— Que caras são essas? É funeral de quem? — Sarah tentou brincar, mas foi a única que achou graça, os demais garotos permaneceram sérios.
— Jacob não te contou? — Paul perguntou, seco.
— O quê? Sobre Bella? — deu de ombros; os garotos ficaram visivelmente desconfortáveis ao ouvir aquele nome.
— Sobre o perigo em que ela está nos envolvendo e não está nem aí. Mas ainda assim Jacob insistiu em ficar ao lado dela, ao invés do nosso! — murmurou Paul.
— Como assim? Vocês brigaram? — assustou-se Sarah.
— Ele quem provocou tudo isso. Ele foi contra a ideia de proteger a aldeia, ele se colocou contra nós da matilha, inclusive Sam o líder, e ele acabou saindo. Tudo por causa de uma maldita humana carregando essa praga de monstro no ventre! — exaltou-se Paul e um tremor percorreu por seu corpo, mas tratou de se controlar.
— Não fale assim desse bebê, Paul. Isso é tão errado! — assustada com a reação do amigo, os olhos de Sarah ficaram inundados de lágrimas e ela teve de se esforçar para não chorar.
— Errado é se ele viver para colocar em risco Forks inteiro! — o rapaz rebateu.
— Espera... O que você está insinuando com "se ele viver"? — a garota deu alguns passos para perto do grandalhão.
— Não é óbvio? Vamos resolver o problema, Jacob ajudando ou não. Não vamos deixar aquilo colocar em risco a vida de pessoas inocentes! — cuspiu um riso; o choro que antes Sarah havia segurado escapou ao digerir aquelas palavras.
— Por favor, vocês não podem fazer isso... — ela soluçou e passou as mãos trêmulas pelo rosto úmido.
— Não faz assim... Nós não temos outra opção. Temos que impedir aquilo antes que seja tarde demais! — Paul tentou se aproximar da amiga; ela se esquivou.
— Por favor, Paul. “Aquilo”, como você prefere chamar, pode parecer um monstro, mas é apenas um bebê. Você não pode matar um bebê, isso é desumano! — Sarah estremeceu imaginando a cena.
— Um bebê… Um bebê que um dia vai crescer, sabia? E sendo de descendência vampira você acha que Bella vai parir um anjinho? Entenda, Sarah, eu preciso me prevenir, eu preciso proteger a minha aldeia! — o rapaz tentou se explicar.
— Por favor, Paul… — soluçou e mais lágrimas rolaram pelas bochechas; o rapaz desviou o olhar.
— Você vai ter de escolher qual lado vai ficar. Do nosso, os sensatos, ou do Jacob, o traidor! — avisou Paul, seco, e ficou fitando um lugar qualquer para não olhar a garota e acabar fraquejando.
— Não me faça escolher… — outro soluço escapou pela garganta de Sarah.
— Do nosso lado ou de Jacob? — insistiu Paul.
— Por favor, Paul, não faça isso. Não sei se posso suportar essa desunião de vocês… Não sei se posso ficar sem a matilha completa… Meus cachorrinhos, lembra? — entre soluços e um choro desesperado, Sarah ainda tentou inverter a situação.
— Escolha! — grunhiu o garoto.
— Por favor… — ela tentou outra vez, completamente arrasada e sem fôlego de tanto chorar.
— Escolha! — Paul berrou; os outros do grupo o lançaram olhares de desaprovação.
Completamente sufocada por aquela pergunta, Sarah virou o corpo para não encarar os amigos e ficou chorando de maneira audível. Sempre que tentava parar, outro soluço vinha a tona e outra vez ela desabava. Um tempo depois ela começou a tremer, imaginando a ideia de alguém machucar um bebê, ele sendo perigoso ou não. O pior era imaginar seus amigos da Matilha, que sempre foram tão bons com ela, cometerem esse tipo de covardia. O que a consolava um pouco era que Jacob, o seu lobo favorito, não estava envolvido nisso. Mas ainda assim ela não conseguia parar de chorar, completamente sentida pela decisão de seus amigos. Porém, ela precisava se acostumar, afinal, a decisão dela a faria chorar de qualquer jeito.
