Uma semana havia se passado desde a visita inesperada de Cora. Emma e Regina tinham tido algumas conversas, sobre aceitarem ou não a presença da mãe da morena em suas vidas, mas não tinham chegado a nenhuma conclusão ainda. Era madrugada de uma sexta-feira, e as duas estavam dormindo de conchinha, quando a loira acorda e fica pensando em tudo. Emma estava sendo abraçada por trás por Regina, e começa a se mexer inquieta na cama, até não aguentar mais e decidir acordar a morena.

– Regina? – A loira vira de frente para ela, empurrando de leve seu ombro. – Acorda baby.

– Não. – Regina resmunga, tinha acordado quando a loira começou a se remexer. – Volte a dormir Emma, é muito cedo para qualquer coisa.

– Você já acordou! – A loira aponta birrenta. – Abra os olhos vai, por favor! – Pede mais mansa.

– Eu não acordei, e nem você deveria estar acordada. – A morena puxa Emma pela cintura, afundando seu rosto no cangote de sua namorada. – Vamos ficar quietinhas, que logo você volta a dormir. Mas pare de se mexer, não consigo dormir com você agitada deste jeito.

– Exatamente amor, estou agitada, por favor olhe para mim. – Emma pediu dengosa, fazendo com que Regina suspirasse alto, antes de tirar o rosto do pescoço da loira e muito a contragosto abrir seus olhos. – Obrigada. – Emma sorriu radiante, dando um selinho nos lábios carnudos antes de continuar. – Eu estivesse pensando...

– Isso eu percebi. – Regina interrompeu, recebendo um olhar nada amigável de volta. – Desculpe, pode continuar. – Pediu com o olhar mais carinhoso.

– Como eu ia falando, eu estive pensando sobre tudo e acho que deveríamos voltar para Storybrooke! – Emma falou firme e decidida.

– Como é? – Regina franziu as sobrancelhas, pensava que só podia ter ouvido errado. – Eu acho que ainda estou dormindo e tendo um pesadelo. Pois quando fui dormir ontem, que eu saiba a única decisão que estávamos ponderando era sobre aceitar Cora de volta nas nossas vidas. Então me explique, como em nome de deus, você chegou nessa conclusão absurda de voltar para aquele lugar. – Regina tinha a expressão braba, totalmente confusa e contrariada com essa possibilidade sugerida pela sua namorada.

– Aquele lugar é aonde você pertence, você cresceu e viveu a vida inteira lá. E você sabe perfeitamente bem, que no momento em que voltar a se relacionar com sua mãe, vamos acabar voltando para lá mesmo. Cora veio nos buscar, e você sabe disso, por isso está relutando em aceitar ela de volta em sua vida.

– Primeiro de tudo, é nossas vidas. E o fato de eu ter vivido sempre em Storybrooke, não me obriga a continuar assim pela eternidade.

– Baby, você sente falta da sua família. Sente falta de comandar o jornal e sente falta da sua pequena cidade no interior do Maine. E não é obrigação viver lá pela eternidade, e sim uma escolha de vida.

– De novo você está passando a carroça na frente dos bois. Mesmo que eu, hipoteticamente falando, aceite voltar a me relacionar com Cora, e mesmo que um dia possamos voltar para Storybrooke, eu não volto para o The Mirror. Eles não são mais a minha família, Cora e Killian são dois estranhos que talvez um dia eu perdoe por tudo que me fizeram. Eu não quero voltar a ficar sobre o domínio de Cora Mills e muito menos ver o filhinho querido dela sempre ser favorecido. A cidade inteira já sabe que estamos juntas, que tivemos um caso durante seu namoro com o imbecil e não quero lidar com isso. E trabalhar junto daqueles dois? Nem pensar. – Regina fechou ainda mais a cara.

– Meu amor, uma vez você me falou que existem laços mais fortes do que tudo. E que Killian sempre seria seu irmão. – Regina desviou do olhar da loira. Que puxou seu queixo delicadamente, fazendo os olhares voltaram a ficar conectados. – Você sente falta da sua cidade, do seu jornal, do seu irmão e da sua mãe. Acha que eu não percebo? O fato de você chamar Cora pelo nome é apenas uma forma de tentar afastar o laço que une vocês, ela é e sempre será sua mamãe. Você ama ela demais, por isso é tão difícil aceitar que ela tenha te magoado profundamente do jeito que fez. Eu sei que o protecionismo de Cora por Killian, sempre te afetou. Sei também que você não conseguia falar não para ela, mas isso é passado. Baby, você não é a mesma Regina que conheci meses atrás. Aquela Regina não existe mais, ela deu lugar para a mulher incrível que eu tanto amo. – Os olhos da morena se encheram de lacrimas. – Eu vi a sua transformação de perto, da mulher que nunca se envolvia emocionalmente para a mulher que me ama com todo o seu ser. Você enfrentou tudo e todos pelo nosso amor. Você conseguiu perdoar meu grande erro e dar uma chance para nós novamente. Aquela Regina que sempre fazia os desejos da mãe, deu lugar para a Regina que enfrentou ela e abandonou tudo para trás. Deu lugar para a mulher da minha vida. Você é excepcional, eu tenho tanto orgulho de amar você.

