Adotada Pela Loucura

Capítulo 58- Seja Bem-Vindo Herdeiro.


Você alguma vez já colocou a sua cara na neve? Ou sequer em um pedaço de gelo, esfregando ele na sua cara? Se sim, você sabe como era o meu sentimento naquele momento, sentindo o chão gelado tocar a minha bochecha.

" Meu Deus, nunca pensei que ficaria feliz por ter a cara no chão de casa... Aqui está realmente sujo, caralho."

– Você está bem?- Jeff esticou o braço para me ajudar a levantar. Eu olhei envolta, e por um momento, eu estava cercada por todos os tipos de criaturas e assassinos que só se veem em jornais, ou se você foi uma vítima que sobreviveu a eles.

– Ela está um tanto quanto...- Uma menina de máscara com um símbolo de um círculo com um "x" no meio, iria completar a frase, mas foi interrompida.

– Olha, acho que é bem normal ela estar ' um tanto quanto', ela acabou de correr que nem uma desesperada e lutou contra Zalgo!- Uma garota com um relógio no olho direito disse.

Jane olhou fixamente em meus olhos. Por incrível que pareça, e mesmo que nem aparente para algumas pessoas, os olhos negros dela estavam brilhantes. Expressando, por mais impossível, sentimentos.

– Você quer alguma coisa? Está pálida demais.

– Ora, que bobagem, eu estou bem...- Eu disse com um sorriso irônico.

– Cara, aproveita que ela está perguntando sobre você. Ela não faz isso com ninguém. - Jeff disse.- E pra variar, você desmaia pra cacete.

– Que idiotice, nunca desmaiei... tanto não.

– Olha, teve aquela vez no hotel, teve a outra na neve, teve uma também aqui em casa... Hum... Acho que teve uma quando teve a festa e...

– TÁ BOM! Chega! - Eu disse me sentando no braço do sofá, contando que todo o resto estava coberto de pessoas.

– Gente ela não tá com uma cara... simpática. - Um cara vestido de palhaço disse.

– E você sabe oque, é uma cara simpática, Jack?!- Uma garota com uma mecha de cabelo roxo disse.

– Olha, desde que entrei nesse " rumo", - Ele disse fazendo aspas com os dedos.- conheço expressões. E ela tá com cara de quem vai desmaiar mesmo.

Respirei fundo, e bufei. Eram tantas pessoas respirando o mesmo ar que eu, que se eu ficasse lá mais alguns segundos, acho que morreria. Olhei pra cada um deles que estavam lá, e percebi que apenas reconhecia alguns deles.

– Eu já disse que estou bem! E se querem me ajudar, sugiro que façam uma fila de pessoas que eu ainda não conheço, para se apresentarem.

– Tem gente aqui que nem sabe o seu nome. - Jeff disse.

– Que não seja por isso. EAE CAMBADA! Eu sou a Malennie, mas me chamem de Annie.

– Oi Annie! - Alguns disseram em coro.

– Olá. Mas, então, essa fila é pra hoje ou não?

Eles se ajeitaram bem rápido, se encaixando em uma fila que chegava até a porta pra entrada do quintal.

Me direcionei para o primeiro da fileira. Era o mesmo cara vestido de palhaço.

– Olá! Eu sou o Jack Risonho. E pelo que entendi, eu sou o seu tio.

– Sup.- Um garoto com uma bandana aparentemente colada na boca, e óculos alaranjados disse. - Eu sou o Ticci-Tobby. Sou o seu primo.

– Olá, eu sou a Clockwork, sou sua prima.

– Eu sou a Nina! Prima também!

– Red...- Um garoto respondeu tristemente, enquanto olhava para o chão.

Eu cheguei mais perto das outras pessoas.

– Ele é sempre assim?- Sussurrei.

– Sempre que o possível. Em todo lugar, toda hora, de todos os jeitos.

–Oh... Que pena. Espera. Ele parece um...

– Mestre pokémon? Sim, é ele mesmo.

