AMF Dois Extremos
Eu não me arrependo de nada, só de uma coisa
Escritório*
F: “vou conquistar Cristina, e apenas com ela serei um homem bom, carinhoso isso é o que Cristina precisa e eu nunca tentei fazer”.
A Noite*
E: Frederico você não saiu desse escritório a tarde toda (pegando a bandeja da mesa com o resto do jantar)
F: (olhava os horários dos remédios) Daqui 1 hora tem que dar o ultimo remédio do dia para Cristina (pausa) quem esta com ela?
E: Maria do Carmo ficou com ela a tarde toda...
F: (apagou o cigarro o largou no cinzeiro se levantou e foi ate a porta) Não quero que ninguém me incomode no quarto de Cristina, ninguém me ouviu... (saiu)
E: Até parece que eu não vou fazer de tudo para ouvir!
Quarto*
MC: Madrinha tem certeza que não esta mais com dor?
C: Já disse que sim (sorrindo) o Ângelo Luiz não ligou mesmo?
MC: Sim madrinha
C: Estranho, ele foi sem se despedir!
MC: Não tão estranho (sussurrou)
C: Não te ouvi filha!
F: Maria do Carmo, saí! (grosso)
C: Frederico você não sabe bater?
F: Maria do Carmo saia logo, e não precisa voltar eu vou dar o ultimo remédio para Cristina, saia logo!
MC: Boa noite madrinha (dando um beijo no rosto) ate amanha, boa noite seu...
F: Saí logo daqui (gritou)
MC: (saiu correndo)
C: Por que falou assim com ela?
F: Não tenho obrigação de tratar ela bem!
C: E eu que acreditei no que o padre Moises falou!
F: A minha obrigação é te amar, te tratar com carinho, você é como (pensou) uma boneca de porcelana é delicada você merece todo o carinho dedicação amor do mundo... E eu posso te oferecer isso por que te amo!
C: Ama sei, se me amasse tanto quanto diz demostraria!
F: E eu vou demostrar!
C: (pensou um pouco) Por que você conversou com o padre, por que pediu ajuda a ele?
F: Precisava de ajuda de conselho...
C: O que ele te aconselhou?
F: Pedir-te perdão!
C: E você fara!
F: Não...
C: Por quê? (sem entender)
F: Eu não me arrependo do que te fiz (pausa) só de uma coisa!
C: Belo amor você sente! (irônica)
F: Sabe por que não me arrependo?
C: Claro que não!
F: Pois agora vai saber! (sentou ao lado de Cristina) não me arrependo de ter matado o Diego eu o odiava e inda o odeio, ele teve a ousadia de se apaixonar pela mulher que eu amo e mereceu o fim que teve...
C: (não respondeu queria saber se o tom de voz dele era sincero)
F: Não me arrependo de não ter permitido que Maria do Carmo ficasse com você, de te ter enganado para se casar comigo, eu te queria e essa foi à única forma de te prender a mim. E eu nunca teria uma bastarda, toda vez que a olho me lembro daquele infeliz que te desonrou, jamais a tratarei bem já a suporto e isso basta. Posso te amar loucamente mais esse amor nunca mudara o que penso, do por que faço as coisas...
C: (fazia uma expressão de surpresa com as palavras que acabara de ouvir e a sinceridade nelas)
F: Não me arrependo de ter abusado de você, eu te desejo e essa foi à única forma de te ter em meus braços, você nunca me correspondeu... E também não me arrependo de ter batido em você posso sentir remorso, mas não me arrependo por que delirou com ele em? (bravo, mas não queria mostrar).
C: Eu não delirei, me entreguei não queria que você me machucasse, mesmo que contra a vontade fui sua... Senti prazer, mas como nunca avia sentido isso com você (encabulada) acordei confusa e por isso reagi daquele forma (procurando sua mão) eu não queria encher seu ego estava com raiva com ódio, estava ferida...
F: Serio (sorrindo, mas logo mudou a expressão) então eu bati em você... Desculpa-me (sussurrou)
C: (apertou sua mão) Você nunca foi sincero; e hoje você foi não consigo acreditar que você esta tentando mudar “será que só eu posso ajuda-lo”
F: (sorriu acariciando o rosto dela a olhando com carinho)
C: Qual é a única coisa que você fez que se arrepende? Você disse que se arrependeu de algo o que foi?
