Adotada Pela Loucura

Capítulo 20 - A primeira vítima, nunca se esquece


Coloquei Smile no chão novamente e acariciei sua cabeça.

– Você sabe que a gente podia dar um banho nele né? - Jane disse.

– Porquê?! - Perguntei de boca aberta.

– Porque ele está sujo? Nossa, as vezes eu penso que tenho que te colocar numa escola e bem rápido. - Disse Jeff rindo.

– Você é um otário mesmo. - Eu falei cruzando os braços e me encolhendo-me. Eu senti algo estranho dentro de mim se revirando. Jeff percebeu, e Jane também.

– Você está bem? - Jeff perguntou assustado.

– ...

– Jesus, se está tentando nos assustar para, parece que está morrendo. - Disse Jane se aproximando e ficando agachada do meu lado.

–...

– Ha-ha, para com isso agora Annie! - Jeff Disse. Ele olhou para Jane, que fez o mesmo. - Malennie! MALENNIE!

– Algo está aqui. - Eu disse sentindo.

– Do que está falando? Só pode estar zoando com a minha cara. Pode parar. - Jeff disse se afastando de perto de mim e sorrindo, (Mas do que ele já podia, se é que você me entendeu e-e), com um jeito meio estressado de rir.

– Eu não estou mentindo. Não confia em mim? - Levantei a cabeça, e fiz um sorriso demoníaco. Eu nunca minto sobre isso. Lembro quando senti isso quando fiz minha primeira vítima. Stephany... Adorei o dia, em que pude ver o sangue escorrer da cabeça dela, e do tórax. Ah, foi muio agradável este dia.

Flash- Back Malennie

Como ela ousou...

Culpar Alicia, de ter arranhado ela e de ser agressiva? Ainda me lembro da cena.

– Oi Malennie, sabe, eu estive com tanto ódio de você ter falado com Philip. Ele é meu! Lembre-se disso. E como aviso, olhe isso.

Ela pegou um pedaço de um espelho quebrado do quarto, e cortou o braço, escrevendo "Alicia".

– Como você ousa...- Disse serrando os olhos. Meu sangue borbulhou, e minha mente dizia: "Ou você a mata, ou ela tortura sua vida. Pense Malennie... Sei que fará o melhor..."

– Eu ouso. Não pedi para mexer com o MEU garoto. Agora, eu vou destruir tudo oque você têm minha querida, e doce, Malennie. - Ela disse se aproximando de mim. E espalhando um pouco de sangue pelas paredes e chão. Ela jogou todo o resto dos vidros no chão. Dando a impressão de que el foi quebrado. Depois, Pegou o caco de vidro que ela usou para se cortar, e encravou no último "a" de "Alicia". Ela mordeu os lábios, por causa da dor. - Acho melhor, agora você ir. Porque eu, vou ajudar a vida de sua amiguinha.

Nesse instante ela gritou.

"Droga, droga, DROGA!" Sai correndo do quarto, e fui chamar Alicia, que estava desenhando em um papel, uma garota com os olhos negros, um vestido igual os olhos, uma rosa vermelha no cabelo, luvas, e um jeito psicótico no olhar.

– ALICIA! - Gritei quando a olhei, e comecei a respirar rapidamente. Ela me olhou e fez uma cara de "Oque foi?"

– A gente precisa sair! - Eu disse cansada pegando em seu pulso. Ela tirou minha mãe do pulso dela e disse:

– Espera. Olha só, eu sonhei com uma garota assim. Ela se chama " Annie Dhamer Woodh", no meu sonho. - Ela disse mostrando o desenho.

– É bonito, mas agora nós precisamos correr...

"Ela está nesse quarto!"

– DROGA É ELA! - Eu disse.

– Quem? - Alicia perguntou.

Peguei o pulso dela, e corri para fora do quarto.

"Olha ela ali!" Ouvi ela gritando.

Eu corri, e fui para meu quarto. Tranquei a porta, e vi Alicia com uma cara tipo "Oque diabos você está fazendo mulher?!". Vi ela segurando ainda o desenho.

– Guarda isso. - Falei olhando estressada nos olhos dela, que eram de um verde intenso.

