Adotada Pela Loucura

Capítulo 6- Essa história já aconteceu comigo!


Como eu tinha acabado de acordar, estava parecendo um zumbi. Andava igual uma bêbada, a a cada passo, parecia que estava afundando. Eu só queria deitar, e dormir. Nada de conversas, nada de papinhos chatos. Apenas queria duas coisas naquele momento. Comida, e descanso, era tudo, oque eu precisava. Afinal, depois daquele sonho bizarro! Mas não, lá vêm ele de novo me incomodar!

- Hey, você está bem?- Ele perguntou num tom dócil, oque é meio bizarro.

- Hum, oque? Ah, sim tô indo...

- Você tá parecendo uma drogada, pare de agir assim.

- Me obrigue! Tô com sono cara, me deixa quieta.

- Tá nervosinha.

- Estúpido.

- Já começaram a brigar?!- A Jane chegou, com alguns papeis em sua mão. Provavelmente eram do orfanato. Tanto faz...

- Sim.

- Sim.

- Deem um abraço!

- HAHAHAHAHAHA! Boa piada. Nunca abraçaria ela.

- Igualmente senhor!

Eu tinha dado mais alguns passos, e vi a casa. Era grande, mas a maior bosta que já vi. Acho que disse isso em voz alta, porque já veio ela falando:

- Hey, ela não está tão feia assim! Afinal, tá em reforma!

- Percebe-se, percebe-se...

Eu jurava a mim mesma, que se eu não cai-se no chão na quele momento, por pura preguiça, iria desmaiar a qualquer momento.

Eu apenas fui me guiando, joguei minha mochila no sofá, e fui em direção a cozinha. Bem, pelo menos eu achava que era uma. Acabei entrando em outro lugar. Tinha uma estante de livros, e algumas armas penduradas na parede. Também reparei em uma parede cheia de manchetes de jornais. "Psicopata, foge de presídio"

" Mais de 20 pessoas foram mortas em um dia!". Além disso, achei várias facas. Achei elas fantásticas, mas quando fui tocar nelas, ele chegou, já com vontade de me espancar, era oque eu achava.

- Isso ainda não é para você, mocinha! Toque nisso, e degolo sua garganta.

- Que medo!- Eu ironizei um pouco.

- Ele não está brincando. Quando nós conhecermos você melhor nós explicamos oque é isso, apenas ignore por enquanto.

- Ok. Mas não guarde isso para sempre. Afinal, sou um ser humano, tenho curiosidade pra caralho.

- Enfim, ainda com fome?- Ela olhava para mim, enquanto me levava para a cozinha. Acho que era para eu não mexer mais ali.

- Ah, sim. Fome é oque não falta em mim.

- Então me explica como você é tão magra?- Ele disse apontando para o meu braço.

- E me explica, porque você é tão estúpido?

- Eu? ESTÚPIDO?! COMO OUSA GAROTA?

- Eu não tenho medo de você! E eu ouso sim, posso ser magra, mas consigo te matar!

- Oou...- A Jane olhava para baixo e balançava a cabeça.- Você não deveria ter dito isso...

- Eu, vou te matar filha da puta!

- Então me mata! Têm coragem mesmo?

- Acho melhor você correr!

Eu sai correndo para cima, admito que tropecei, e quase me joguei no chão. Ele ia me matar mesmo! Ele tinha pegado uma faca na mão, e estava atrás de mim.

"Pensa Malennie... PENSA!" Eu apenas parei e estiquei meu pé, como eu pensei ele tropeçou, e deixou a faca cair.

- HAHAHA! Eu disse que ganhava! E agora?

- Hahaha! Você é muito boa! Parabéns.- Ele disse enquanto se levantava.- Mas por enquanto, não toque na minha faca. Ela é especial...

- Uma faca? Sério cara?

- Não vejo problema! Mas enfim, vai descansar. A Jane faz algo pra você!

Ele me mostrou meu quarto, e eu deitei na cama. Nem deitei. Despenquei, sobre ela. Estava tudo bem, até eu olhar para a janela. Tinha uma coisa bizarra. Ficava apenas lá, usava terno, e não tinha olhos, boca, ou ouvidos. Apenas fiquei encarando. Depois de um tempo aquilo se mexeu. Eu desci correndo.

- QUE PORRA É AQUELA NA MINHA JANELA?!

- Que coisa?!

No mesmo momento os dois olharam para mim. Jane subiu, e foi verificar, quem era.

- Haha, esse ai? Seu tio, ele vêm aqui, igual a todo mundo vai vir aqui te ver.

- Peraí, peraí. Vai ter tipo uma festa?

- Sim, sempre que entra mais alguém na família, a gente faz uma festa gigante. Enfim, você entendeu. Mas fica calma, ele não morde. Bem, eu acho... mas dorme aí!

- Tá bem...

Depois que ela saiu, comecei a chutar a cama. Eu só queria PAZ! Que droga! Ah, vamos apenas esperar o amanhã chegar... e espero que ele seja bom.

[...]