Reinava um silêncio perturbador, olhares e mais olhares direcionados a mim. Aquilo estava me incomodando! Depois da “conversa” da Kikyou e da pirralha sobre o estranho bloco de notas amarelo, o silêncio começou a tomar conta da sala de jantar, e eu percebia nitidamente que a Kikyou estava olhando para mim e para a Last Order, ela nem fazia questão de disfarçar!

A pirralha estava comendo devagar, e havia parado de encarar a Kikyou. Era como se o próprio prato trouxesse inspiração para ela. O pequeno bloco da pirralha estava ao lado dela, e a minha vontade de folear aquilo estava ficando maior a cada segundo. Preciso ser menos curioso...

Lembrei-me do meu “quase beijo” com a pirralha no elevador, infelizmente, eu devo ter ficado um pouco corado. Não consigo lembrar isso sem, ao menos, ficar com as bochechas rosadas! Isso é constrangedor...

O celular da pirralha começou a toca insuportavelmente, acho que aquele celular já havia tocado pelo menos umas duzentas e trinta e cinco vezes, apenas nesta manhã! Ela não atendeu, apenas desligou e guardou novamente no bolso do casaco branco.

Isso pode parece idiotice, mas sempre que não está com o uniforme do colégio, a pirralha sempre usa aquele casaco branco por cima das roupas. O casado dela me lembrava um jaleco. Tinha bolsos, não havia nenhum desenho ou algo do tipo, e era tão grande quanto um jaleco.

A pirralha olhou fixamente para mim durante dez longos e tensos segundos, e depois sorriu. Admito que a pirralha tem um belo sorriso, mas isso não muda o fato de ela estar estranha. Quer dizer... Todos estão estranhos! Tudo não está como era há seis anos! A Kikyou não era tão curiosa, e a pirralha nunca havia tido a audácia de tentar me beijar... Claro que em seis anos tudo muda, mas eu simplesmente estou começando a me acostumar.

Continuei a comer lentamente, mas a pirralha terminou primeiro do que eu. Ela pegou em minha mão, e depois ficou me puxando.

– Vamos, Acce? – Disse ela sorrindo.

– E-e-eu...

Comecei a suar frio pela quadragésima vez.

– Deixe-o terminar de comer, Last Order. – Disse a Kikyou.

A pirralha encarou a Kikyou por uns quinze segundos, e ficou tentando me abraçar.

– N-n-n-não... S-seja t-tão grudenta!

Ela voltou a segurar minha mão, e ficou olhando para o vaso de planta que estava no outro lado mesa. Aquela planta era muito parecida com a que eu havia “dado um fim”. Talvez pudesse ser a mesma... Ou talvez não. Eu ainda estava com a câmera que eu havia encontrado dentro do vaso de planta em mãos, e isso me deixava mais do que tenso!

Eu já tinha perdido a fome há muito tempo, então levantei da cadeira, peguei minha muleta e em menos de cinco segundos, a pirralha pulou em cima de mim, e pegou em meu braço. A Kikyou sorriu, mas resolvi fingir que nada havia acontecido. Infelizmente, fazer isso quando está quase tendo um ataque cardíaco e as bochechas cor de tomate.

Parecíamos até aqueles casais nojentos de filmes românticos franceses! Aquela pirralha era como um chiclete grudado em baixo do meu sapato: por mais que eu tente tirá-la, ela continuava.

– O que você gosta de fazer em finais de semana, Acce?

– Esse deve ser meu primeiro final de semana depois de ter saído daquele hospital.

– Entendo. – Disse ela passando a mão em meu cabelo lentamente.

A Kikyou levantou e pegou os três pratos que estavam em cima da mesa, então foi andando em direção a cozinha. A Pirralha soltou meu braço, pegou os copos e foi andando atrás da Kikyou. Aquela seria minha chance de fugir dela. Então fui andando o mais rápido que pude até meu quarto.