No mesmo instante ela guardou, e eu fui em uma gaveta de meu guarda-roupa, e peguei uma faca de cozinha.

– Oque você...- Ela ia dizer.

– SÓ CORRE COMIGO. - Disse estressada, e batendo a gaveta com força.

Abri a porta, e vi Alicia correndo comigo.

– Agora me explica?!- Alicia disse.

– A Stephany quer estragar sua vida.

– Ah, normal. - Alicia disse revirando os olhos.

– Mas não sua vida aqui, sua adoção.

– OQUE?!- Alicia gritou.

Eu olhei para frente, e vi dois enfermeiros, entrando em nossa frente do corredor.

– VOLTA!- Gritei.

O outro lado, tinha duas médicas, e a diretora.

– Foram elas?- A Diretora perguntou.

– Não, a Malennie dessa vez não fez nada. Só dessa vez! Mas a Alicia fez!

– PEGUEM ELAS!- A diretora gritou. Vi os enfermeiros se aproximando, e as médicas também. As duas estavam com seringas, já miradas em nossos braços. Está vamos cercadas, E Agora?!"Pensa Annie... PENSA!"

Logo senti algo estranho. Um sentimento frio, e obscuro tomou conta de meu corpo. Me senti no escuro, e logo meus olhos escureceram completamente. Não se via a parte branca deles.

– Mas oque aconteceram com seus olhos?- Ou vi Alicia falando baixo.

Em um ato, corri um pouco e pulei, mirando no peito do enfermeiro. Eu o acertei em cheio, logo o vi agonizando no chão. O outro, que estava perto de minhas costas, tentou me agarrar, eu fui mais rápida, e o apunhalei na cabeça.

Alicia olhava assustada, olhava para sua amiga, que já não era mais a mesma a anos.

Vi as médicas se afastando. Eu comecei a rir.

– Fiquem calmas. Têm para todas...

Corri para cima delas, e acertei uma médica na garganta. A faca ficou presa, estava tentando tira-la quando vi a enfermeira mirando em meu braço com a seringa. Eu virei, e a soquei na barriga. Ela caiu, e ficou agonizando.

– Vamos terminar o serviço...

Eu chutei a cabeça dela, e pisei em seu estomago.

– Isso, foi por todos os remédios... E esse.

Eu fui para o corpo da outra enfermeira, e peguei a faca que estava presa em sua garganta.

– Foi por todo o resto... - Eu disse. a apunhalando no coração. Vi o sangue escorrendo, e senti meu sangue borbulhar mais, e minha mente, pedindo cada vez mais. Olhei devagar, para trás, e vi Stephany de boca aberta e a Diretora, respirando rapidamente.

–Ah, esqueci de você minha pequena... E doce... STEPHANY! - Disse correndo para perto dela, e socando sua face, ela caiu no chão indefesa, e protegeu seu rosto. Eu chutei várias vezes, seu tórax, e ouvi ela falando "por favor, pare..." Bem baixo. Vi uma estante com livro, e peguei um. Comecei a bater nela com ele. E depois de ver ela agonizando, a peguei pelo colarinho.- Espero que tenha doce sonhos... NO INFERNO!

Falei cravando a faca em sua barriga, e vendo ela com o corpo caindo, e tentando tirar a faca. Tirei dela, e olhei para a diretora. Me aproximei, e falei:

– Isso foi só uma prova do que eu sou capaz. Acho melhor não se meter comigo nem a Alicia. Ah, e se você OUSAR, chamar a polícia, ou falar isso para alguém mais que não viu isso... Você, será a próxima... Vamos Alicia, acho que eles pegaram o recado.

Alicia, me seguiu, e se afastou um pouco, pegou o desenho, e colocou do meu lado em sua visão. O desenho era igual a mim.

Olhos completamente negros; Cabelos negros; e também, uma faca na mão.

– Vo-você... - Alicia olhou diretamente para mim, e ficou assustada.

Comecei a me sentir fraca, e desmaiei. Acordei em minha cama, e vi, em um canto Alicia chorando. Me levantei, e me aproximei dela. Ela olhou e limpou as lágrimas.

– Você acordou...

– Sim. Mas, porque a do choro?

