Adults!

Capítulo 18


Chapter 18:

Mary Margaret viu que a filha estava com olheiras, e tinha quase certeza o motivo das olheiras. Ela voltou para a cozinha e começou a falar seu marido sobre a filha. Ele escutou tudo atentamente e eles resolveram logo tomar uma decisão. Seria bem rude, mas se não fosse, Emma não iria aceitar.

Quando a loira saiu do banheiro ouviu seus pais a chamarem. Ela colocou a toalha para secar em seu quarto e foi ver o que eles queriam:

- Emma, eu e seu pai estávamos conversando – Mary começou a falar.

- E a gente acha que se você não consegue resolver seu problema, nós resolvemos por você. – completou David cruzando os braços.

Emma ficou olhando para os pais com cara de “WTF?”, porem não disse nada, esperou eles continuarem a falar.

- Emma, ou você vai falar com a Regina. Falar o que sente por ela, falar tudo o que ta sentindo, eu e seu pai vamos fazer isso por você! – continuou a mulher a falar.

- O que?! – exclamou Emma arregalando os olhos – Não! Vocês surtaram? Não!

- A gente cansou de te ver chorar e sofrer pela Regina – respondeu o pai pacientemente.

- Eu não to sofrendo por ela!

- Emma Swan! Eu e seu pai podemos ser o que você quiser, exceto tontos! A gente percebe muito bem que você ta sofrendo, chorando, se lamentando, tudo por causa da Regina! E ela te ama, sabia? Ta na cara dela! Agora você fica aí morrendo por ela, e se você deixar pra contar depois o que sente por ela, sabe o que vai acontecer? Ela vai partir pra outra! É Emma! Essa é a verdade! Dói, eu sei, mas é a verdade!

Emma se sentou no braço do sofá, colocou os pés no sofá, colocou as mãos nos ouvidos e fez beicinho. Logo ela começou a chorar.

- Por que vocês fazem isso comigo? Me deixa sofrer! Que saco! – resmungou Emma.

Emma estava surtando.

- Vai deixar a Regina partir pra outra? – perguntou David.

Emma murmurou um “aham” e David respondeu:

- Covarde!

- Não sou covarde! To deixando ela ser livre!

- Dito por um covarde! Feito por todos os outros! – rebateu o pai novamente, deixando a garota surpresa. – Vem logo Emma – falou David puxando a menina pelo cotovelo em direção a porta.

- Onde vamos? – perguntou Emma ainda deixando algumas lágrimas caírem.

O pai não respondeu, mas eles desceram até a garagem, pegaram o carro foram até a casa de Regina. Ao chegarem enfrente a casa da morena, Emma arregalou os olhos, olhou para o pai e agarrou nele.

- Emma... Emma... EMMA!

- Eu não vou lá! – falou Emma chorando – Não quero ir lá...

- Você quer. Vem.

David saiu do carro, foi até o outro lado, abriu a porta e puxou a filha pelo pulso. Eles atravessaram o jardim da mansão e bateram na porta. Emma não sabia o que fazer. Ela olhou para o pai aterrorizada, o mesmo parecia não se importar com a manha da filha. A loira se olhou e viu que nem ao menos estava apresentável. Estava usando um shortinhos jeans bem pequenino, chinelos e usava uma blusa de manga curta bem larga, verde.

- Pai, vamos embora – pediu Emma sussurrando.

David a ignorou, e assim que a porta se abriu Emma se escondeu atrás do pai. Tentando se esconder. Era ridículo. Ela sabia, ele sabia, e agora, Regina sabia! A morena estava olhando para David e viu que tinha uma mulher loira atrás dele. Era Emma. Sua Emma.

- Regina, alguém quer conversar com você – falou David, puxando a filha para frente dele.

A loira engoliu em seco, respirou fundo duas vezes e pensou “Não quero não”.

- Entrem, por favor – pediu Regina educadamente.

Emma não se mexeu, nem um milímetro. O pai empurrou de leve a filha pra frente, e depois foi embora. A loira olhou em volta e quando viu, seu pai já estava dentro do carro.

- Miss Swan – pediu Regina dando espaço para a loira entrar. A morena não pode deixar de olhar para as pernas da loira, e até mordeu o lábio inferior. – Em que posso ajudá-la? – perguntou Regina a guiando até a sala.

- Eu... Ér... – mentir? Não mentir? – Nada! Meu pai ficou doido! Desculpe te atrapalhar – pediu Emma dando meia volta e indo em direção a porta.

- Tem certeza? – perguntou Regina desanimada, as pernas de Emma iriam embora.

Emma ao perceber onde o olhar de Regina passava sentiu suas bochechas ficarem vermelhas.

- Não! Precisamos conversar – falou Emma suspirando.

- Vamos lá pra cima – pediu Regina – Não quero que meu pai escute a nossa conversa – explicou-se.

Elas subiram as escadas e foram até o quarto da morena. Lá elas se sentaram na cama, uma em cada ponta. Elas ficaram se observando, e por um momento ficaram desconfortáveis.

- Estamos parecendo duas adolescentes – comentou Regina tentando descontrair.

Emma riu de leve se sentiu menos tensa.

- Seu sorriso é lindo – Regina deixou escapar.

- Obrigada –Emma abaixou o rosto, sentindo-o esquentar, mas não deixou de sorrir.

Elas se olharam novamente e então Regina se sentou mais perto de Emma. Uns trinta centímetros as separavam.

- Sabe Em... Eu gosto de você, muito. E, pode não parecer, mas estou sofrendo. Eu amo você, e você nem da bola pra mim. Fica aí me provocando, se fazendo de difícil, e quando é pra conversar sério, nada. É frustrante. – falou Regina olhando nos olhos da loira. – Às vezes acho que você só quer sexo. Ou sei lá o que. Eu não entendo.

- Eu que só quero sexo? – perguntou Emma em tom sarcástico – Eu? Pelo que me lembro, quem me procurou todas as vezes foi você!

- Não fui eu quem pegou as coisas e foi embora da primeira vez, né? – rebateu Regina.

- Ué, você queria me fazer de brinquedinho sexual!

- E você aceitou transar todas as vezes que eu pedi!

- Nem por isso quer que dizer que eu queira ser um brinquedo! Aff, nem devia ter vindo! – exclamou Emma se levantando e saindo do quarto.

- Emma! Espera aí! – pediu Regina seguindo-a, até ela alcançar a loira na porta. Ela segurou o pulso da loira, a mesma olhou para a morena e se soltou dela e voltou para casa.