Regina deixou algumas lacrimas escaparem de seus olhos e com uma de suas mãos segurou o pescoço de Emma para um beijo. O beijo foi intenso, cheio de desejo e amor. Regina puxou a loira para cima de seu corpo, sem quebrar o beijo, as mãos ansiosas começaram a explorar ambos os corpos. Regina tirou a camisola que a namorada vestia, se ocupando de beijar seus seios. Emma surrupiou uma de suas mãos até a intimidade da morena, começando a masturbar ela lentamente. Regina não mais aguentando, enquanto ainda mantinha a boca nos seios rosados da loira, segurou fortemente a bunda dela com as duas mãos, arranhando de leve a região. A morena deixou uma de suas mãos ali, enquanto levou a outra até o clitóris da namorada, massageando o local suavemente.

Emma deixou um gemido alto escapar, quando sentiu a morena lhe penetrar com dois dedos. A loira começou a cavalgar sobre os dedos de Regina, gemendo alto e deixando a morena com mais tesão ainda.

– Emma... – Regina falou em tom de voz grave e sexy.

Emma olhou nos olhos de Regina, vendo não apenas tesão e desejo, tinha amor e devoção naquele olhar. Tinha certeza absoluta desses sentimentos. Sabia o quanto amava e era amada. Sabia o quanto faria qualquer coisa pela morena, e que isso era reciproco. Ainda olhando nos olhos castanhos hipnotizantes, sentiu Regina aumentar o ritmo, a levando a loucura. A loira não aguentou mais e explodiu em um orgasmo alucinante. Gritou alto e deixou seu corpo totalmente mole cair por cima da morena, que lhe abraçou fortemente.

– Eu amo você. – Regina sussurrou no ouvido de Emma, que apenas balançou a cabeça positivamente, ainda deitada em cima do peito da morena. – Pode me acordar mais vezes, eu prometo não reclamar mais.

Emma sorriu e levantou a cabeça para olhar para a namorada.

– Você é inacreditável! – Falou sorrindo e negando com a cabeça.

– Eu sei. – Regina sorriu ainda mais e deu um selinho na loira. – Eu sei que você não planejava voltar para Storybrooke, e eu não quero que façamos isso apenas por mim causa.

– Mas não é. – Ao ver o olhar incrédulo da morena, continuou. – Eu quero voltar pois vai ser bom para você, mas também vai ser bom para nós. Aquela cidade foi o primeiro lugar aonde eu me senti em casa, e eu sou muito feliz aqui em Boston, pois aonde você estiver será o meu lugar. Porém a nossa vida aqui parece uma fuga da realidade, e isso não é bom. Precisamos enfrentar nossos problemas de frente, temos que enfrentar a sua família, o julgamento do povo da sua cidade e o seu jornal. – Emma deu um selinho na morena e continuou olhando fundo em seus olhos. - Lembra do seu refúgio? Da sua macieira? Das lembranças de seu pai no jornal? Dos nossos planos para o seu loft?

– Claro que lembro de tudo isso. – Regina respirou fundo e desviou o olhar, voltando o olhar segundos depois, para os olhos verdes esmeraldas mais brilhantes que já viu. – Estamos fugindo da realidade? É isso o que pensa?

– Não baby. Não nesse sentido em que está pensando agora. Nossa vida juntas aqui em Boston não é ilusória, somos realmente muito felizes, e todo esse tempo aqui foi extremamente importante para nós. Mas temos quer voltar, temos que voltar para termos certeza que podemos enfrentar tudo e todos sempre juntas. Entende o que eu quero disser?

– Acho que sim. – Regina arqueou a sobrancelha. – Você vai voltar a trabalhar comigo no jornal?

– Se você desejar. – Falou sorrindo.

– Você sabe que sim. – Regina sorriu. – Quando se trata de Emma Swan e desejo na mesma frase, a resposta é sempre sim!

– Boba. – Emma deu um tapinha no ombro da morena.

– Sua boba!

– Minha boba adorável!

– Sempre!

– Então? O que me diz?

Regina sorriu amplamente.

– Obrigada. Obrigada por ser exatamente como você é! Eu digo sim! Iremos voltar para Storybrooke.