Ao longe, o grupo que chegada de Hogwarts pode ouvir a batalha. Sem escutar Sr. e Sra. Weasley que gritavam para que todos esperassem ali, Harry, Ron, Mione, Ginny, Tom e Marcus correram em direção aos flashes de luz. Tom pode escutar também uma risada conhecida que gelou seu sangue. Era Callidora que estava ali. E ele sabia muito bem o que ela queria com Amelia.

– A poderosa Amelia Gillian derrotada! - Gritou Calli. Amy estava no chão usando todas as forças que tinha para não gritar. Black tinha sua varinha apontada para ela lançando-a um Cruciatus. Os gêmeos estavam afastados, presos por feitiços dos comensais da morte.

– Porque tão teimosa Amy? Porque simplesmente não desiste? - A loira não conseguia ter forças para responder, mas ela manteve a voz presa nos lábios. Nenhum grito sairia dali, não daria o prazer à maldita bruxa.

Foi quando Amy estava quase desistindo que ela viu um raio acertar em cheio a varinha de Calli. A dor que pareceu infinita desapareceu no mesmo instante e ela buscou com o olhar de onde vinha o feitiço. E a visão lhe deu um ataque de adrenalina.

– Marcus?! - Mas a grande surpresa não foi seu avô. E sim o garoto atrás dele. Tom Riddle. Ele havia largado tudo e estava ali. Provando que havia mudado. Provando que Amelia estava errada.

– Tom querido. - Calli disse, indo em direção a o grupo mais afastado. Amy tentou correr na direção, mas não tinha forças sobrando e apenas caiu no chão mais uma vez. - Eu sabia que voltaria a vê-lo um dia. Veja tudo que fiz. Eu continuei aquilo que você começou. Podemos ser grandes juntos!

– A única coisa que desejo Callidora, é vê-la morta! - E assim, atacou a bruxa.

Callidora Black não deixou barato. A morena atacou de volta e seus comensais começaram a batalha mais uma vez. Infelizmente Amelia estava apenas deitada, buscando forças para se levantar e batalhar mais uma vez. Mas não as tinha. E Black viu isso acontecer. Dando sinal para que seus homens recuassem, mirou uma última vez a varinha em Amelia e sorriu:

– Se eu não posso tê-lo Tom, nem ela o terá! - E lançou-lhe um feitiço mudo. Amy contorceu-se no chão, berrando em uma dor milhares de vezes pior que ela já havia sentido um dia. Era algo terrível. Como se alguém estivesse lhe tirando a consciência à força. E quanto mais ela desejava ficar acordada, mais dor sentia. Até que finalmente desistiu, caindo sem aviso na maior escuridão que já vira. Silenciosa e perigosa escuridão que abraçaram Amelia sem mais perguntas.

*

Já era de manhã quando Alvo Dumbledore finalmente apareceu. A loira descansava no quarto dos gêmeos. Ao seu lado estavam Marcus e Tom, os únicos que se recusavam a levantar e até mesmo dormir até que Alvo lhes dissesse o que poderiam fazer para trazer a garota de volta.

– Temo dizer que a única pessoa que pode fazê-la acordar seja ela mesma, Marcus. - Alvo dizia baixinho o diagnóstico para Black, fazendo questão que Tom não escutasse. - O feitiço que Callidora usou é uma magia das trevas muito forte. Tantibus. Essa magia coloca o bruxo em um permanente estado de sono. Apenas com pesadelos. Amy precisa enfrentar seus medos e encontrar uma porta de saída da própria mente, apenas assim ela poderá retornar.

– Já viu havia visto esse feitiço Alvo? Já viu alguém se recuperar dele? - Os olhos, normalmente, cúmplices de Alvo entristeceram.

– Não. Mas se existe uma pessoa que pode encontrar o caminho, sabemos que Amelia é ela. Tenha fé Marcus, tudo dará certo no final.

Marcus saiu do quarto pela primeira vez. Mas Tom continuou ali, sentado ao lado da amada, com os olhos vidrados em seu rosto perfeito. Ela precisava ficar bem. Ela apenas precisava. Ou ele não responderia por ele na próxima vez que encontrasse Callidora.