— Vocês todos são tão importantes para mim, vocês marcaram meus meses em Washington. — Sarah começou, virando-se outra vez — Mas… Mas eu não posso concordar em machucar um bebê, um inocente bebê. Eu sinto muito! — continuou, fria.
Paul assentiu, um pouco decepcionado, e então se virou. Ele e os demais saíram correndo para a floresta, deixando Sarah sozinha. A garota engoliu o choro que ameaçou em escapar outra vez e passou as mãos trêmulas pelo rosto, para secá-lo. Outra vez ela adentrou a casa dos Black.

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As férias estavam próximas, mas diferente de um tempo atrás Sarah não estava ansiosa por ela. Toda a sua diversão em Forks havia acabado quando perdeu a amizade da maioria na matilha. Com Jacob não havia diversão há um bom tempo, pois ele sempre andava rígido e distraído, pouco dava atenção para as brincadeiras da garota e sempre andava com pressa. Por um mísero segundo ela chegou a duvidar se tinha escolhido certo, mas então se lembrou do que estava em jogo e acabou se livrando de seus interesses próximos. Se não podia ser distraída com Jacob, buscaria distração sozinha.
Com uma ideia surgindo em sua mente, Sarah levantou-se da cama e correu até sua câmera. Um sorriso se abriu em seus lábios.

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Antes que se aproximasse da porta da casa dos Cullen, Alice a esperava. Já era de se esperar, já que ela podia prever o futuro e era a moradora mais receptiva dali. Porém, diferente das outras vezes que esteve ali, a vampira estava séria.
— Ela não está muito bem hoje, então você veio no dia errado com essas intenções que pretende! — a jovem falou, um pouco murcha.
— Quero tentar ajudar... — Sarah deu de ombros — Alice, sinto muito por tudo o que está acontecendo e por isso afetar seu humor sempre tão confortável de presenciar! — falou; a vampira a encarou por um tempo e por fim abriu um sorriso largo.
— Fique tranquila, meu humor ainda está aqui, intacto, só não estou tendo motivos para usá-lo. Mas confesso que sua ideia me bateu uma saudade dos velhos tempos, das ideias malucas que já submeti à Bella e que quase a fez pirar! — Alice conseguiu rir e apontou para dentro da casa, convidando a visita à entrar.
— Acha que ela vai aceitar? — perguntou Sarah, adentrando.
— Não. — a vampira foi sincera — Mas vai ser divertido ver a cara que ela vai fazer! — confessou, rindo outra vez.
— Acho que em meio à tanta tensão, Bella precisa de um pouco de diversão. Confesso que eu também! — suspirou e abriu um sorriso tristonho.
— Espero que as coisas se resolvam entre você e seus amigos... — Alice falou, enquanto subia as escadas para ir até onde Bella estava.
— Eu também! — murmurou pensativa, seguindo a vampira.
Elas seguiram pelo corredor e foram para a sala. Sarah adentrou logo após a moradora, mas recuou alguns passos ao ver a garota deitada no sofá. Bella estava com a aparência horrível, estava pele e osso e extremamente pálida. A barriga estava grande, apesar de estar grávida há poucos tempo.
— Vou deixar vocês conversarem à vontade! — Alice avisou, passando pelo corpo paralisado de Sarah e saindo do cômodo.
— Então você é a famosa Bella, a garota dos vampiros? — Sarah enfim se moveu.
— Acho que no estado em que estou, é mais lógico me chamar de Isa, pois minha aparência não está combinando muito com Bella... — Bella brincou, a voz estava fraca — E você é Sarah, a nova garota dos lobos? — perguntou.
— Acho que sim… — insegura em sua resposta, Sarah caminhou até o sofá onde Bella estava e se sentou em um espaço.
— E o que você quer? — perguntou assim que viu a garota se sentar ao seu lado.