Ao subir as escadas, me deparei com a porta do quarto da pirralha, que por sinal, estava escancarada. Dei uma olhada rápida, e notei que havia uma bagunça enorme, papéis espalhados por todos os lados, roupas em cima da cama, e vários objetos fora do seu devido lugar. Além de tudo isso, havia também terra espalhada no tapete e na janela. Estranho... Marcas de sapato cheio de terra pelo quarto inteiro, e com certeza não eram as pegadas da pirralha.

Olhei em volta do quarto, e depois resolvi entrar. Olhei atrás da porta, dentro do guarda roupas, e até em baixo da cama, mas não havia ninguém. Achei pedaços de plástico e uma bolinha amarela bem pequena, talvez algum descuidado poderia ter entrado. Será que havia outra pessoa, além de mim, da pirralha e da Kikyou? Preciso verificar em todos os cantos desta casa!

Levei um susto, ao ver pirralha entrando no quarto com uma expressão confusa no rosto.

– O que houve aqui? – Disse a pirralha assustada.

– Hum, não foi você quem fez essa bagunça?

– Sou bagunceira, mas não chego até esse ponto. – Disse a pirralha apontando para o tapete, que por sinal, estava coberto de terra, papéis e plástico.

Isso havia me deixado mais do que curioso. Quem poderia ter entrado aqui?

A pirralha correu até a janela, e olhou a terra que a rodeava.

– Por que tem terra na janela?!

– Acabei de chegar aqui, não faço a mínima ideia.

– E estes plásticos? E que papéis são esses?!

A pirralha abaixou, e pegou um dos papéis que estavam no chão, em seguida olhou-o com uma expressão desconfiada no rosto. Fui até onde a pirralha estava, e tomei o papel da mão dela. Haviam vários números, e em cada fila, havia uma numeração diferente. E sempre começavam com o número “1”. Foi então, que eu percebi que aquela era a folha que estava dentro da caixa que eu havia derrubado dias atrás! Fiquei surpreso, mas tentei esconder minha expressão facial da pirralha. Os mesmos pedaços de papel que havia dentro da caixa, estavam espalhados pelo quarto, era como se alguém tivesse entrado no quarto dela e jogasse a caixa de papéis inúteis no ar. Foi então que eu notei que caixa da pirralha estava totalmente vazia.

– Acce, alguém entrou aqui.

– Percebi.

– Não vai fazer alguma coisa?

– O que eu poderia fazer?! Talvez possa ter sido a...

– “A”?

Eu iria dizer a Kikyou, mas achei melhor desistir dessa hipótese.

– Nada. Afinal, por que alguém entraria justamente neste quarto bagunçado, e piorasse ainda mais a situação por aqui?

– Ei! Meu quarto não é tão bagunçado assim.

– É claro que é. Metade da bagunça que está agora foi feita por você.

– Eu não tenho muito tempo de arrumar... – Disse a pirralha com um sorriso forçado.

– Você é desorganizada.

– Não sou desorganizada.

– É sim.

– Não!

– É.

– Não sou!

As bochechas da pirralha começam a ficar avermelhadas, então ela olhou para a direita, tentando esconder o rosto.

– E-e-eu não sou desorganizada...

– Você é desorganizada sim! E é teimosa também.

A Last Order colocou a mão na boca, e em seguida começou a dar risadas baixas. As risadas da pirralha me deixavam sem jeito... Não eram risadas chatas, nem altas, era um tanto agradável...

A pirralha andou até onde eu estava, e colocou as mãos em minhas bochechas.

– Você está corado.

– Eu não preciso ficar sabendo disso...

– Você é fofo, Acce! – Disse a pirralha pulando em cima de mim.

– P-p-p-pare com isso!

– Parar de fazer o quê?

– M-m-me... C-chamar deste jeito!

– Não. – Disse ela sorrindo.

A pirralha ficou na ponta dos pés e me deu um selinho. Pensei que fosse morrer naquele momento, pois a Kikyou acabou aparecendo na porta.

