Estavam todos na parte externa da mansão, perto da piscina, Cora estava conversando com sua amiga Eugênia, enquanto Ruby falava com sua irmã Anita. Regina olhou em volta, e percebeu todos amigos do irmão presentes, não gostou nada disso, seu sexto sentido estava lhe dizendo que seja o que for que Killian tenha planejado, ela não iria apreciar nenhum um pouco.

Killian mais alegre do que nunca, arrastou Emma pela mão, até chegarem perto do aparelho de som, que animava a festa, pegou um microfone com uma mão, enquanto a outra ainda segurava firmemente a mão da loira.

— Queridos amigos, é com muita alegria que recebemos de volta ao lar, minha linda namorada e minha amada irmãzinha. – Killian falava brincalhão, atraindo sorrisos dos convidados. – Regina, espero que tenha cuidado direitinho da minha loira.

Emma queria desesperadamente sair desta situação, uma festa surpresa e seu namorado fazendo discursos inflamados, com certeza não estavam nos planos do dia. Fugiu do olhar dele, e procurou pelo de Regina, que parecia tão desconfortável quanto ela mesma.

— Bom, a festa está apenas começando, sintam-se a vontade e a diversão é por conta da casa. – Killian terminou de falar e ainda segurando na mão de Emma, a puxou em direção a Anita e Ruby. – Emma, meu amor, Ruby me ajudou a organizar tudo, espero que esteja do seu agrado.

Emma sorriu sem graça, nada estava do seu gosto, não gostava de festas e muito menos de surpresas. Killian parecia ter convidado a cidade inteira, e ela só queria poder descansar e organizar seus pensamentos. E ainda por cima, tinha que encarar a descarada desta Anita, depois do acontecido essa mulher deveria ter ido embora, para Emma o amor próprio parecia não existir para essa criatura oferecida. Notando que o namorado esperava uma resposta, apressou em falar.

— Sim, está tudo ótimo. – Sorriu para ele, que retribuiu. – Obrigada a você também, Ruby. – Falou encarando a morena de mechas vermelhas, que sorriu amplamente, bem ciente que a loira não havia gostado da surpresa.

— Não foi nada demais, amo festas! – Ruby respondeu alegre. – E essa mansão deveria sediar mais vezes eventos do tipo. Olha todo esse espaço.

— Regina nunca gostou de receber, sempre preferiu ser recebida. – Anita falou maliciosamente, queria implicar com Emma, desejando saber o motivo que a levou agir daquela forma passional no escritório. – Sabe como é, fica mais fácil fugir depois que cansou de aproveitar o momento, se a casa não é sua.

Emma cerrou os dentes, tamanha foi sua raiva. Essa mulher era insuportável, e o fato de ter agarrado Regina há alguns minutos atrás, não ajudava em nada, muito pelo contrário. Achou melhor não responder, não tinha certeza se poderia se segurar, então sorriu para o namorado e falou em seu ouvido que iria ao banheiro. Killian assentiu e continuou conversando com as irmãs Luccas.

Regina estava perto de sua macieira, tomando uma bebida forte, nem sabia qual, apenas necessitava da maior quantidade possível de álcool durante essa festa. Depois do discurso de seu irmão, acompanhou com os olhos os passos de Emma, não gostando de ver Anita perto dela. Anita era problema, sempre foi, a morena normalmente aproveitava as cantadas nada sutis que recebia, mas agora era diferente. Agora ela tinha Emma, não queria mais ninguém além da loira, o que achava muito irônico, afinal nunca foi adepta da monogamia. E estava sendo assim, logo com a namorada do seu irmão mais novo. O fato de Emma ter correspondido ao beijo de Killian, não saia de sua mente, teria a loira ficado confusa com todo o amor que ele demonstrava ter por ela? Afinal ele passava segurança a ela, coisa em que falhava bastante, nem falar sobre os seus sentimentos conseguia. Olhando para tudo a sua volta, se questionou senão seria mais altruísta deixar Emma livre, ela poderia continuar com seu irmão, sendo amada e a prioridade número um da vida dele. Outra coisa que lhe deixava inquieta, era o fato de Emma não querer ter filhos, objetivo que sempre teve em seus planos. A loira achava que não seria capaz de ser mãe, como convencer alguém que passou a vida inteira sendo rejeitada, que pode sim, ser uma mãe excelente? Foi tirada de seus pensamentos, quando percebeu Emma entrando na mansão, não teve dúvidas e foi atrás dela.