– Tom, nada de bom fará que fique ai vinte quatro horas do dia. Vamos, venha comigo e aceite que Sra. Weasley faça algo para comer. - A voz de Mione nem mesmo parecia real para Tom. Ele apenas continuava a encarar a loira.

Hermione chegou perto Riddle que retesou ao toque.

– Não. - Ele respondeu. - Apenas... Apenas me deixe Mione. Eu preciso ficar a sós.

– Bem... Quando decidir descer, estaremos todos lá na cozinha. Não demore. - E nada mais disse, batendo a porta atrás de si.

– Amelia Jessica Gillian eu preciso que você me escute. Eu não vim todo esse caminho para assisti-la morrer. Não mesmo! Você é forte. Mais forte que qualquer feitiço de Callidora. E eu estarei aqui lhe esperando. Não deixarei que ela lhe machuque mais uma vez. Amy... Por tudo que é mais sagrado, minha querida Amy, acorde e volte para mim. Eu te amo. Você transformou o monstro que um dia eu fui. Mostrou-me o quão errado eu estava. Mas eu não vejo futuro algum para mim em um mundo onde você não esteja. Seja forte e lute! Acorde! - Algumas lágrimas escaparam dos olhos verdes de Tom. Ele as limpou rapidamente e então soltou a mão da garota, levantando-se em direção a saída. O cheiro que vinha da cozinha era tão gostoso que era impossível não descer para comer alguma coisa. Ele sabia que Amelia apenas precisava de tempo para lutar contra o quer que fosse. E ele sabia que ela venceria. Afinal, era Amelia, e não existia pessoa mais teimosa que ela.

Desceu para encontrar Sra. Weasley servindo pedaços gordos de um bolo de chocolate. Todos estavam ali. Mione e Ron sorriram para Tom quando o viram descer. Harry mal o olhou, mas podia se perceber que até mesmo Potter estava sentindo pena do moreno. Três ruivos estavam mais para o canto. Um deles era Ginny a irmã mais nova de Ron que Tom conheceu no trem. Os outros dois ele já havia ouvido falar. Amy lhe contara de seus dois grandes amigos. Os gêmeos. Eles estavam ao lado dela, batalhando ontem à noite. Mesmo assim, Tom e os gêmeos não havia trocado mais do que três ou quatro palavras desde que tudo acontecerá.

– Venha querido, sente-se. Você está branco! Merlin. Venha e pegue um bolo e um belo caneco de cerveja amanteigada. - Tom sorriu para a mulher ruiva e aceitou de bom grado, sentando-se ao lado de Ron e Mione em silêncio.

*

– TOM! - Amelia tentava gritara. Mas apenas via escuridão. - FRED! GEORGE! - E ninguém lhe respondeu. - CADÊ TODO MUNDO? - A loira se jogou no chão chorando. Ela odiava a escuridão, mas não era isso que mais lhe era terrível.

Era estar sozinha. Seu maior medo. Ser deixada para trás. E ela não sabia como voltar. E nem mesmo se tinha como. Fechando os olhos e desejando mais do que nunca alguém para lhe fazer companhia, um terrível pensamento lhe veio à cabeça: será que havia morrido? Será que a morte era daquela maneira? Sozinha, fria e escura? Será que morrer era assim?

Balançou a ideia para longe. Não. Ela saberia. Haveria ali alguém lhe dizendo que era bem vinda, fosse ao céu fosse ao inferno ou qualquer lugar que seja. Decidida a descobrir onde estava se pôs de pé mais uma vez, limpando as lágrimas da face. Estava na hora de ser o que ela sempre foi: corajosa!

Caminhando pela escuridão ela começou a escutar uma voz. Era fraca e parecia estar longe. Porém, quanto mais Amy caminhava na direção da voz, mais forte ela ficava. Era uma voz infantil. Uma voz de criança. E a loira tinha certeza que já ouvira ela em algum lugar... Teria sido um novato? Não, não se lembraria. Mas onde mais poderia conhecer uma criança?