– Oh! Desculpem-me...

– Kikyou? – Disse a pirralha, que provavelmente aparentava estar muito mais calma do que eu!

– K-K-Kikyou?! – Eu disse quase gritando.

– Estou atrapalhando vocês?

– Não. – Disse a pirralha.

– Bem, alguns envelopes que estavam em cima da mesa do laboratório sumiram. Vocês viram algum por aí?

– Sumiram?

– Sim. Procurei por todos os lugares, exceto aqui em cima.

– V-v-você é outra desorganizada!

A pirralha riu baixo, mas logo voltou sua atenção para a Kikyou.

– O que tem de tão importante naqueles envelopes? – Disse a pirralha com uma expressão de curiosa.

– Algumas informações...

– Ajudou bastante. – Disse a pirralha irônica.

– É algo um pouco complicando... Mas isso não vem ao caso. Então, vocês viram ou não?

– Não! – Eu disse sem paciência, e com o rosto vermelho.

A Kikyou saiu do quarto da pirralha conversando com si mesma sobre o desaparecimento dos envelopes. A pirralha ficou olhando para mim, e eu não sabia o quê deveria fazer. Talvez ir embora... Talvez continuar onde eu estava... De repente, um barulho estranho ecoou do jardim de trás da casa. A pirralha correu até a janela, e eu fui atrás dela. Não havia nada, mas eu tinha certeza de que alguém havia entrado! Quem será o intruso?!

Afastei a pirralha levemente para perto da cama, ela ficou um pouco corada mas continuou olhando fixamente para mim. Nem imagino o quê ela deve ter pensado! Olhei para baixo e percebi que a lata de lixo estava caída no chão, e uma sujeira enorme estava no chão. Coloquei meus braços para fora da janela, e depois metade do meu corpo.

– Acce! O que você vai fazer?! – Disse a pirralha puxando meu braço.

– Algo que eu não fazia há anos...

Coloquei meu corpo inteiro para fora da janela, e pulei com facilidade. A pirralha gritou igual uma louca, sem perceber que da mesma posição que eu havia pulado, continuava, só que no chão.

– Acce! V-v-v-você está bem ?!

Olhei para cima, e percebi que a pirralha não estava mais lá. Em menos de dez segundos, a porta da frente abriu e a pirralha apareceu. Ela correu até onde eu estava e me abraçou.

– Acce... V-v-v-você me assustou...

– Pirralha, essa altura não é nada para comparado á o quê eu posso pular. – Eu disse apontando para o eletrodo, que por sinal, eu havia ligado antes de pular, para evitar todos os membros e pescoço quebrados.

A pirralha sorriu e me abraçou ainda mais forte. Ouvi passos vindos do quintal, então soltei a pirralha e fui andando calmamente até lá sem falar mais nada. A Last Order foi atrás de mim, e como sempre, segurando em meu braço.

– Eu sei que tem alguém aqui. Se resolver aparecer, prometo não quebrar todos os seus ossos. Só a metade! – Eu disse.

A pirralha soltou o meu braço rapidamente, percebi que ela estava com uma expressão assustada no rosto.

– Não vai aparecer?

Naquele momento, percebi que haviam pequenas cinzas no chão. Muito estranho o fato de quê a Kikyou nunca aparece nessas horas...

Abaixei e peguei um pouco das cinzas que estavam no chão, em seguida joguei-as de volta no chão. Eram as mesmas cinzas que estavam no quarto da pirralha. Olhei para ela no mesmo instante, e ela foi se afastando lentamente de mim, e continuava com a mesma expressão de assustada. Interpretei aquilo como: “eu não tive nada haver com isso”, ou “ sei o que está acontecendo, mas estou com bastante medo de você”.

Correntes elétricas começaram a rodear as pernas da Last Order, e logo após, a pirralha começou a gritar e depois caiu no chão. Me aproximei dela e depois abaixei para ver o que tinha acontecido. Era como se a pirralha estivesse sendo atacado por algo ou alguém com a mesma habilidade. Levantei rapidamente e joguei a muleta no chão. Eu finalmente estava livre daquela muleta. Não sentia mais nenhuma dor ao andar.