— Oh, claro, eu tinha me esquecido. Eu… Humm... Vim te oferecer um ensaio gestante. Eu ando treinando outras áreas da fotografia e adoraria ter alguma conhecida como cobaia. Lembre-se de que essa vai ser sua única gravidez, pois logo vai fazer parte por completo dos Cullen! — a loira finalizou, abrindo um sorriso típico de propagandas de pasta de dente.
— Sério isso? Olhe para mim, eu estou um caco! — a nova Cullen começou a rir.
— Eu sou melhor amiga do Photoshop! — rebateu Sarah.
— Eu mal me aguento em pé... — outra vez Bella tentou escapar.
— Você pode se encostar numa árvore ou ficar sentada mesmo! — a resposta da fotógrafa estava na ponta da língua outra vez, o que fez Bella voltar a rir.
— Seja franca, Sarah. Sei que não veio aqui para isso! — ela secou as lágrimas provocadas pelos risos.
— Eu… só… Mas é claro que vim à trabalho sim senhorita! — a loira gaguejou e voltou-se para o zíper de sua bolsa para não encarar o olhar de sua possível cliente.
— Me conta. — Bella pediu e mordeu o lábio inferior.
— Do que? Dos preços? Não vou cobrar quase nada por sou iniciante, apesar de sua nova família ser super rica! — ela puxou uma agenda de dentro da bolsa e começou a folheá-la.
— Você fala ou quer que eu fale? — a Cullen ameaçou.
— Oh, quer sugerir o preço? Por mim tudo bem! — Sarah continuou a ignorar Bella.
— Fiquei sabendo da preocupação de Jacob por você após o incidente na floresta. Vocês estão bem próximos, né? — enfim falou, causando visível desconforto na visitante.
— Hum... Eu... — não conseguiu dizer nada, causando um sorriso em Bella — E... isso não te incomoda nem um pouco? — perguntou.
— Está vendo isso? Eu sou casada! — Bella mostrou a aliança prateada e brilhante em sua mão esquerda.
— Isso não te impede de não se enciumar… — Sarah deu de ombros.
— Sarah, Edward é meu único motivo de ciúmes. É meu único amor! — a Cullen se explicou — Por enquanto... — acariciou a barriga e sorriu um pouco.
— Desculpa… Estou parecendo uma idiota, eu sei, mas… Não quero te deixar mal, Bella, por isso vim saber se tudo bem Jacob e eu. Se você disser que morreria, eu esqueço a ideia. Amo bebês e não posso contribuir para o mal estar de algum ou até um aborto espontâneo. Não quero ter perdido amizades em vão, sabe? — desculpou-se Sarah, logo abaixando o olhar e suspirando de maneira triste ao se lembrar de seus amigos da Matilha.
— Não sei porque você pensou isso, afinal, eu sempre fui a primeira a desejar a felicidade de Jacob. Então se alguém o faz bem, eu dou total apoio. Se você não o magoar, não tenho motivos para me sentir mal. Não mais... E enquanto ao bebê, ele está muito bem, quem está morrendo sou eu! — soltou um suspiro fraco.
— Logo tudo ficará bem para vocês dois! — Sarah fitou a barriga da jovem, que sorriu — Bella... Hum... eu vim mesmo saber se você sente algo por Jacob, pois eu sei que ele ainda sente por você. Ele largou a Matilha, os amigos, os irmãos de segredo, só para não ter que te fazer algum mal ou à sua família! — desabafou.
— Jake largou a matilha? — Bella arfou, surpresa.
— Sim, e eu tive que escolher um dos dois lados. Eu preferi ficar ao seu, junto com Jacob. Eu não poderia concordar em fazer mal à alguém que nunca fez isso comigo... — os olhos da jovem fotógrafa se inundaram de lágrimas.
— Eu sinto muito por isso, Sarah! — a Cullen pegou a mão da visitante e a segurou — Tudo logo ficará bem para todos nós, confie em mim! — e sorriu.
— Eu espero, de verdade! — Sarah conseguiu retribuir o sorriso.
— Hora de seu lanche! — alguém anunciou direcionado à Bella.
As duas garotas olharam em direção à porta e se depararam com Edward adentrando, sério. Ele trazia consigo um copo com um canudo e cumprimentou Sarah com um leve aceno.