Chegando perto encontrou uma menininha loira que segurava fortemente em um lobo de pelúcia. Contudo, agora que Amelia podia vê-la ela também podia ver e escutar outras crianças. Essas crianças falavam coisas más para a menina. Que apenas pedia que eles parassem. E chorava silenciosamente.

Não demorou mais que um minuto para Amelia reconhecer as crianças. E principalmente a garota que chorava. Eram seus colegas de orfanato. Aqueles que lhe chamavam de aberração. Era ela que estava ali chorando. Abraçada no velho lobo de pelúcia chamado Fantasma.

Quando as crianças perceberam Amelia saíram correndo, deixando a pequena Amy sozinha. A loira não conseguiu evitar e deixá-la de lado. Aquilo obviamente era uma lembrança. De algum dia qualquer que fora torturada dentro do orfanato.

– Você está bem? - Amelia pediu para a criança.

A menina não respondeu, mas ficou ao lado de Amy, como se aquilo lhe desse coragem. A loira começou novamente a caminhar pela escuridão, se saber que rumo estava tomando. Foi quando outra voz lhe chamou a atenção. Dessa vez reconheceu de primeira a própria voz, quando tinha doze anos, dando risada junto dos gêmeos. Quando encontrou o local de onde o som vinha, percebeu que se lembrava daquela memória. Foi a primeira vez que teve medo de alguma coisa dentro de Hogwarts, em seu segundo ano. Snape estava lhe dando uma bronca agora, Fred e George conseguiram escapar. Ela nunca havia sentido tanto medo na vida, como naquele dia. Achou que ia ser expulsa da escola. Achou que voltaria para o velho orfanato para todo o sempre.

Mais uma vez, a sua antiga eu se juntou ao grupo. Agora havia uma Amelia de cinco anos uma de doze e uma de dezoito. Toda as três apavoradas com o que quer que estivesse acontecendo.

Continuaram a caminhar em silêncio, nenhuma falava com a outra, como se soubessem que as outras estavam ali, mas ignoravam o conhecimento. Apenas desejavam voltar para o lugar que pertenciam.

Amy não sabia quanto tempo havia se passado quando voltou a escutar outra voz. Dessa vez eram gritos e ela não precisou ver a cena para saber o que estava acontecendo. À noite no ministério. A noite que lutou contra comensais da morte pela primeira vez. A noite que Fred e George foram expulsos e encarou Lucius Malfoy sozinha.

Pela primeira vez, o local de onde o som estava vindo era claro. E não pode evitar sair correndo em direção. E quando chegou, vendo o olhar de felicidade que Malfoy tinha na face, não conseguiu evitar pegar a varinha e atacar. Não reviveria aquilo duas vezes. Não deixaria Malfoy vencer.

Expelliarmus! - A varinha de Lucius saiu voando. A garota olhou para as outras três, surpresa ao ver a si mesma ali. Amy achou que Lucius iria sumir como os outros haviam feito, mas dessa vez foi diferente.

Afinal, Amelia poderia não saber o que estava acontecendo, mas de todas as cenas que vira, nenhuma era pior que aquela.

Lucius Malfoy era o seu “bicho-papão” pessoal.

– Ora, ora, a mestiça tem coragem de revidar. - Ele recuperou a varinha e começou a caminhar na frente do estranho grupo de loiras assustadas. - Agora que cresceu um pouquinho acha que é capaz de me derrotar?

– Eu sempre fui capaz Malfoy! Quando a luta for justa. - Amy retribuiu.

Nesse momento uma luz cegou Gillian. Atrás de Lucius, o que parecia ser um portal foi se formando. Ela podia ver a Toca, o quarto dos gêmeos, Marcus e Tom dormindo cada uma em uma cadeira. Há quanto tempo ela estava caminhando no escuro? Seria aquela a saída? E ela teria que passar por Lucius para conseguir sair?

– Isso mesmo! Mais algumas horas, querida Amelia, e a escuridão terá tomado todas as suas lembranças. É um feitiço bem detestável esse Tantibus. Já ouviu falar dele?

Amy negou com a cabeça, sentindo-se um pouco mais fraca. Foi quando, pelo canto do olho esquerdo viu a escuridão tomando sua antiga eu de cinco anos. Se o que Malfoy estava falando era verdade, se a escuridão iria tomar suas lembranças e essas Amelias eram as últimas, ela não tinha muito tempo.

