Aftermath

Capítulo 2


Frank caminhou com Alice até o apart que ela dividia com EunBi, quando os Vingadores quase desmantelaram-se completamente e Tony Stark resolveu que seria melhor para eles estarem fora da torre, mandou cada um para algum lugar e depois todos de volta para NY, muitos dividiam aparts, mas haviam aqueles que preferiam e precisavam ficar só.

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O copo voou na parede, perigosamente próximo a TV, não seria a primeira nem a última que ele quebraria, Tony já não perdia mais seu tempo ou saliva com ele, apenas pagava as contas, sua última conversa fora muito tempo atrás, quando ele tinha acabado de ser expulso do liceu de artes e Lisardo movia uma ação judicial contra ele por danos materiais, ora, o carro daquele professor era uma porcaria mesmo, ter sido derretido foi a melhor coisa que o aconteceu; Tony conseguiu que a ação fosse retirada, afinal, Teddy também poderia mover uma facilmente contra o professor.

Sempre que ele fazia aquilo, ele queria ouvir o grito das pessoas certas, ou da pessoa certa, não Tony o chamando de idiota, nem sua mãe chorando por achar que ele realmente não tinha jeito, talvez ele não tivesse mesmo, mas ela tinha, e não foi permitido a ela mostrar. Ele afundou perto do sofá, sentiu o cheiro da cerveja que Dale trouxera escorrendo na parede, e sentiu mais alguém com ele, era ridículo, ele sabia, mas imaginar que ela ainda estava com ele o acalmava, era louco, mas o acalmava, ele era louco, e sozinho, e triste, e com saudades.

— Isso é uma droga. – ele falou em voz alta, para ninguém – Isso é uma droga, Ariza... – e dessa vez, ele queria ter tido uma resposta.

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Frank se se sentou à mesa com EunBi enquanto Alice fora tomar banho e trocar de roupa, EunBi colocou uma caneca na frente dele.

— Então me deixe ver se entendi, aquela tecnologia que aquelas pestes ligaram, foi o que trouxe Hyperion, o titã Hyperion, para a Terra? – Frank assentiu, dando um gole em seu café – Eu li nos relatórios do “armário da bagunça” – Frank fez uma careta – Ah, a Alice chama o porão do Stark assim – ela deu de ombros.

— Isso é a cara da Ally. – Frank riu um pouco.

— Ok, então, eu li que o próprio Hyperion resgatou aquilo, mas não antes deles puxarem mais.

— E ai que Faur entra, não é?

— Exatamente, Hyperion resgatou o projeto e Faur a tira colo. E ele colocou nas mãos do Stark para ele proteger aquela coisa, então Stark estava pensando em manda-la para a geladeira, quando tudo caiu. – ela começou a roer a unha do indicador.

— O que você está pensando, EunBi? – o rosto de EunBi mostrava preocupação, mas seus olhos faiscava com outra coisa.

— Estou pensando no quê, ou quem, aquilo pode trazer, uma vez que fora ligado.

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No dia seguinte, toda a equipe científica fora convocada por Stark, ele estava prestes a se mandar de NY quando o projeto Hyperion foi ligado novamente, e desligado. EunBi, Frank, Alfonso entraram no antigo laboratório de Banner com uma pequena equipe de cientistas atrás e na frente deles, Stark estava lá, uma caneca de café em uma mão e uma garrafa de conhaque em outra.

EunBi acabara chutada do laboratório, por que ela fazia favores para Frank? Talvez para não ver NY se tornando um jardim fora de época.

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As pesquisas de Stark e companhia estavam levando dias, já estavam a duas semanas testando todos os pontos da Terra, buracos de onde coisas poderiam sair, terremotos que aquela coisa poderia ter causado ao ser ligada, desastres naturais... EunBi fazia sua pesquisa por si mesma, sempre ouvindo Alice reclamar de algo, e cada dia ficava pior.

— Stark roubou meu namorado! – Alice soltou, sentada no sofá com crookies na mão, EunBi a olhou da mesa e riu.

— Não saia que Frank fazia o tipo do Stark, ele é loiro e tudo mais, eu sei, mas... – Alice bateu os pés no chão de pirraça e fez bico, EunBi apoiou o queixo em uma mão e a observou, lhe dando a atenção pedida.

