Accidentally in Love

Perseguindo um sonho


As festas de fim de ano passaram, dando lugar ao início de um novo ano, um ano, que trazia promessas e caminhos desconhecidos para serem trilhados. Um ano, que seria um divisor de águas no casamento de Emma e Regina, aonde complementariam o lar que haviam construído juntas. Um ano, aguardado e esperado por Regina. Um ano, que Emma tinha absoluta certeza estar pronta para viver. As duas tinham evoluído muito desde a primeira vez que se viram, tinha errado e aprendido com seus erros. Tinham conseguido superar os problemas pelo meio do caminho e enquanto casal estavam totalmente alinhadas com seus desejos e planos.

Regina procurou a melhor clínica de fertilização, com inúmeros casos de sucesso, ficava localizada em Boston. Mostrou para Emma que concordou em irem fazer uma consulta lá, agendando para a primeira data disponível. Quando o dia tão aguardado chegou, acordaram cedo da manhã e pegaram a estrada até a clínica Doces Sonhos. A consulta era com a doutora Isabella French, uma australiana simpática e muito bem-sucedida, que explicou todos os procedimentos para Emma e Regina. As duas questionaram sobre retirar o óvulo de Regina e implantar na loira, o que a doutora disse ser totalmente possível, assim o bebê teria material genético das duas mulheres. O casal sentiu confiança e decidiu que fariam a inseminação com a doutora, que pediu uma bateria de exames para as duas fazerem em primeiro lugar. Marcaram a próxima consulta para trazerem os exames dentro de duas semanas e saíram do local satisfeitas. Almoçaram ali por perto e voltaram para Storybrooke.

— Amor, recebi uma mensagem da Ruby, ela e Zelena finalmente voltaram de viagem e nos convidaram para jantar lá com elas, querem contar uma novidade. – Emma falou deitada na cama, mexendo no celular. – Posso confirmar que vamos?

— Claro, vamos lá ver essas malucas. – Regina saiu do banheiro secando o cabelo. – Fizeram a viagem de fim de ano mais longa da vida.

— Não é? – Emma riu, largando o celular e levantando da cama. – Pronto, já confirmei que vamos.

— Esposa eficiente que tenho. – Regina sorriu e se aproximou, puxando a loira pela cintura, lhe beijou a boca com doçura.

— Ainda não viu nada. – Emma provocou e deu uma mordida no pescoço da morena, que reclamou de dor. – Deixa de ser fresca, nem mordi tão forte.

— Você que pensa que não. – Regina passou a mão no local da mordida. – Sua vampira carnívora.

— E por acaso existem vampiros herbívoros? – Emma riu e deu um selinho nos lábios carnudos.

— Sei lá, tipo os de Crepúsculo. – Regina deu de ombros e se afastou para terminar de secar seu cabelo. – Filme que a propósito nunca mais assisto contigo, reclamou o filme todo.

— Claro, Regina. – Emma franziu as sobrancelhas. – Aquele filme não faz o menor sentido, está cheio de absurdos, nunca mais quero assistir mesmo.

— Ah sim, pois os outros filmes de vampiros fazem total sentido. – Regina riu sarcástica. – São todos de ficção, não são para fazerem sentido mesmo.

— Não vou discutir isso novamente com você. – Emma riu. – Fica muito na defensiva defendendo esse romance adolescente.

- Ah, Emma. Me poupe vai. – Regina mostrou a língua para a esposa e foi até o closet do casal, escolher o que vestiria.

Conforme combinado, as duas foram jantar na casa de Zelena e Ruby. Foram recebidas com muitos abraços saudosos, que retribuíam igualmente, pois tinham sentido bastante saudade das amigas. O jantar foi regado a risos e relatos da viagem. Após terminarem o jantar, as quatro amigas foram para a sala de estar, beberem vinho e seguirem conversando.

— Mas então? – Emma questionou. – Qual a novidade que tinham para contar?

— Contem logo. – Regina riu. – Emma quer saber deste que chegou.

— Até parece que só eu, né Linda? – Emma deitou a cabeça no ombro da esposa.

— Eu conto ou você, Ruby? – Zelena questionou sorrindo.

— Pode fazer as honras da casa, mozão. – Ruby sorriu.

— Pois bem, eu e Ruby nos casamos em Las Vegas. – A ruiva puxou a mão de Ruby e mostrou junto a sua, as duas ostentavam lindas alianças de casadas.

—Oh, meu deus. – Emma exclamou surpresa e levantou para abraçar as amigas. – Meus parabéns. Tenho certeza que serão muito felizes.

— O que deu em vocês? – Regina abraçou as amigas também. – Casarem sem a nossa presença?