– Significa pesadelo. Sonho ruim. Bem, e qual é o maior pesadelo de Amelia Jessica Gillian?

Inconscientemente Amelia respondeu quase como um sussurro:

– Ficar sozinha.

– Isso mesmo! Mas você está vendo mais alguém aqui? Algum Weasley para te salvar? Seu querido Marcus? Ou seu amado Tom? Não! - ele dizia com a voz suave. - Nenhum deles está vindo lhe salvar Amelia. Você está sozinha, completamente sozinha.

Mais uma vez Amy sentiu-se fraca e percebeu que agora havia apenas duas dela ali. Logo a última sumiria e seria apenas ela. Apenas ela a ser consumida pela solidão e deixar de existir. E ela não podia deixar que isso acontecesse.

– Seu maior pesadelo irá domar sua mente e, quando isso acontecer, irá parar seu frágil coração. - Ele continuou, apertando a mão esquerda como se esmagasse o coração de Amy. - E assim você irá morrer. E assim Callidora irá vencer!

Ela não conseguia escutar aquilo. Callidora não poderia vencer! Ela não merecia... Ela não podia... Podia?

Até porque, ela estava sozinha. Não havia mais ninguém ali. Lucius era fruto de sua mente. Assim como a outra Amelia. Tudo aquilo era uma batalha interna. Como se pode vencer de si mesma?

Pela última vez, Amy sentiu como se alguma coisa fosse arrancada de si e percebeu que agora era apenas ela e Lucius. Não havia mais ninguém ali. A batalha estava perdida.

– É mais simples desistir. Mais fácil deixar que seu nome caia no esquecimento. Você sabe, uma vez que você tenha morrido, Callidora irá reconquistar Riddle e eles destruirão todos os sangues ruins, mestiços e traidores de sangue. E eles vão começar pelos seus amigos!

Amelia Jessica Gillian. Derrotada. Depois de todos os tombos e tropeços. Depois de cada vez que ela viu tudo dar errado e acreditou que poderia dar certo. Depois de mudar o coração do mais temível bruxo que já existiu. Era apenas necessário um pouco de escuridão e um milionário de cabelo platinado para lhe destruir qualquer indício de força. Era tudo que havia restado dela. Uma fraca garota de dezoito anos lutando contra o mundo...

Por tudo que é mais sagrado, minha querida Amy, acorde e volte para mim. Eu te amo. Você transformou o monstro que um dia eu fui. Mostrou-me o quão errado eu estava. Mas eu não vejo futuro algum para mim em um mundo onde você não esteja. Seja forte e lute! Acorde!

A voz de Riddle era baixinha. Quase inaudível. Mas Amelia sentiu uma força crescer dentro de si. Seja forte e lute! Seja forte e lute! Seja forte... LUTE!

– Não! - Ela disse. - Não é simples desistir. Não para mim. Eu não vou deixar você vencer. Callidora vencer.

– Você e que exército? - O platinado bruxo das trevas arqueou a sobrancelha em desdém.

– Esse! - E, atrás de Amelia, outros começaram a surgir. Tom, Marcus, Harry, Ron, Mione, os gêmeos, Ginny, Minne, Dorea, Charlus e Septimus. Professores, amigos, pessoas que Amelia sabia, estariam para ela nos piores momentos da vida dela. Assim como nos melhores!

– Eu não estou sozinha Lucius. Há várias pessoas que estarão ao meu lado, prontos para me agarrar quando eu caíra. Quem está sozinho é você! - E, dando a mão para Tom e Marcus, que se encontravam ao seu lado, gritou:

– E DE O FORA DA MINHA CABEÇA!

Lucius Malfoy foi jogando ao longe. Deixando o caminho entre Amelia e a luz desimpedido. Amy olhou uma última vez para trás e se surpreendeu com uma figura desconhecida. Era uma linda mulher. Cabelos loiros como os dela. Mas os olhos eram idênticos ao de Marcus.

Amy não se conteve e correu até ela, pois sabia quem era mesmo sem conhecê-la.