Uma corrente elétrica que vinha do quintal, veio em minha direção, mas felizmente fui mais rápido e ela acabou voltando para o mesmo desgraçado que havia lançado ela até mim. Eu não podia deixar a pirralha jogada no chão daquele jeito, e também não poderia ficar naquela “zona de perigo”.

Abaixei novamente, e tirei a pirralha daquele chão sujo. Ela não era pesada, mas também não era leve! Fui andando lentamente até o quintal, e percebi que alguém havia feito mais do que uma bagunça naquele lugar! Os olhos da pirralha se abriram lentamente, e logo a pirralha ficou segurando em meu pescoço com as duas mãos.

– A-A-Acce?!

– Você está bem?

Ela se soltou dos meus braços tão rápido, que acabo caindo novamente no chão. A Pirralha levantou rapidamente e limpou uma parte do vestido.

– Qual o seu problema, pirralha?

– Uma Sister!

A pirralha criou uma corrente elétrica e lançou na direção oeste. Era realmente uma Sister! A Sister correu, e a pirralha foi atrás dela, eu com certeza não poderia deixa-la só, não é mesmo?

Andei lentamente até onde a pirralha estava, mas logo fui acelerando meus passos. O que essas malditas clones de Misaka Mikoto estariam fazendo aqui?! E o quê queriam? Talvez aquela câmera... Poderia ser delas!

Quando me aproximei da Last Order, percebi que a Sister estava segundo uma arma.

– Maldita. Será que você não cansa de apanhar?! – Eu disse.

A Sister estava cheia de curativos pelo corpo inteiro, com certeza seria a mesma da noite passada.

– O Accelerator vai te matar também. Vai te fazer de simples cobaia para conseguir atingir o nível 6. Disse a Misaka enquanto preparava sua arma para atacar o Accelerator.

– Dá pra você falar de um jeito menos irritante?! E-e-e-eu vou o quê?!

A pirralha afastou-se de mim, agora não estava mais assustada, estava em pânico!

– Ele não vai fazer isso! Você não tem como provar! – Disse a pirralha gritando, e quase chorando.

Eu nunca havia visto a pirralha daquele jeito. Ela não era mais a garota mais calma que eu havia conhecido. Ela estava muito assustada, só não entendo o porquê.

– Se não quiser ir embora comigo, você será obrigada mais cedo ou mais tarde. Ameaça a Misaka posicionando em seu alvo.

A Sister começou a atirar, mas como sempre, voltavam para ela mesma. Ela desviava, mas logo começou a perder o controle.

– Já cansei de brincar com você. É hora de morrer!

Corri até Sister, e consegui pegar naquele braço fino e anoréxico dela.

– Me solte! Me solte! Gritou a Misaka. – Disse ela desesperada.

A Sister a pontou a arma para minha face, mas não atirou.

– Você sabe que se fizer isso pode acabar com sua cara, ao invés da minha, não é mesmo? – Eu disse sorrindo.

Meu espirito de Esper de nível cinco havia voltado. Eu gostava de ameaçar as pessoas sempre rindo.

– Solte o seu braço imundo do meu Acce! – Disse a pirralha abraçando a Sister por trás, usando sua eletricidade.

A Sister começou a gritar, e então caiu no chão com o cabelo caindo de pouco a pouco, e cinza.

– O-o-o-o que foi isso?

A pirralha me abraçou forte e começou a passar a mão em minhas costas.

– Onde está sua muleta? – Disse a pirralha com um tom de voz calmo, e alegre.

A pirralha deve ser bipolar!

– Isso não importa agora, o quê foi isso que você... Acabou de dizer?!

