Abbotnable, A Verdadeira Monster High.

A verdadeira história de terror.


POV Scarlet

confesso que fiquei muito assustada, e com dor também. Mas com certeza mais assustada. O modo de como a menina do meu lado saiu correndo, a expressão em sua face, as bocas trancadas sem atrevimento a nenhuma abertura. Essa escola tinha algo diferente, e eu ia descobrir com certeza !

O machucado parou de sangrar e latejar no caminho para a escola, uma menina caridosa, de cabelos tingidos e desgrenhados sentou ao meu lado, como num ato de tentar me ajudar. Seu visual gótico, suas luvas pretas encobrindo seus dedos compridos, finos e pontiagudos... Tudo isso me assustava.

- Meu Deus, está tudo bem? - a garota olhou para mim. Apenas percebi as cicatrizes no rosto dela.

- Acho que sim... - Coloquei um cacho em cima da grande marca vermelha e descascada que estava na minha testa.

- Me diz, o que você é? - ela batucava suas mãos no banco, que tilindava num compasso ritmico.

- Como assim o que eu sou? - Me assustei um pouco

- Me diz! O que você é? Isso é maquiagem né? - ela tocou no meu braço.

- Ai ! - senti uma picada onde ela tocou. - Não, não é maquiagem. Agora me explica o que está acontecendo aqui por favor ! - me desesperei

- Ai meu deus, você é a humana! - Ela exclamou

- E o que mais eu poderia ser ? Um monstro? - dei uma risadinha

Ela olhou para os lados, e pausou os olhos pretos nos meus.

- Não tem jeito, no colégio você vai descobrir de qualquer maneira. Quero apenas que me explique como conseguiu entrar. - ela deu um sorriso acolhedor e se levantou, para sentar ao lado de um garoto.

Eu estava cada vez mais intrigada. Onde aqueles maníacos me matricularam? Numa escola para psicopatas? Um manicômio? Iremos estrelar o mais novo número de jogos mortais? Eu não sei. Mas juro que queria saber. Bastava esperar o que iria acontecer. Apenas apertei de novo os olhos e rezei para nunca chegar nessa escola.

POV Anne

Belo banquete. Até que foi rápido. Consegui alcançar uma pessoa qualquer passando pelas ruas paradas do lado pobre da cidade. Talvez consiga ir para o colégio até antes do ônibus chegar. Sim, me transformar no morcego era minha única opção, dito e feito. sobrevoei até o lado mais rico da cidade.

Fico pensando naquela humana. Não deveria ter me escondido tanto dela, de qualquer forma ela ia descobrir dentro do colégio. Um recomeço talvez? Acho que não. Depois do que eu fiz, capaz daquela menina nunca mais se aproximar de mim.

Chegando a uma quadra do colégio, consegui ver o ônibus lá embaixo, decidi ir no mesmo ritmo que ele. Diminuindo velocidade...

Quando alcancei o chão mostrei minha carteirinha para a mulher de nariz pontiagudo que , dês que eu me entendo por vampira, trabalha guardando a entrada de Abbotnable. Passei pela entrada subterrânea. E lá, debaixo da terra estava nossa amada abbotnable. Não entendo bem porque ela é subterrânea, uns dizem que é porque ela não pode ser vista por ninguém, já que é secreta, e outros dizem que mortos vivos que tinham sido enterrados naquele local, e em muitos anos de tédio, construíram Abbotnable. Eu creio mais na primeira, já que ela é a ESPM (Escola Secreta Para Monstros) Abbotnable.

Aaah... O velho aroma de incenso, as velhas paredes descascadas do pátio e os armários personalizados. Sentei no meu banco de sempre, pensando na Kate, que desde sempre sentava comigo lá. Ela NUNCA faltou um dia na escola, aliás, aqui era seu lugar preferido já que ela e sua mãe assombravam banheiros de escola.

Monstros novos... Veteranos... Passavam por mim toda hora, talvez os veteranos ficavam se perguntando onde estaria minha companheira. Que não dava as caras por duas semanas, antes das aulas começarem.

Decidi ficar em frente a entrada, para ver a cara da humana... Dito e feito ! A garota quase desmaiou... Coitada, será que não sabia o que significava ESPM? Pelo jeito não.

Eduarda, a menina mais estranha da sala, Foi conversar com ela. Seja lá o que for que estavam conversando, Eduarda não tirava as luvas que dizia ela, a incomodavam demais.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.