Emma estava entrando em um dos banheiros do andar debaixo, quando foi impedida de fechar a porta, não foi surpresa nenhuma, ser Regina o motivo disso.

— Você tem algum fetiche por banheiros, não tem? – Emma perguntou brincando.

— Eu tenho fetiche por você. – Regina não deixou a loira responder, grudou seus lábios nos dela, o beijo era voraz, ambas estavam precisando urgentemente deste contato mais íntimo. Quando o ar foi necessário, a morena encerrou com selinhos delicados. – Me diz que você acreditou no que te falei sobre a Anita.

Emma encostou sua testa na de Regina, deixando as respirações um tanto quanto ofegantes se misturarem.

— Faz alguma diferença?

— Claro que sim, é importante para mim.

— Eu confio em você. – Emma afastou a cabeça, olhando nos olhos castanhos, eles lhe transmitiam tanto sentimento, que as vezes era sufocante. – Fiquei furiosa com o que vi, e não gostei nenhum um pouco, suas amantes precisam conhecer a noção de espaço pessoal.

— Minha única amante é você, e não quero que exista espaço pessoal entre nós. – Regina respondeu mordendo o queixo da loira. – Gosto de invadir o seu.

—Hum. – Emma fechou os olhos aproveitando a caricia. – Eu ainda não terminei, não me desconcentra.

— Não te vejo me afastando. – Regina subiu seus lábios até a orelha esquerda da loira, mordiscando o local.

— Eu nunca poderia fazer isso. – Emma puxou o rosto da morena, lhe beijando com vontade.

Regina aproveitou para dar um impulso na loira, colocando ela sentada na pia de mármore que havia ali dentro. Emma apenas acomodou a morena entre suas pernas, enquanto tinha seu pescoço sendo explorado pelos lábios ansiosos de Regina.

O momento foi interrompido por batidas na porta, Regina fez sinal de silêncio, afinal não sabia quem era, ou se essa pessoa havia visto uma delas entrar no banheiro. Depois que a pessoa desistiu, Regina ajudou Emma a descer da pia.

— Para variar, você fez eu perder toda a compostura. – Emma esbravejou, recebendo uma gargalhada de Regina. – Não ria, sua idiota.

— Tua idiota!

Emma sorriu concordando com a cabeça.

— Temos que ir. – Emma falou lamentando. – Quem vai primeiro?

— Eu mesma, qualquer coisa te dou cobertura, certo?

— Sim. – Emma deu um selinho na morena e a viu saindo do banheiro.

Depois de se arrumar corretamente, Emma saiu do banheiro, voltando para a área externa da mansão. Encontrou Killian debaixo da macieira, ele estava com um microfone nas mãos, e várias pessoas em volta dele, incluindo Cora e Regina. A loira não tinha certeza, qual das duas parecia mais insatisfeita com a situação. Uma música tomou conta do ambiente.

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— Meu amor, venha até aqui! – Killian chamou com a voz doce, quando a loira já estava a sua frente, segurou em uma de suas mãos e continuou. – Eu queria te falar, que esses meses com você foram os melhores da minha vida. Eu tive a sorte de encontrar a mulher perfeita, e pretendo me transformar no homem perfeito para você. Eu te amo, e vou amar para sempre. – Killian se ajoelhou e mostrando um anel de diamantes continuou. - Você me daria a honra de ser minha esposa? De se transformar na senhora Swan-Mills?