– Mamãe! - A mulher lhe envolveu em um abraço forte e apertado e sorriu.

– Você cresceu minha zhizn'. É uma mulher forte agora. E vai precisar ser mais forte ainda se quiser vencer a guerra.

– E-eu nem sei o que falar. Eu sempre quis lhe conhecer. Mas...

– O que aconteceu no passado fica no passado zhizn'. Você precisa olhar para o futuro. - A mulher disse, apontando para a luz. - Sua vó sempre dizia que meu pai, seu avô, era um homem forte e amável. Meu maior sonho sempre foi conhecê-lo. Infelizmente eu não consegui. Mas você pode. Aproveite essa chance que eu nunca tive e construa uma família. E seja feliz zhizn'. É só o que importa!

– Eu não quero te deixar. Não quero ir!

– A minha pequena. Você precisa. Eles precisam de você. - E a mãe de Amy chegou bem próximo ao portal, apontando para Tom, - alguns mais do que outros. Seja forte! E tudo dará certo!

E sem deixar que Amelia se despedisse, a mulher lhe jogou para o portal.

Era uma sensação quase como se estivesse aparatando. Ou quando estamos caindo nos sonhos e vemos nosso corpo logo abaixo. Qualquer maneira que descreva, não era uma sensação agradável. Amy sentia que ia se chocar com o próprio corpo, mas, quando achou que ia sentir o banque, nada aconteceu. Ela apenas pulou na cama, acordando em um susto, como alguém que acorda de um simples pesadelo.

*

Já havia se passado dois dias. E nada. Amelia continuava deitada ali, como morta. Ninguém mais suportava ver a garota deitada ali, sem se mover. Sem fazer as usuais piadas, abrir o sorriso que iluminava o dia de qualquer um. Nesses últimos dois dias, não só Dumbledore vinha constantemente, como Minerva também. Já era a véspera de natal quando Mione Ron e Harry decidiram dar um pulo no Beco Diagonal para comprarem presentes de natal atrasados. Tom usou todo dinheiro que tinha para comprar algo para Amelia. Entregou o dinheiro a Mione e disse que confiava na morena, mas não iria sair do lado de Amy.

– Ele vai ficar doente! - Mione falou para Ron e Harry quando os três caminhavam no Beco.

– Quem dirá. Nunca imaginem Lord Voldemort apaixonado de tal maneira que não conseguisse nem dormir. - Ron falou.

Harry ainda evitava Tom dentro da casa, mas nos últimos dois dias toda vez que entrava para ver como Amelia estava, escutava Tom lhe dizendo palavras de força, afeto e amor. Era inegável, até mesmo para ele, que aquele garoto estava apaixonado por Gillian. E sim, um dia, em outra linha do tempo, Riddle havia se tornado Voldemort. Mas não naquela. Não mais. E ele deveria começar a deixar de lado erra birra.

– Acho que devíamos comprar algo para ele, não? Alguma coisa para distraí-lo de Amy por alguns minutos? - Harry falou um pouco incerto. - Quem sabe um livro Mione? Algo para ele se atualizar com todos os anos perdidos?

Hermione e Ronald ficaram bem surpresos ao verem o amigo dando o braço a torcer. Mas também ficaram felizes. Mione prometeu que iria dar uma olhada e foi em direção a uma loja, enquanto Ron saiu para outra e Harry para uma terceira. Não teria graça de os amigos vissem as compras de natal, no final das contas.

A noite já chegara e o clima natalino estava no ar. Até mesmo Marcus desceu por alguns minutos, mesmo assim, Tom continuou fielmente ao lado de Amelia. Percebeu, mesmo que por um segundo se quer, um sorriso abrir no rosto da amada. Não soube se era alucinação ou verdade, mas se segurou na ideia de que ela estava para acordar e se sentou mais uma vez na cadeira, caindo no sono.

Era madrugada. Marcus e Tom dormiam sentados em cadeiras. O resto da casa também dormia em silêncio. Foi quando o barulho de um suspiro acordou Tom de supetão, e o garoto não pode segurar o grito que saiu da garganta.

– AMELIA!