhou para o corpo em seus braços, olhou e os segundos se misturaram a uma pequena eternidade. – Agora! – Teddy olhou para o céu escurecendo e para as luzes das câmeras ligadas, então para o rosto dos amigos, então as chamas azuis voltaram a queimar, e ele saltou para o céu noturno, levando consigo aquela pequena carga preciosa.

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Ele deitou o corpo com cuidado na cama, teve o impulso de joga-lo, mas não o fez, então ele olhou para ela, sentou-se numa poltrona e continuou a olhar para ela, por um longo tempo, até que se esqueceu de tudo que se passara nas últimas horas e adormeceu.

— As estrelas são lindas, não? – a voz era rouca e se infiltrava pelos sonhos dele, Teddy abriu os olhos.

Ela apoiava a cabeça na mão e o olhava, então voltou deitar e olhar para a claraboia sobre a cama.

— Pensar que os grandes se tornam tão pequenos, e até mesmo os frios aquecem nossa imaginação. – Teddy levantou da poltrona e caminhou para a cama.

— O que quer dizer? – a olhou parado ao pé da cama.

— Deite ao meu lado. – ele parecia não ter forças para negar. – Vê aquela estrela? – ela apontou uma estrela vermelha e brilhante no céu.

— Sim.

— É Arcturus, Arcturus é enorme, maior que nosso Sol, muitíssimo maior que a Terra, mas se torna tão minúscula olhando-a daqui. – ele assentiu. – Vê aquela outra? É feita de cristal e gelo, totalmente desprovida de vida, mas que quando olhamos seu brilho nos inspira canções, amores e vontades. – ela apoiou a cabeça no braço novamente. – Entendeu agora, Theodore?

— Sim. – ele respondeu sem pensar, cansado demais para qualquer outra resposta.

— Agora, vá dormir Theodore, vá dormir. – ela sorriu, com incríveis olhos azuis faiscantes e Teddy sentiu sono.

Você nunca me acha de Theodore.” – ele pensou, antes de cair num sonho profundo e sem pesadelos.

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Teddy colocou o braço sobre os olhos para tapar o sol, então olhou para o lado vago da cama, hoje ele não tivera nenhum pesadelo, tivera coisa pior, um sonho cheio de esperanças, levantou coçando a cabeça com violência, ele odiava isso, odiava os sonhos, o telefone tocou na sala.

— “Ted? É o Frank, por favor, dê sinal de vida...” – alguém gritou ao fundo, Brian talvez – “ou apareça logo morto! Brincadeira, ai!” – Frank suspirou – “Sério Teddy, estamos preocupados, apareça logo cara.“ – ele ouviu a mensagem sendo gravada ainda no corredor e ao invés de ir atender, caminhou para o banheiro.

Dar sinal de vida? Quanto tempo ele sumiu? Será que tinha bebido e dormido por dias? Olhou seu reflexo no espero, a barba estava feita, não estava fedido e não tinha nenhum machucado aparente, será que... Ah, sim! Ele devia estar na Torre, não em casa, talvez fosse isso.

Escovou os dentes e tomou banho, quando ia para o quarto pegar uma roupa, escutou um barulho do outro lado do corredor, no quarto dos quadros, andou até lá segurando a toalha, talvez fosse um gato, um rato ou talvez um ladrão desavisado sobre quem morava ali.

Ele empurrou a porta semi aberta, e olhou a garota de pé no meio do quarto, ela se virou quando a porta se abriu.

— São lindos. – sorriu. – Sabia que seu talento era maior que cachorrinhos aliens. – seus olhos lampejaram amarelos e ela sorriu ainda mais. – Eu sou real sim Teddy, eu estou viva e bem.

O telefone tocou novamente na sala, dessa vez a voz era autoritária.

— “Theodore Carter Stan, você tem 4 horas para trazer ela para cá, agora! ...Ou se preferir, eu mesmo vou buscá-la, em um traje, através de uma parede... ‘Tony!’ ... Desculpe Pepper. ” – então desligou.

Ele abriu a boca para falar, mas nada saiu, ela continuou a olhá-lo, então virou para a tela inacabada.

— Sou eu. – Não era uma pergunta. – Foi frio, até mesmo triste, foi calmo. – ela olhou para ele. – Gostaria que você o terminasse... E também gostaria que você não soltasse a toalha e corresse para me abraçar... – ela olhou para os lados. – Ou talvez eu esteja mentindo.

— Ari... Ari... Ariza! – ele prendeu melhor a toalha – Ariza preciso te levar para a Torre, você precisa ver...

— Um médico? Os especialistas? – ela caminhou para mais perto dele. – Por quê? Eu me sinto ótima. – ela girou na frente dele, então parou e olhou para os pés. – Teddy...

Ele a segurou antes que ela caísse no chão, seu corpo estava quente, muito quente, quase tão quente quanto às temperaturas que ele apresentou depois da pílula, ou do que eles nomearam de Soro Hulk.

— Tsc, você sempre causando problemas. – ele carregou-a até a sala, se vestiu e chamou Jarvis. – Jarvis, chame um táxi, ou um carro Stark, preciso tirar ela daqui.

— “Devo destrancar as TSM, senhor?” – Teddy parou um tempo e então pegou Ariza no colo.

— Sim. Eu as ativei Jarvis?

— “Sim senhor. Assim que chegou ontem, e desligou qualquer meio de abertura externa.

— Certo.

— “O carro das indústrias chegou senhor.

— Obrigado... Ah, avise a Tony que estou a caminho... E ligue para a equipe médica.