Siva

E ela apareceu linda como sempre... Mas eu percebi que foi ele que a deixou aqui e parecia que estava feliz com isso. Será que ele estava ajudando a ela ficar comigo? Se for, posso pensar em gostar um pouco dele.

-Olha Gabi, eu preciso conversa com você logo, então podemos andar?

-Pode ser...

-Eu me odeio por ter te feito chorar, sim eu estava na porta depois que sai me desculpa cara. Eu não suporto te ver tão longe assim... Você sabe que o que eu sinto por você é forte e eu não consigo não me culpar por essa distancia toda. Volta vai, por favor, pode ser para o inicio da nossa amizade, que foi complicado, mas volta... Gabi eu sinto sua falta todo segundo, não sei quantas vezes quis te contar algo, mas eu me lembrei da burrada que fiz.

-Seev, eu estou aqui porque o Blake falou que eu precisava te ouvir. Eu estou ouvindo, mas não sei, porque você me magoou demais com aquela conversa, eu tenho esses sentimentos por você, mas se sempre que eu estiver saindo com os meus amigos você ficar com ciúmes vai complicar, porque praticamente todas as minhas amizades são masculinas e eu sou carinhosa com todos e eu não quero mudar isso por você, me desculpa se isso parece que não me importo, mas é ao contrario, me importo demais, mas eu também não quero me ver distante de pessoas que sempre estiveram comigo sabe.

-Eu te entendendo... Eu sou ciumento mesmo, mas eu quero mudar, quero mudar por você, porque do mesmo jeito que não quero perde minhas amizades, você não quer perde as suas... Peço-lhe desculpa pelos meus ataques de ciúmes, os que já fiz e os que provavelmente iria fazer, espero que lembre que eu não quero tê-los, mas as vezes eu não consigo conte-los, me desculpa por ser impulsivo, por ser ciumento e por ser um completo idiota com você.

-Eu te desculpo meu ciumento... Senti muita falta de você, de sorri com os seus sorrisos radiantes e do seu abraço, sabia?

-Sentiu é? Hmm, mas você não tinha o Blake e os sorrisos radiantes dele? – Já posso sentir os tapas, mas precisei fazer isso, sentia falta de ver ela brava, fica mais linda, o que eu achava que era impossível.

-SERIO SEEV? PORRA VAI TE FERRAR SEU BOSTA. – E como eu disse, ela começou a me bater, mas depois que me viu rindo da situação, ficou com aquela cara de confusa e brava ao mesmo tempo.

-Sabia que eu amo te ver brava? Vem cá sua boba, eu to brincando!

-Fez tudo isso para me ver brava é seu idiota? Merece apanhar mais só por essa gracinha.

-Você pode bater um pouco mais fraco sabia? Sua mão é pesada.

-MINHA MÃO É O QUE? E O RESTO DO MEU CORPO TAMBÉM É? AFF SIVA.

-Depois você fala que eu que ouço o que eu quero né, você bate forte, foi isso que quis dizer e você NÃO é gorda e sim muito gos... Bonita.

-O que você queria me chamar Seev? – Ela me encarou com aquele sorriso malicioso brincando pelos seus lábios, muita sacanagem fazer isso com alguém que não fica com ninguém há um século.

-Gostosa, MUITO GOSTOSA!!! HAHAHAHAHAHA E pode para de me olhar assim, é golpe baixo.

Gabi

-Olhar como? Estou normal... – Eu percebi o que estava fazendo com ele, pior que mulher na seca é homem, fica excitado muito rápido.

-Gabriela não brinca com isso...

Quando o abracei coloquei minhas mãos por baixo de sua camisa, para poder arranhá-lo. Ele estava nervoso, porque estávamos no meio do parque e acabou me puxando para um lugar mais reservado de lá, onde ninguém iria ver nada.

-O que estamos fazendo aqui? – Fiz cara de desentendida.

-Você só pode está brincando, querendo me deixar assim no meio do parque, agora eu quero fazer você sofrer, só um pouquinho pelo menos.