Alguns minutos depois-

Eu já tinha falado com 37 pessoas, e algumas criaturas. Eu sei lá como eu não fiquei com nojo de algumas, todas cobertas de tripas, como Eyeless Jack, que preferiu que eu chamasse ele apenas de Jack. Pelo que entendi, ele comia os rins de suas vítimas.

– Tem um gosto nutritivo. - Ele disse.

– Você e o Smile são os únicos aqui que comem esse tipo de coisa.- Rouge Disse.

– Queridinha, olha na minha face. Esse cachorro come oque tiver dentro da pessoa, eu como rins.- Ele bufou.- Ignorante.

– Ih, nervosinho.

– Pelo que eu entendi, - Risonho disse. O verdadeiro nome dele era ' Profeta Risonho', mas eu achei melhor assim, pois ele não revelaria o seu nome tão cedo.- Seu pai é Brasileiro, certo? Sou uma Creepypasta brasileira.

– Que foda cara, se onde tu é?

– Interior de São Paulo. Pra falar a verdade, eu percorro Brasil á fora para fazer vítimas. Todas que ouviram minha estória morrem. Claro que é bem difícil de os encontrar, e mato alguns indivíduos errado, mas no fim sempre acabo achando a pessoa. - Ele disse ofegante, por causa da máscara.

– Caralho... Você é tipo igual os outros, observa a pessoa de noite pra a matar e falar a sua frase de efeito. Mas cara, pra que o poeta? Faz um poema pra pessoa dormir é, caralho?- Eu olhei pra ele rindo.

– Na verdade senhora Woodh, eu sou chamado de Profeta, pois depois de assassinar brutalmente a minha vítima, escrevo frases com caneta na parede dela. Não escrevo com sangue porque acho clichê demais.

– Hey, sabe oque mais é clichê em você? A sua máscara, puta merda, ela tem cara de pervertida!- Tobby começou a rir.

– Olhe aqui pivete, eu só não meto a mão na sua cara porque eu...

Se pode ouvir um grito agudo vindo da parte de cima da casa, no segundo andar. Logo todos nós associamos com Jane.

Jeff e eu nos olhamos por alguns segundos, e logo corremos até o segundo andar, onde Jane estava em desespero, pela bolsa ter estourado.

– DESCE E CHAMA OS OUTROS PRE ME AJUDAR COM ELA!- Jeff começou a ajudar Jane, com uma cara de desespero.

Desci quase tropeçando e comecei a gritar por ajuda. Os dois Jack's, Hoodie, Masky, e o Risonho, subiam as escadas correndo para ajudar Jane.

Alice, Sally, e Nina estavam me ajudando a pegar a bolsa com coisas, e talvez, algum documento fácil. Eles desceram com Jane gritando muito alto.

– Tá tudo bem, Você consegue!

– VOCÊ DIZ ISSO PORQUE NÃO ESTÁ PARINDO UMA COISA.- Ela disse alto, e com uma voz um tanto quanto demoníaca.

– Annie, abre a porta do carro, nós três iremos pro hospital!

– Okay!- Eu iria começar a correr, mas depois voltei.- E o resto das pessoas?

" E eu seus puto?!" Smile disse bravo.

– Animais não entram em hospitais depois você vê. E eles podem ir a pé, de ônibus, Táxi, ATÉ VOANDO, mas a gente precisa ficar junto da Jane.

– E a gente vai ajudar!- Clockwork colocou uma mão estendida e os outros iam colocando as suas mãos encima da dela. Todos colocaram as mãos.

– LAG! - Disseram.

– TIME!- Alguns gritaram.

– " We're not one, we're a Team!" -( N/a: Desculpem me dizer, mas ESSA É A FRASE DA MINHA VIDA ♥ e eu apelidei as Creepypastas de TEAM, porque em Pt-br é meio estranho...)

