Accidentally in Love

Iniciando a lua de mel


Emma e Regina passaram o resto da madrugada se amando. Entre juras de amor e momentos mais picantes, acabaram por adormecer ao amanhecer. Resultando em apenas um pouco mais de duas horas de sono, quando o despertador do celular da morena as despertou. Afinal ainda precisavam se arrumarem e irem para o aeroporto. Apesar do pouco sono, ambas estavam extremamente felizes, tinham tido o casamento dos seus sonhos e uma noite de núpcias inesquecível, e agora estavam indo rumo a sua lua de mel. Não tinham do que reclamar. Logo que chegaram no aeroporto, Emma finalmente descobriu o destino da viagem. A loira não poderia ter ficado mais eufórica, ao saber que iriam para Santorini na Grécia, a mais célebre das ilhas gregas. Nem mesmo o tempo de duração do voo, que seriam de dez horas, a fez desanimar. Como a saída de Boston seria ás onze horas da manhã, e com o fuso horário de mais sete horas na Grécia, com relação a Boston, estava previsto que chegassem ás quatro horas da manhã na ilha grega.

As duas estavam sentadas em suas poltronas na primeira classe, a loira estava ao lado da janela, com Regina ao seu lado.

— Eu nunca estive na Grécia. – Emma sorriu animada.

— Nem eu. – Regina sorriu. – Eu queria um lugar que fosse novo para nós duas, assim poderemos desbravar tudo juntas.

— Excelente ideia. – Emma acariciou o rosto da morena. – Eu amei a surpresa.

— Eu fico aliviada. – Regina riu. – Tinha medo de não agradar.

— Como não agradaria? – Emma perguntou incrédula. – Vamos para uma ilha grega, pelo amor de Deus. Não consigo imaginar lugar melhor para se passar a lua de mel.

Regina abriu um lindo sorriso, tendo seu rosto sendo puxado pela loira, que iniciou um beijo lento e carinhoso. Continuaram trocando beijos, até serem interrompidas pela comissária de bordo, que perguntou se poderia trazer algo para as duas. Emma pediu alguns salgadinhos e cookies, enquanto a morena quis apenas um suco de laranja.

— Seus hábitos alimentares continuam sendo adoráveis. – Regina provocou.

Emma revirou os olhos e abriu um pacote de batatas chips, começando a comer.

— Eu gosto. – Deu de ombros. – As coisas saudáveis são a sua praia, não a minha.

— Não me importo que coma besteiras. – Regina tomou um gole de seu suco. – Mas daqui a pouco já vamos almoçar, não precisava pedir tudo isso.

— Está preocupada que eu não tenha apetite para o almoço ou que eu vá engordar? – Emma questionou, enquanto ainda comia suas batatas chips.

— Nem uma coisa e nem outra. – Regina sorriu. – Primeiro que eu não tenho dúvidas de que ainda vai ter apetite para o almoço. E segundo que você tem um metabolismo de dar inveja, mas mesmo que fosse o caso de ganhar uns quilinhos a mais, eu não me importaria. Eu te amo independentemente do seu peso.

— Boa resposta. – Emma deu um selinho em sua esposa. – É bom ir se acostumando para quando eu for engravidar, pois meu apetite vai aumentar.

— Provavelmente eu decrete falência. – Regina piscou e sorriu.

— Idiota. – Emma revirou os olhos.

— Tua idiota. – Regina rebateu. – Mas não se preocupe, vou me certificar que você e nosso filho comam tudo que sentirem vontade. Até porque eu não quero que ele nasça com cara de alguma comida.

— Acho bom mesmo. – Emma sorriu. – Vai ter que satisfazer todos os meus desejos, independente do horário que for.

— Você sabe que irei atender a todos os seus pedidos. – Regina falou.

— Eu sei, meu amor. – Emma sorriu. – Eu não tenho dúvidas disso.

— Depois de almoçarmos, podemos dormir um pouco. – Regina propôs. – A viagem é longa mesmo, e assim recuperamos algumas horas de sono.

— Eu pretendia fazer isso mesmo. – Emma sorriu.

— Te quero bem descansada para quando chegarmos na Grécia, assim poderemos dar continuidade a nossa noite de núpcias. – Regina mordeu o lábio o inferior. – Aliás, isso me deu uma ideia agora.

— Eu tenho até medo de perguntar qual. – Emma franziu as sobrancelhas para a morena.

— É uma fantasia muito comum. – Regina falou. – A grande maioria das pessoas pensam nisso.

— Eu não vou transar com você nesse avião. – Emma estreitou os olhos para a sua esposa. – Nem pense nisso.

— Se for por medo de alguém ver, podemos usar o banheiro. – Regina sugeriu.

— Regina, preste bem a atenção no que eu vou te falar. – Emma sorriu. – Não vamos transar nesse avião, ponto final.

— Nesse avião? – Regina questionou. – Podemos transar em outros, é isso? No de volta para casa, por exemplo.