— Bom, eu vou indo então. Para quem eu mostro o contrato do ensaio fotográfico? — a garota guardou sua agenda, se levantou e secou seu rosto.
— De novo isso? — Bella gargalhou.
— Que história é essa? — Edward sorriu de leve.
— É brincadeira! — ela ergueu as mãos em rendição e riu — Bom, eu vou indo. Até mais! — se despediu.
— Até! — os dois Cullen's falaram juntos.
Sarah se virou e saiu da sala. No corredor, Alice à esperava, o que causou um susto na jovem fotógrafa. Ambas desceram conversando e a visitante contou boa parte de sua conversa. Outra vez Alice conseguiu sorrir, reprimindo tal gesto apenas quando Jacob apareceu.
— Ah, você! — Alice revirou os olhos com visível desdém.
— Boa tarde para você também, Alice! — ele forçou um sorriso — Sarah, o que faz aqui? — perguntou ao reparar a amiga.
— Quanto tempo, Jacob! — a garota foi irônica.
— Eu ando de cabeça quente, você sabe... — explicou-se Jacob, desviando o olhar para Alice ao ouvi-la soltar um risinho — Vamos conversar em outro lugar? — pediu.
— Agora não posso. Tenho trabalhos da escola para terminar, portanto vou para casa! — Sarah negou e então seguiu para a porta, onde abriu e saiu.
Duas pessoas surgiram à sua frente assim que ela se virou, e para variar ela arfou de susto. Era sempre assim desde seu último ataque na floresta, estava sempre amedrontada. Em especial agora que não poderia mais contar com a Matilha inteira, apenas Jacob, que parecia não mais ligar para isso.
— O que você está fazendo aqui? — ofegou, Sarah.
— Eu também saí da matilha, Jacob não te contou? — respondeu.
— Oh, Seth, como fico feliz em ouvir isso! — ela correu para o garoto e o abraçou, causando um revirar de olhos na jovem ao lado dele.
— Também fico feliz em não concordar com essa loucura de machucar um bebê! — o garoto retribuiu o abraço, sorridente.
— Por que Jacob não me contou nada? — Sarah perguntou ao desapertar o abraço.
— Talvez ele não queria te preocupar, e eu concordo com isso. Não quero ser motivo de sua bomba na escola! — explicou Seth.
— E vocês estavam certos, eu acho uma loucura você ter mudado de lado. Sem querer ser rude, mas você é o menorzinho e minha preocupação maior quando penso numa batalha sempre está em você! — beliscou de leve a bochecha do amigo.
— Foi exatamente por isso que eu decidi estar aqui! — a jovem que acompanhava Seth falou pela primeira vez; Sarah a observou e depois desviou para Seth.
— Essa é minha irmã, Leah. E aproveitando que vocês duas estão aqui e compartilham da mesma ideia, eu digo e repito se for preciso: eu posso me virar sem a ajuda de ninguém! — o garoto resmungou, chateado, e então saiu correndo para a floresta.
— Poxa, Seth, não faz assim! — Sarah o gritou, mas foi ignorada — Ah, ele nunca agiu assim... — murchou os ombros.
— Isso é resultado de toda essa loucura que Jacob nos meteu! — Leah falou, carrancuda.
— Eu não obriguei ninguém à estar aqui, muito menos à você! — a voz ríspida de Jacob direcionada à Leah surpreendeu as duas garotas.
— Jacob, sem grosserias! — Sarah o advertiu.
— Mas quem resolveu se voltar contra sua própria matilha foi você, e você sabe bem como Seth sempre foi apegado à você. Eu vim sob protesto, pois não poderia deixar meu irmão sozinho nessa loucura, além do fato de ser uma boa desculpa para que eu pare de seguir Sam! — rebateu Leah.
— Se não achou certo a minha decisão, o caminho está livre para você partir. Aliás, ele sempre esteve livre, pois nunca fiz questão em você estar aqui! — resmungou Jacob; Leah suspirou, ofendida.
— Jacob, por favor... — Sarah suplicou, vendo que aquela discussão estava indo longe demais.