Eu abri a porta do carro e peguei a bolsa com as coisas, Jeff colocou Jane lá dentro, e entrou no carro. Fui no bando de trás, falando coisas do tipo " Calma!"; " Você aguenta!"; " Respira fundo!". E eu espero, que quando eu crescer e reencontrar esse diário, que eu me lembra de não ter filhos, e se eu quiser, adotados.

Chegamos no hospital, e Jane já estava chorando, coisa que nunca tinha pensado que ela faria. As enfermeiras Ajudaram, retiraram a bolsa de mim, e um médico a seguiu. Ela entrou numa sala, eu e Jeff corremos que nem desesperados, mas tudo em vão. A enfermeira disse que apenas Jeff poderia entrar.

– Oi?! Mas eu sou filha dela!

– Desculpe mocinha, mas foi a própria grávida quem pediu.

" Que droga Jane! Eu só quero ver meu irmão!" Pensei, bastante zangada, vendo os outros chegarem atrás de mim.

– Eles não vão deixar a gente entrar, vamos esperar!

– COMO ASSIM?!- Alice disse irritada. - é meu sobrinho gente! Eu preciso ver isso!

– Esqueça, eles não vão nos deixar entrar.- Eu me voltei para as cadeiras no corredor onde Jane estava. Os outros sentaram também nas cadeiras, e outros no chão.

A única coisa que se ouvia mais alto, era Jane gritando, e como ela gritava alto.

" Só espero que você nasça forte, e bom pequeno, ou pequena. Eu prometo ser a melhor irmã do mundo. Somos todos um time. "

P.O.V Jeff-

Depois de ter entrado no quarto, foi uma coisa muito rápida.

– Jeff, eu te chamei aqui porque é seu filho, então acho que...

– QUERIDINHA, antes de tudo, o filho é de Zalgo. Não fiz nada obsceno contigo, não sou louco.

– Pai Adotivo, QUERIDINHO. - Ela respondeu.

– Espera...- Enquanto Jane disse isso, eu me lembrei que teria de ver uma coisa saindo dela.- Eu, coisa linda,kawaii desu, vai ter que ver o parto?

– Sim...- Ela disse respirando ofegante.

– Olha Jane, tu sabe que eu te odeio e que neste momento eu quero te dar todo tipo de apoio mas... EU NÃO ESTOU PRONTO PRA VER ISSO!

Eu por algum motivo, saí correndo que nem um desesperado da sala de parto, em direção a recepção onde eu deduzi que Malennie e os outros estariam. Enquanto passava pelo corredor todos se levantaram em prantos, me perguntando oque tinha acontecido.

– Eu.Não.Estou.Pronto...- Eu disse pausadamente.

– Que ótimo. Até o cara mais velho não tem coragem de ver o filho nascer.- Annie disse brava, cruzando os braços.

– Ele não é meu filho, é filho de Zalgo. Do jeito que está sendo, Zalgo é tipo um MR. Catra do inferno sabe?- Eu disse, sentando no chão.- A gente nem sabe se é menina ou menino! Só a Jane sabe, e ela não quis me responder.

– Okay... Mas,se for menina, qual vai ser o nome?- Annie disse sentando do meu lado.

– Eu só pensei em nomes de meninos. Mas de menina... Olivia?

– Que nome estranho pra um bebê.

– Bebês crescem, filha.- Eu disse. - De menino, poderia ser... Lucius.

Malennie me olhou com medo.

– Eu em. Meu irmão não vai ter esses nomes não, fera. E tenho certeza que a Jane não gostaria de ter um filho chamado assim.

– Ah é?! Então fala quais são suas opções!

– Se for menina, Elizabeth. - ( N/a: Júlia, Elizabeth Treta Motoboy. ♥ )- Mas como eu tenho certeza, de que vai ser um menino, só vou falar lá dentro.

– Se você diz. Bem, pra mim de menina deveria ser...

Fui interrompido por um grito estridente, e nessa hora, todos nós estávamos preparados para correr até a sala onde ela estava. Até a enfermeira aparecer e chamar a mim e a Malennie.