– A diretora... Disse que se isso acontece-se novamente, eu iria ser expulsa. - Alicia disse. - E você sabe oque Significa... Eu não vou ser adotada!

– Eu sei... ah aquela filha da mãe não entendeu o recado... Acho que vou dar ele de novo. - Disse levantando com os punhos fechados. Senti Alicia segurando meu braço.

– Não. Se não vou ser expulsa!

– É mesmo... - Disse fechando os olhos e suspirando.

– Annie... Me prometa algo. NUNCA MAIS FARÁ ISSO NO ORFANATO! - Alicia, disse limpando as lágrimas.

– Por você eu faço... Mas... fora daqui, eu vou encontrar ela... E minha vingança, será em breve.

Quando chegou a noite, e vi Alicia, dormindo, me levantei, e fui a janela.

"Eu juro por mim mesma... que quando eu sentir, que Stephany está por perto, vou sentir este sentimento... Eu juro... Eu ainda te mato sua desgraçada!"

Flash-Back Malennie Off

– Ela está aqui... eu sinto a presença! EU SINTO! - Gritei maniaca.

Eles se olharam, e ficaram surpresos. Corri para a cozinha, e peguei uma faca.

– PARA COM ISSO! ABAIXA ESSA FACA! - Jane gritou.

– Eu vou matar ELA! - Gritei, e senti Jeff tentando me segurar.

– Ei, ei, ei, se acalma aí! - Jeff ordenou.

– Eu tenho que matar ela! - Eu disse.

– OU VOCÊ SE ACALMA OU EU QUE TE MATO SUA ESTÚPIDA! - Jeff disse bufando.

Logo me sentei, ainda com um pouco do sentimento, mas logo calma.

– Oque ouve com você? ... - Jane olhou parada, em minha frente, e do lado de Jeff, que continuava com a cara brava.

Ficou um silêncio até certo tempo que Jeff se sentou ao meu lado, com a cara " A loucura voltou não é?"

– Não é culpa minha... ela estragou minha vida... - Disse com o rosto baixo, e senti uma lágrima, descer meu rosto.

– Quem? - Jeff e Jane perguntaram.

– Stephany...

Eu contei toda a história para eles, e eles logo entenderam.

– Então é por isso... - Jane disse.

– Uau, essa garota pegou pesado. - Jeff disse.

– SÓ PESADO?! Ela arruinou a minha vida, a de Alicia... A de todas as pessoas. E agora, quando ela cruzar meu caminho, eu arrancarei as tripas dela! - Eu fiz meio que um juramento. Ou vi Smile latindo quando eu disse "Tripas". Ele sorriu e abanou seu rabo. - Viu? Ele me aprova.

– Bem... - Jeff disse. - Acho que chegou a hora, de você saber oque é aquela sala.

– JEFF! - Jane gritou olhando para ele fixamente.

– Não enche Jane, a loucura vai dominar ela. Ela já deve saber oque nós somos mais... Vamos mostrar a ela, oque ela merece.

Finalmente, a sala. Vi Jeff se levantando, e Jane indo junto. Todos de cabeça baixa. Olhei estranhamente. Smile olhou para mim animado. Aqueles olhos amarelos, penetravam em minha alma.

Jeff voltou, com uma chave, e Jane atrás.

– Vamos, mecha-se. - Jeff disse bravo.

Me levantei, e vi ele abrindo a porta.

– Aqui, é aonde escondemos, nossa "psicopatia". Recortes de nossas vítimas, armas, e... um portal. - Jeff Disse.

– OQUE? Repete a última parte que eu não entendi?! - Falei aflita.

– Um portal. Como vou explicar... não, nós não somos drogados, sim existe "portais", apenas depende de quem os faz.

– E quem fez esse? - Falei, mas ele continuou em silêncio.

– Bem, esse portal, nos leva a um lugar vermelho, e com poucas cores. Lá, podemos matar o quanto quisermos. Mas, se escolhermos vi para cá, não podemos matar e...

– Então como você matou o Troy?!

– Bem, posso continuar? Então, e só podemos matar aqui, se aquela pessoa, fez parte da nosso história. Como posso explicar... Vingança, é isso. - Jeff disse. - Nós temos o portal, e um certo ritual, para falar com quem o criou...

– E quem o criou? - Eu perguntei.