Ele começou a beijar meu pescoço me deixando completamente arrepiada, isso é muito golpe baixo, todo mundo sabe como eu fico quando fazem isso.

-S-Siva, pode para... CARALHO SEEV, PRONTO JÁ ME TORTUROU!

E depois desse meu momento desespero ele começou a rir não rir baixinho como uma pessoa normal, mas dá altas gargalhadas e ainda por cima da minha cara. Desgraçado.

Precisamos parar por ai, porque estávamos no parque e eu não podia deixar nada acontecer na mesma hora que o desculpei né, então eu o puxei para a sorveteria, porque ainda queria aquele sorvete de flocos que tanto estava desejando.

Max

Estava sozinho em casa, como sempre, então acabei convidando a Nina para vir pra cá, como isso já era costume nosso.

“Vem pra minha casa bobona, to sozinho ): Max lindo da sua vida”

“To indo bobão. Nina maravilhosa da sua vida”

Depois da confirmação olhei ao redor, minha casa estava uma bagunça, mas a minha preguiça era maior e amanhã tinha jogo e ontem o treino foi muito cansativo para fazer algum esforço hoje. E ela já estava acostumada com tudo isso, quer dizer, eu espero. Ela chegou e depois que eu abri a porta ela se jogou no sofá, o que já era normal.

-Você desistiu de ser uma pessoa normal e resolveu morar no chiqueiro?

-Acho que faz meu estilo, mas nesse caso é porque ontem foi o último treino pro jogo de amanhã, preciso de descanso, colabora.

-Verdade, tinha esquecido esse jogo, que horas vai ser? Vou aparecer lá.

-9hrs. Naquele estádio no centro, sabe?

-Sei sim, pode me esperar. Vou está gritando mais que toda a torcida.

-E por que eu não duvido disso né? Escandalosa.

-Olha quem fala, agora vem pra cá, vamos jogar.

-O que?

-FIFA!

-Quer perde é? Tudo bem então...

-Convencido.

Começamos a jogar, ganhei muitas partidas, mas ela começou a roubar me fazendo cócegas durante os meus passes e adivinha? Ela ganhou muitas partidas também, mas nenhuma valeu realmente. Não queria que nossa noite terminasse agora, então a convidei para ir ao cinema.

-Claro, mas vamos ver um de terror viu? Mas eu to toda desarrumada. – Ela estava com uma legging preta, all star roxo e uma blusa enorme, mas, para mim, ela estava bem. Mulheres e suas frescuras.

-Eu acho que posso ter uma jaqueta de couro que sirva em você.

-Mulheres deixando roupa na casa do Max, garanhão! Eu aceito sim!

-Sempre né bobona, mas agora eu sou direito, não é qualquer uma que vem HAHAHAHAHA

-Você é muito bobão mesmo, vai lá pegar enquanto eu tento arrumar o meu cabelo.

Depois que eu coloquei uma calça e um tênis, fomos para o cinema. Escolhemos um que eu realmente não lembro o nome, mas sei que é de terror.

No começo, o filme parecia realmente interessante, mas depois a Nina ficou bem mais e eu não conseguia tirar meus olhos dela e acariciar suas mãos macias e pequenas.

-Você podia para de me encarar, eu fico envergonhada bobão. – Comecei a lhe encarar mais com um sorriso para ela.

-Impossível.

O cinema estava praticamente vazio se desconsiderarmos um grupo que estava lá na frente, então me permiti levantar o “braço” da cadeira para poder abraçá-la melhor, comecei a chegar mais perto até que nossos lábios se tocaram. Não demorou muito para ela me deixar explorar a sua boca, nossas línguas brincavam juntas como velhas amigas, enquanto uma das minhas mãos acariciava suas costas e a outra sua coxa. Ela brincava com a minha nuca enquanto eu intensificava o nosso beijo e infelizmente precisamos de ar e tivemos que corta algo que estava maravilhoso para os dois, damos pequenos selinhos e voltamos a ver o filme, mas continuei abraçando ela até o final.