– Mas apenas, eles dois!- A mulher de jaleco branco disse.

– Um cachorro também poderia entrar?- Annie perguntou.

– Acredito que sim... O nome dele é... ' Smile'?

– Sim, sim.- Malennie disse indo em direção da sala, enquanto eu ia atrás.

Então fomos nós três a sala. Todos loucos pra ver o mais novo integrante da família Dhamer Woodh.

Quando entramos, Jane estava com o bebê no colo, passando os dedos em seu rosto. Ela sorriu pra nós, a maquiagem escorrendo pelo rosto falso-pálido.

– É um lindo menino. - Jane disse.

– Eu disse que seria menino!- Malennie correu pra perto do bebê.

Eu olhei pra aquele menininho. As bochechas rosadas, a pele meio pálida, e os olhos meio abertos, um todo negro e outro Azul.

– Você já colocou um nome nele?

– Olha, pra falar a verdade, Não. E aí, que nome você quer que eu coloque?- Disse Jane dando o Bebê nos colos de Malennie.

– O Jeff queria Lucius, acho que por causa de Zalgo, e tudo mais. Mas eu prefiro... Dylan.

Jane e eu analisamos o bebê cautelosamente.

– Que tal Lucius Dylan?

– Bem... Junta os dois nomes, ele talvez sofra bully por ter um nome assim quando crescer mas... Eu adorei. Lucius Dylan!

– Bem-vindo ao mundo campeão. - Eu disse.

P.O.V Malennie-

Depois de algumas horas esperando, Jane se recuperou mais rápido que o normal, e então, ela pegou o bebê. Ele não tinha qualquer problema respiratório, o rim, ou qualquer coisa. Então o médico liberou eles dois. Não éramos mais quatro, e sim, cinco idiotas que passaram por muita coisa e mesmo assim, continuaram bem.

– Então ele vai ter uma festa que nem a minha?

– Sim. A cada novo integrante isso acontece.- Jane respondeu. - Lucius Dylan Dhamer Woodh. Meu pequeno príncipe.

– Fala pequeno príncipe agora, porque na hora do parto tava pedindo pra ele sair logo. - Jeff disse rindo.

Jane me olhou por um momento e sorriu.

– Filha, segure o seu irmão por alguns minutos?

– Okay...

Logo que ela colocou o pequeno nos meus braços, ela saiu correndo atrás de Jeff com uma faca.

– Ei, coisinha... Aqui é a sua irmã mais velha falando. Deve ser difícil ter que sair de um lugar quentinho e confortável pra esse lugar. Esse mundo onde você terá de viver, é sujo, corrupto, e impuro. Mas dá pra sobreviver. E saiba que mesmo eu sendo sua meia irmã, ou coisa do tipo, eu te amo. E pra qualquer coisa que precisar, é só me chamar. Pra tudo mesmo, até quando se meter em encrenca, cois que a gente entra todos os dias, mas não vem ao caso, você se acostuma. Meu nome é Malennie, mas me chame de Annie. Ah, e se lembre de uma coisa... Somos todos um time.

Então todos os outros saíram antes, indo arrumar a celebração pra chegada do pequeno na nossa casa. Poucos viram, preferiram continuar imaginando como seria o rostinho do novo integrante.

Ficaram apenas nós 4. Um cara com a boca rasgada; Uma mulher de Olhos completamente negros; Um cachorro sorridente de pelos vermelhos e uma garota de tapa-olho. Ou melhor, 5. Um cara com a boca rasgada; Uma mulher de Olhos completamente negros; Um cachorro sorridente de pelos vermelhos ; uma garota de tapa-olho e o próximo dono de Scary.

Bem-vindo ao mundo, príncipe das trevas. A sua irmã te ama.

[...]

"We live in cities you'll never see on a screen
Not very pretty
But we sure know how to run things
Living in ruins of the palace within my dreams
And you know

We're on each other's team"

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.