– Zalgo. - Falaram em coro. Senti um frio percorrer minha espinha. - Ele é o demônio que criou este local, onde podemos matar.

– Ah-ah, bem... vocês... falam com ele ainda?

– As vezes. Quer ouvir a voz dele, não é? - Jeff disse olhando para mim.

– Está bem... - Nesse instante, vi eles fazendo várias coisas, e falando certas palavras. Vi Smile, entrando pela porta, e o peguei no colo.

Algo se abriu, e pude vir, um ser com os olhos vermelhos, e o corpo negro.

" QUEM GOSTARIA DE FALAR COMIGO AGORA?!"

A voz era grossa e rouca.

" AH, VEJO QUE SÃO VOCÊS E A PEQUENA, QUE ANDO ACOMPANHANDO..."

– E-e-e-eu?! - Disse aflita.

"Sim, Malennie... Você logo será uma de nós minha pequenina..."

Do que ele estava falando?!

" Vejo que recebeu meu pequeno presente. Ah, o meu novo demônio criado."

– DEMÔNIO?! - Gritamos em coro, enquanto Smile sorria.

" Sim, "Smile", é um demônio. Nem um cachorro é mais forte que ele, ou é capaz de sorrir, feito ele."

Smile latiu, e sorria mais.

"Ele será companheiro de vocês. Mostrem que confiam nele. Mostrem afeto nele, e ele mostrará isso de volta."

– Ahn, tá né, chega de loucura por hoje, tchaaau! - Jeff disse olhando estranhamente.

" ESPERE! QUERO FALAR COM A GAROTA."

– Tá né...- Jeff disse olhando cerrado para Zalgo.

" Minha pequena... Você será uma de nós. Seus pais adotivos iram treina-la. Fique calma, logo entenderá oque está acontecendo. Lembre-se apenas disso: Tudo oque você faz de bom agora, pode te ferir depois."

– Está bem. - Eu disse com uma cara " Sim senhor!"

" Tome cuidado..."

A voz ecoou em minha mente "Tome cuidado." Oque ele queria dizer com isso?! Bem, pelo menos, já sei melhor sobre oque tinha nessa sala, tirei um peso da mente, e ganhei outro.

– Que coisa mais louca hoje... - Jane olhou para Smile.

– Pois é... Eu achei legal em saber que Smile é um demônio. Não é Malennie? - Eu estava parada com os olhos abertos, pensando no que Zalgo tinha dito.

– MALENNIE! - Jeff gritou me tirando de transe.

– Hum? Oque?! - Falei assustada, e soltando Smile no chão.

– Esquece. - Jeff disse. - Eu vou ir dormir.

– Eu também. E não deixe Smile entrar no quarto. Não confio em demônios. - Jane disse, indo correndo para a escada.

Eu olhei para Smile, que sorria, eu meio que ouvia ele dizendo em minha mente: " Eu sou um demônio adoravelmente fofo, mas lembre-se, se tentar me atacar, arranco um pedaço seu."

– Nossa, que paranoia. Pensei que você estava falando comigo pela mente.

" Mas eu estou, humana tola!"

– Como você?- Eu disse me ajoelhando.

" Demônios como eu, se comunicam assim. Vocês humanos estão tão ocupados, que nem percebem que a gente fala..."

– Me desculpe...

"Tudo bem Malennie. Eu confio em você e Jeff. Menos na Jane, ela é chata..."

– Mas, ela é legal comigo.

" Com você. Consigo ver oque as pessoas falam em suas mentes, e ver o quão impuras elas são. "

– Uau... Vou prestar mais atenção em você falando.

" Porque você não conversa comigo pela mente também? Eu consigo ouvir oque você está pensando. "

– Está bem...

Peguei Smile no colo e sai da sala, quando fui fechar a porta, pensei: " Ainda tenho que pensar sobre o assunto de Zalgo. Oque ele quis dizer com "Tome cuidado...?!"

"Oi."- Smile disse.

" AI CARAMBA NÃO ME ASSUSTA ASSIM!"

" Foi mal Annie."- Smile disse.

Amanhã, eu vou tentar ativar esse portal... Amanhã. Estou muito cansada. Vou ir dormir...

[...]