— Amor da minha vida, isso não vai acontecer. – Emma sorriu. – Nem nesse avião e nem em nenhum outro.

— Você é má. – Regina fez biquinho. – Me relembre porque eu casei contigo mesmo?

— Simplesmente porque você me ama. – Emma deu um selinho na morena. – Quer motivo melhor que esse?

— Ah, sim. Por isso. – Regina sorriu. – Sabia que tinha um bom motivo.

— Tão idiota. – Emma sorriu. – E tão minha.

— Somente sua. – Regina iniciou um beijo, encerrando com múltiplos selinhos. – Eu amo tanto você.

— Eu também te amo muito. – Emma deu mais uns selinhos nos lábios carnudos, passando para pequenos beijos pelo rosto da morena. – Muito, muito, muito mesmo.

As duas recém-casadas ficaram trocando carinhos, até chegar a hora do almoço. Logo após almoçarem, reclinaram suas poltronas, para poderem dormir melhor. Algumas horas depois, Regina acordou primeiro. Ficou admirando a sua esposa dormindo, os cabelos loiros bagunçados e a expressão serena como um anjo, o seu anjo dourado. Deu um beijo na testa da loira, levantando para ir até o banheiro. Quando Regina voltou, encontrou Emma acordada.

— Acordou há muito tempo? – Emma questionou.

— Não, há poucos minutos. – Regina sentou em sua poltrona. – Teve um bom sono?

— Sim e você? – Emma se espreguiçou.

— Também. – Regina sorriu. – Apesar de sentir falta do seu corpo grudado no meu.

— É bom saber que não sou a única que sente falta disso. – Emma sorriu.

— Temos mais três horas de voo. – Regina mencionou. – O que acha de continuarmos a nossa maratona da última temporada de The Good Wife?

— Amei a ideia, vai pegando o ipad, enquanto vou ao banheiro. – Emma se levantou. – Ah, e pede para a comissária de bordo um suco de uva, por favor.

— Tem certeza que não quer companhia no banheiro? – Regina perguntou, segurando a risada. – Alicia Florrick pode esperar.

— Eu não vou nem te responder. – Emma revirou os olhos, indo em direção ao banheiro.

Após Emma retornar do banheiro, Regina já estava com o ipad pronto para assistir a série, e logo em seguida a comissária de bordo trouxe o suco de uva da loira. Emma se aninhou em Regina, e assim iniciaram um episódio. A loira solicitou mais salgadinhos, e assistiram três episódios da série. Decidiram parar de assistir, para poderem se ajeitarem, antes do pouso do avião.

As duas recém-casadas desembargaram do avião em Fira, capital de Santorini, pegaram suas bagagens e foram para a área de taxis do aeroporto, aonde pegaram um, para irem até o hotel em que ficariam. Regina tinha feito suas reservas no Panorama Boutique Hotel, que ficava situado no topo da caldeira, com vista panorâmica do Mar Egeu e das ilhas vulcânicas.

A suíte solicitada pela morena, tinha um estilo moderno e minimalista, com detalhes arquitetônicos das ilhas gregas, um banheiro luxuoso com banheira de hidromassagem, janelas de frente para a caldeira e uma sacada. Seria ótimo poder observar o famoso pôr-do-sol de Santorini dali, a vista era espetacular. Emma olhava todo o quarto encantada, maravilhada pela excelente escolha de sua esposa. Regina adorou ver a reação da loira, que estava visivelmente animada.

— Regina, você se superou. – Emma enlaçou a cintura de sua mulher. – Isso aqui é magnifico.

— As fotos não fazem justiça a esse lugar. – Regina sorriu e abraçou sua esposa pelo pescoço. – Não vejo a hora de amanhecer e podermos passear por essas ruelas.

— Deve amanhecer daqui uma hora e pouco. – Emma pensou. – Mas eu pensei que você queria continuar a nossa noite de núpcias.

— Claro que quero. – Regina sorriu. – O passeio pode esperar.

— Foi o que eu pensei. – Emma beijou a morena.

O beijo se tornou mais urgente, com ambas as mãos se procurando, quando o ar se fez necessário, a loira passou a mordiscar o pescoço de Regina, que tombou a cabeça para o lado, cedendo passagem para a sua esposa.

Emma foi empurrando Regina para a cama, fazendo a morena cair de costas em cima do colchão macio, sorriram uma para outra. A loira subiu por cima do corpo de sua amada, voltando a atacar o seu pescoço, com beijos molhados e pequenas mordidas.

— Emma... – Regina gemeu manhosa, ao levar uma mordida mais forte.

— Xiu, qualquer coisa você usa um lenço nesse pescoço gostoso. – Emma continuou se dedicando naquela área do corpo de sua esposa. – Teu cheiro me enlouquece, sabia?