— Ser rejeitada não é nenhuma novidade para mim! — Leah murmurou, depois voltou-se para Sarah — Você estava indo para casa, não é? Posso acompanhá-la? — perguntou.
— Hum... Sim, pode ser! — respondeu, surpresa.
— Não! — Jacob se intrometeu.
— Que eu saiba você não manda em mim, Jacob! — Sarah rebateu, fazendo o rapaz recuar — Vamos? Queria mesmo conversar com você sobre o Seth... — voltou-se para Leah.
A jovem assentiu e saiu caminhando ao lado da fotógrafa. Jacob pensou em seguí-las, mas acabou se contendo e voltou a entrar na casa dos Cullen.
O caminho até a casa dos Hart foi silencioso, apesar do aviso de que conversariam. Leah não achou ser o memento ainda, enquanto Sarah não conseguiu ousar em tomar atitude, pela jovem lhe causar calafrios pelas expressões sempre tão rígidas. A fotógrafa se sentiu aliviada quando avistou a casa discreta de seus avós, casa em que estava hospedada há meses, e pensou que apenas teria de agradecer pela companhia e então iria em direção à sua montanha de trabalhos escolares, mas então Leah parou de caminhar e a encarou.
— Me conta. — ela começou — Ele já teve um imprinting com você? — continuou.
— Teve um... o quê? — Sarah perguntou, confusa.
— Outra hora eu te explico. E já vi que não, pois o primeiro passo é explicar para a pessoa caso ela tenha idade de entender, e isso você tem! — falou Leah, torcendo a expressão — Vai acabar acontecendo com você o mesmo que aconteceu comigo! — lamentou.
— E o que aconteceu com você? — Sarah continuou confusa.
— Acho melhor você se afastar de Jacob, antes que seja tarde demais e ele machuque seus sentimentos! — Leah concluiu, se virou e saiu caminhando.
— Leah, não vá sem explicar essas coisas primeiro! — pediu, mas foi ignorada e a irmã de Seth desapareceu floresta à dentro — Imprinting? — Sarah refletiu enquanto ia para a porta de sua casa.

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O corpo se ergueu com rapidez à medida que ela conseguiu recobrir a consciência. Havia acabado de ter um pesadelo horrível no qual seus amigos da matilha machucavam-se uns aos outros. Era fato que a ideia de que um dia eles fossem se enfrentar um dia iria acontecer, mas ela sempre esperou que não precisasse presenciar tal cena, até aparecer em seu sonho.
Ainda trêmula e ofegante, Sarah se sentou na beirada da cama e ficou observando a janela. Jurou ter cochilado outra vez quando piscou por alguns segundos e quando abriu os olhos outra vez Jacob estava diante de sua janela.
— Acho que preciso me redimir com você! — ele sussurrou.
— E pretende fazer isso invadindo meu quarto? — Sarah resmungou; Jacob suspirou e desviou o olhar — Tudo bem, desculpa! — se redimiu.
— Podemos sair? Está tendo um jantar na casa dos Clearwater e meu pai está por lá, acho que ele vai adorar te ver já que vive me perguntando quando você vai visitá-lo outra vez! — sugeriu Jacob, sorrindo um pouco.
— Talvez. Se eu conseguir sair sem acordar meus avós! — deu de ombros.
— Se você não gritar, garanto que não vai acordá-los! — Jacob foi para a janela e saltou.
— Jake! — ela arfou e correu em direção à janela, para saber se ele estava bem.
— Pula! — o rapaz sussurrou para ela.
— Nem morta! — Sarah negou, horrorizada.
— Anda, ou vou até aí buscá-la à força! — ameaçou, humorado.
— E então eu grito! — a garota devolveu a ameaça.
— E como explicaria o motivo de seus gritos? — Jacob rebateu.
— Eu... Hum... Falaria que... — gaguejou Sarah, sem resposta para aquela pergunta.
— Anda, pula! — Jacob estendeu os braços e esperou.
— Você ainda vai me matar, sabia? — resmungou para o amigo, antes de se sentar na janela e soltar o corpo para a queda.

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