A pirralha me soltou e pegou uma de suas moedas estranhas e riscadas do seu bolso do casado branco. Ela virou-se para a Sister e segurou a moeda de um jeito que lembrava a louca da Misaka Mikoto. Ela jogou a moeda para o alto, e as faíscas de eletricidade começaram a rodear suas mãos. A moeda caiu de volta em sua mão, e as faíscas sumiram.

– Eu não acredito... – Disse a pirralha, abaixando a cabeça.

Ela lançou a moeda ao chão com tanta força que acabou sumindo. Aquilo com certeza foi de propósito!

– Você está bem? – Eu disse com ironia.

– Sim, impossível não estar bem perto de você, Acce! – Disse a pirralha sorrindo e voltou a me abraçar.

– Não seja grudenta.

Ela riu baixo e depois ficou olhando fixamente para mim. A pirralha colocou as mãos em minhas bochechas e foi se aproximando aos poucos. Logo, ouvimos uma voz reconhecível gritando.

– O quê vocês dois fizeram?!

Era Misaka Mikoto! Ela correu até nós dois e logo se aproximou da Sister.

– Como você entrou aqui?! – Eu disse encarando ela.

– Bem... Os portões estavam abertos.

A pirralha ficou encarando a Misaka Mikoto Com uma expressão nada amigável no rosto.

– O q-q-q-quê esta Sister está fazendo aqui?!

– Não sei, e nem quero saber. Apenas leve esse pedaço de lixo para longe daqui. – Eu disse, irritado.

Misaka Mikoto abaixou e segurou no braço da Sister.

– Vocês querem matar ela?! – Disse Misaka Mikoto gritando.

– Ela que quer nos matar! – Disse a pirralha.

– Me reponde uma coisa: por que você sempre aparece em momentos inesperados?!

– Como é?! – Disse Misaka Mikoto com uma expressão de aborrecida.

A pirralha riu baixo, e depois começou a olhar para mim. Ela estava começando a me deixar sem jeito de novo! Isso não faz parte da minha personalidade...

A Misaka Mikoto segurou no braço da Sister, e arrastou-a até o portão como uma mala de viagem!

– Isso é cômico. – Eu disse olhando para Misaka Mikoto.

A pirralha pegou em minha mão, e foi andando lentamente em direção à porta. Desta vez, não soltei a mão dela. Ao entrarmos, percebi que a Kikyou estava sentada em um dos sofás, e o chão estava coberto de papéis.

– Cuidado! Não pisem nos papéis.

– Está evitando a sujeira de seu gato pela casa espalhando esses papéis?

– Não. Estou apenas procurando um documento.

– Você tem um jeito muito prático de procurar as coisas. – Eu disse, ironicamente.

A Kikyou voltou a remexer sua bagunça de papéis, e eu e a pirralha começamos a subir as escadas.

– Accelerator, espere! Onde está sua muleta?

Soltei a mão da pirralha, e voltei para o jardim. Ao chegar lá, a muleta continuava no mesmo lugar que eu havia jogado, então a peguei do chão, e voltei para dentro de casa. Coloquei a muleta encostada na parede, e fui subindo as escadas lentamente.

Passei por perto do quarto da pirralha, e percebi que ela estava arrumando a bagunça absurda que estava.

Me pergunto por que a Sister está perseguindo a pirralha. Isso é preocupante...

Abri a porta do meu quarto, e em seguida entrei. Não tranquei a porta, apenas fechei. Talvez não houvesse mais necessidade de trancar. Sentei na cama, e fiquei olhando para o teto.

Meus dias estão mais tediosos do que a cara do gato da Kikyou, eu preciso urgentemente fazer alguma coisa! Não irei ficar nessa vida monótona pelo resto da minha vida! Naquele instante, lembrei-me do “tal contrato” da Anti Skill. Eu acho que aquilo é minha única opção de “não tédio”.

Levantei da cama, e peguei o papel que estava em cima da escrivaninha. Sentei de novo na cama, e fiquei olhando para a carta da Anti Skill, pensando se deveria, ou não aceitar aquela estranha proposta.