— Sério, EunBi, faz duas semanas completas que não vejo Frank, ligo pra casa dele e ele está dormindo e isso, ao meio-dia! Ligo para o celular e está desligado, vou a casa dele e ele não está lá, e quando tento ir à torre você não deixa... – Alice parou e pensou um pouco, então um ckookie voou na cabeça de EunBi – Ele mandou você fazer isso, não é! – EunBi riu, ela ria pouco ultimamente, mas com Alice sempre tinha alguns sorriso.

— Desculpe? – Alice virou-se para a TV, sem dar atenção para a amiga – Ah, okay então, uma pena, o Frank me enviou um relatório Alice se virou para EunBi, ela sorriu – Enfim, as pesquisas serão encerradas por algum tempo, Stark precisa da opinião de um professor inglês, então, Frank estará livre em breve. – Alice levantou do sofá e começou a correr para o quarto.

— Eu estou um lixo, preciso me arrumar! – e a porta do quarto dela fechou, EunBi ouviu o chuveiro, e depois o secador e depois alguns “ai”, que indicavam que Alice estava se depilando, ela revirou os olhos e voltou-se séria para o laptop, tinha um relatório para terminar.

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— Hm, será que se eu socar algumas paredes, o Stark me deixa morar sozinho? – Dale se jogou no sofá, olhando a sala.

— Acho que ele paga o material para você consertar a parede. – Teddy falou.

— Ah, que fofo, o menino prodígio, é por isso que eu não trouxe as cervejas hoje. – Teddy fez uma careta – Estão trazendo coisa melhor. – sorriram e bateram as mãos, algum tempo depois, Nick e Simon chegaram carregados.

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— Vamos sair de novo?! – Nick falou, em um tom arrastado, Dale e Teddy riram – Sério, chamamos as garotas, Ted, me amigo – ele passou um braço no ombro de Teddy –, quem você vai querer? Esperanza ou Tina? – Teddy saiu do abraço e riu sem humor com a garrafa nos lábios.

— As duas. Pode ser? – Dale percebeu que seu antigo colega de quarto estava desconfortável com o rumo da conversa.

— Vamos embora, vocês estão bêbados. – Dale falou para Nick e Simon.

— Eu não tô, do mesmo jeito que o Ted não tá. – Simon falou, mas ao se levantar do sofá cambaleou um pouco.

— Vocês sabem, o fígado desse cara queima o álcool como combustível, ele nunca vai ficar bêbado. – o que quase parecia verdade.

Dale apoiou os amigos nos ombros, ás vezes se o cara mais forte do time era realmente útil.

— Que ajuda Dale? – Teddy zombou.

— Sim, vá e abra a porta para o seu mestre, servo obediente. – Dale zombou de volta.

Eles riram, Teddy fez uma reverência e abriu a porta para os amigos passarem.

— Nós vemos Ted, e não beba tudo de uma vez. -= Teddy riu.

— Irei tentar.

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Mas ele não bebeu tudo, não teria efeito, apenas o deixaria puto, ele realmente não conseguia ficar bêbado, apenas descontrolado e com vontade de queimar. E era tudo culpa dela, ele nunca achou que a ausência de alguém pudesse fazer um estrago tão grande.

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De manhã ele ouviu o chiado do telefone.

— Alô?! – grunhiu no fone, ele sentia um pouco de dor de cabeça, devia ter tido um pesadelo, ou um sonho, o que ainda era um pesadelo para ele.

É sempre um prazer lhe acordar Theodore. – Esperanza gritou do outro lado da linha, sabia que ele devia estar com dor de cabeça, e simplesmente adorava fazer isso.

— Vá pro inferno. – ele já ia desligar, quando ela continuou.

Tsc, tsc, tsc, não desligue. – ela abaixou a voz.

—Sabe, eu não quero conversar logo de manhã. – ele coçou os olhos.

Manhã? Querido, compre um relógio, ou abra as cortinas uma vez na vida, é mais de meio-dia. – ele gemeu no ‘querido’.

— Ahn, tá, tá. Então, o que você quer. – outra risadinha.

Eu? Nada, EunBi que está convocando todos, ainda hoje, ao entardecer, na torre. Ah, leve uma mochila, os beliches serão usados de novo.

— Quê? – mas Esperanza já tinha desligado.

Ele olhou o telefone na mão, e então o jogou forte na parede; assim que o telefone, ou o que sobrara dele, tocou o chão, a voz robótica soou.

— “Acho que precisaremos de um novo telefone?” – Teddy olhou para o teto.

— Que seja, Jarvis, que seja! – e caminhou para o banheiro, estava nauseado e com vontade de destruir tudo, a começar por si próprio.