Regina não respondeu, apenas fez que sim com a cabeça, sem condições de se expressar com palavras no momento, só sabia aproveitar as sensações maravilhosas que sua loira lhe proporcionava. Emma voltou a beijar os lábios carnudos, enquanto desceu sua mão pelo corpo da morena, adentrando sua calça e afastando a calcinha. Massageou o clitóris de sua amada, provocando maior excitação e fazendo Regina gemer mais ainda.

— Tão pronta para mim. – Emma sussurrou no ouvido de sua esposa. – Tão quente.

Emma desceu dois dedos pela intimidade pulsante de Regina, lhe penetrando com força. As estocadas eram em um ritmo gostoso, fazendo a morena arquear o seu corpo e gemer cada vez mais alto. Emma voltou a distribuir chupões pelo pescoço de sua esposa, que sentia todo o seu corpo vibrar de prazer. A loira ficava extasiada em ver a sua mulher tão entregue assim, gemendo sensualmente e lhe causando arrepios deliciosos. Sentir Regina desta forma era afrodisíaco para Emma. Sentindo as paredes internas de sua esposa apertando em volta de seus dedos, Emma intensificou suas investidas, indo mais rápido e o mais fundo que conseguia.

— Vem, meu amor. – Emma gemeu no ouvido da morena. – Goza para mim, goza. Me mostra o quanto está gostoso.

Regina se sentia em ebulição, pronta para explodir em um orgasmo delicioso. E depois de ouvir sua loira lhe pedindo isso, não precisou de mais nada. A morena arqueou mais o corpo, gritando alto o nome de sua amada, enquanto ondas de prazer passavam por todas as suas terminações nervosas. Regina caiu na cama, tendo seus lábios reivindicados em um beijo selvagem. Ainda com dificuldade de respirar, o beijo foi encerrado e a morena sorriu.

— Emma... – O peito de Regina subia e descia. – Nossa, meu anjo.

— Que gostoso te ver assim. – Emma sorriu, tirando alguns fios de cabelos do rosto da morena. – Você é fabulosa.

— São momentos assim, que me fazem ter a certeza que você nasceu para ser lésbica, meu bem. – Regina sorriu. – É um talento natural.

— Tinha que falar alguma besteira, não é? – Emma riu, negando com a cabeça. – Você não consegue se controlar.

— Sempre. – Regina deu um selinho na loira. – E não preciso de controle nenhum. Não mais. Perder o controle é estranhamente confortável.

— Eu amo você. – Emma sorriu emocionada, ainda ficava extremamente tocada com as demonstrações de amor e crescimento de sua amada. – Eu nasci para amar você.

As duas levantaram da cama e foram até o banheiro, optando por tomar banho no chuveiro mesmo, para ser mais rápido, pois estavam cansadas e ansiosas para dormirem um pouco. Após o banho, vestiram seus pijamas e deitaram na cama. A loira se aninhou no peito de Regina, passando uma de suas pernas por cima de uma perna da morena, entrelaçando suas pernas. Ambas adormeceram rapidamente, devido a todo o cansaço acumulado que sentiam. Acordaram algumas horas depois, já passava do meio-dia. Antes de trocarem de roupas, pararam para admirar a linda paisagem a sua frente, pela sacada do quarto dava para ver o belíssimo Mar Egeo. As duas mulheres se vestiram para saírem do quarto, Emma optou por um vestido branco soltinho na altura dos joelhos, enquanto Regina escolheu um vestido rosa claro.

Na luz do dia, podiam observar melhor a beleza do hotel. Repararam que havia um bar na área das piscinas, que com certeza iriam poder aproveitar. Mas como estavam ansiosas para andarem pela cidade, decidiram almoçar em um restaurante fora do hotel. Na própria rua dele, havia vários restaurantes, lojas e cafés. Andaram um pouco, até se depararem com uma autêntica taberna e não tiveram dúvidas, entraram para almoçar. Pediram por peixe e vinho, sentando em uma mesa de madeira, para aguardarem.

— Olha, aqui tem a bebida tradicional da Grécia. – Regina sorriu. – O destilado ouzo. Dizem que é uma bebida para companhias e confissões, que aproxima as pessoas que bebem juntas e fazem elas se abrirem mais facilmente.

— Interessante, meu amor. – Emma sorriu. – Apesar de não achar que precisamos disso. Mas podemos experimentar de noite, o que acha?

— Eu sei que não precisamos. – Regina falou. – Mas acho que vai ser bacana de provar, sem falar que é tradição daqui.

— Eu topo. – Emma entrelaçou os dedos com os de Regina. – Já sabe aonde vai querer ir, depois que terminarmos de comer?

— Aonde der vontade. – Regina deu de ombros. – Vamos deixar nossos instintos nos guiarem.

— Hum. – Emma sorriu. – Gostei disso.

A refeição das duas foram servidas, ao que elas saborearam com vontade. O peixe e o vinho estavam deliciosos, tornando o almoço ainda mais especial. Elas comiam entre conversas e risadas contagiantes, em um clima perfeito de lua de mel.