— Antes de voltarmos para casa, nos deu vontade de passar em Vegas e sair de lá esposa e esposa. – Ruby deu de ombros. – Decidimos que uma grande festa de casamento não era para nós, só queríamos algo simples e singelo, que eternizasse a nossa união.

— Estou muito feliz pelas duas. – Regina sorriu. – Vamos brindar as recém-casadas.

— Um brinde a Ruby e Zelena. – Emma ergueu sua taça sendo seguida pela esposa e amigas.

As quatro mulheres seguiram conversando até altas horas da madrugada. Regina contou sobre a consulta na clínica de fertilização, toda orgulhosa que em breve iriam ter um bebê. Emma e Regina aceitaram passar a noite na casa das amigas, pois tinham bebido demais para dirigirem.

Os dias foram passando rapidamente. Emma e Regina já tinham feito todos os exames que a doutora solicitou e juntas voltaram à clínica para a nova consulta, já com os resultados dos exames em mãos. A doutora French deu os parabéns para as duas, pois os resultados deram todos ótimos e elas estava apta a iniciar o tratamento para a gravidez se assim desejasse, o que prontamente deram início. A doutora receitou vitaminas para as duas mulheres e marcaram uma data para a retirada do óvulo de Regina, que seria fecundado com espermatozoide de um doador anônimo e implantado em Emma. As duas mulheres não poderiam estarem mais felizes, prestes a realizar um grande sonho.

Domingo, como habitualmente faziam, foram almoçar na mansão de Cora. Albert, Killian e Milah já estavam na mesa, quando o casal chegou sorridente. O almoço foi servido, conversaram sobre o jornal e os avanços que estavam fazendo por lá. Após o almoço, foram para a beira da piscina tomar sol. Albert pediu licença que precisava ir embora, Killian e Milah foram para dentro da piscina, enquanto Cora, Regina e Emma sentaram em uma mesinha ali perto.

— Preparada para ser vovó? – Regina questionou sorrindo, tinham acabado de contar tudo sobre a fertilização para a mais velha.

— Estou há anos, tu e o teu irmão que não criaram vergonha na cara para me presentear com netos até hoje. – Cora respondeu brincalhona.

— Aí, Mamãe. – Regina levou a mão ao coração teatralmente. – Assim a senhora me ofende.

— Até parece que a Regina se ofende fácil. – Emma riu. – Tem que estar preparada mesmo, quando quisermos sair, será com a vovó Cora que o nosso bebê vai ficar.

— Não aceitaria diferente. – Cora sorriu. – Aí de vocês, se deixarem com as malucas da Zelena e Ruby.

— Elas provavelmente vão estar saindo com nós. E com certeza Killian também está fora da lista de babás. – Regina riu e apontou para a piscina, aonde o irmão pulava feito criança na piscina. – Pode deixar, dona Cora, será a nossa babá oficial.

— Assim espero. – Cora olhou para Emma. – Não vejo a hora de ver essa barriguinha com o meu neto ou neta.

E mais uma vez, os dias voaram e chegou o grande dia para Emma e Regina. Cora decidiu ir com as duas, pois depois dos procedimentos era melhor nenhuma das duas dirigirem de volta para casa. O doador já havia sido escolhido pelas mulheres. Regina e Emma foram encaminhadas para a sala de procedimentos, aonde tudo foi feito impecavelmente. Retiraram o óvulo de Regina, fecundaram com o espermatozoide do doador e implantaram com sucesso em Emma. Agora bastaria esperarem para saberem se tinha dado tudo certo. Regina segurou a mão de Emma durante toda a implementação, lhe dando beijos na lateral da testa com frequência. Antes de saírem da sala, Regina abraçou a loira pela cintura e lhe deu um beijo repleto de amor e companheirismo.

Duas semanas depois, Emma acordou enjoada e correu para o banheiro, vomitando tudo que tinha em seu estômago, sorriu, imaginando que estava grávida. Pegou dois testes de gravidez que Regina estocou no banheiro e fez. Com os dois palitos em mão, acordou a esposa com beijos pelo rosto. Regina ao abrir os olhos, Emma lhe mostrou o resultado.

— Estamos grávidas, meu amor.

— Deu certo, nosso bebê está dentro da tua barriga. – Regina fez a loira se deitar e se ajoelhou ao lado dela, encostando suas mãos na barriga dela. – Nosso bebê, minha vida. Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Eu te amo tanto, Emma. Não sabe o quanto ter um filho nosso é tudo para mim.

—Claro que eu sei. – Emma sorriu. – Eu também te amo demais, Regina. Vamos ter um bebê.

Regina selou os lábios rosados, explodindo de alegria, em poucos meses seriam mamães.