F: O acidente, mesmo eu sempre falando que não tive culpa eu sei que tive, e me culpo sempre por você ter perdido nosso filho e...
C: Eu ter ficado cega?!
F: Sim... Pela primeira vez nos conversamos desarmados sem brigas...
C: Pela primeira vez e tão próximos...
F: Cristina eu...
C: (procurou seus lábios) Acho que nos dois cometemos muitos erros, talvez eu tivesse que ter te dado uma chance.
F: E eu te tratado com carinho...
C: Será que podemos mudar!
F: (fechou os olhos queria tanto que ela o beijasse)
Pela primeira vez ela beijou Frederico sei se sentir obrigada; como nunca antes, queria sentir cada espaço de sua boca, e ele não ficava atrás a beijava intensamente, como se quisesse provar o amor que ele sente por ela naquele beijo. A deito na cama e não se com teve como nunca se com teria começou a percorrer o corpo de Cristina como sempre com loucura com desejo:
C: Para, para! (sentido dor e não entendendo o que tinha feito)
F: Eu fiz alguma coisa errada? (preocupado)
C: Frederico! Esta doendo! (estava sentindo a dor aumentar)
F: Onde esta a dor, o que eu tenho que fazer?
C: Lembra aquela massagem! (gemendo de dor)
F: Sim eu lembro calma vou cuidar de você...
Cozinha*
CA: Filha por que você esta com essa cara?
E: Por que ainda estou aqui! “fiquei atolada de trabalho e não pude subir para ouvir a conversa de Frederico e da Cristina”
MC: Mamãe eu vou dormir aqui hoje! (entrou sorrindo)
E: Por quê?
MC: Quero cuidar da minha madrinha!
E: Tudo sua madrinha, tudo a menina Cristina, tudo a dona Cristina, coitada ela ficou cega, coitada ela perdeu o filho, coitada a espancaram todos só ligam pra ela como ela sofreu, ela não é essa santa que todos acham não suporto mais ficar aqui (gritou saindo).
MC: O que deu na minha mãe?
CA: Filha volta aqui! (saiu correndo atrás de Estela)
V: Estela esta cada vez mais louca! A menina Cristina esta melhor?
MC: Sim!
V: Já dormiu?
MC: Não sei ficou com seu Frederico ele disse que cuidaria dela! (comendo uma maça)
V: “agora eu entendo o porquê da Estela estar assim”
Quarto*
F: (fazendo massagem nela) Passou a dor?
C: Sim!
F: Daqui a pouco você tem que tomar seu remédio
C: Você vai cuidar de mim?
F: Vou cuidar do que eu fiz! (tocando seus lábios)
C: Você assumiu o que fez... Eu não consigo acreditar... (rolou uma lagrima)
F: Como você tem tanta certeza que eu estou sendo sincero (colando seu corpo no dela)
C: Seu tom de voz não me engana! (tocando seu rosto)
F: Eu te amo e sei que um dia você vai me amar (a beijando)
C: (correspondeu e finalizou com selinhos) Mas eu nunca vou te amar! (seria)
F: O que? (sentou sem entender)
C: Você me fez muito mal, eu nunca vou conseguir te amar, mas posso gostar de você e ate sentir um grande carinho pelo amor que você diz sentir por mim para salvar nosso casamento, se você tentar ser melhor!
F: Mas se eu conquistar seu amor?
C: Isso nunca vai acontecer...
F: Mas eu posso tentar?
C: Nunca te impedi...
F: (andou um pouco pelo quarto pensando)
C: “desejo tanto poder voltar a ser mulher”
F: Vamos fazer um acordo?
C: Sobre o que esse acordo seria?
F: Todas as vezes que eu te procurar você vai me aceitar...
C: Se você nunca mais me fizer mal, e me ajudar a recuperar a Maria do Carmo!
F: “você nunca vai ter a Maria do Carmo como filha eu não vou permitir a filha daquele infeliz te chamando-te de mãe, teremos nossos próprios filhos” Certo (pegando sua mão) seremos o casal mais unido que já existiu!
C: “espero que ele esteja falando a verdade será que devo entrar de cabeça nisso” Você quer um beijo?
F: Mais é claro, só que eu deito e você fica em cima não quero te machucar!
C: (se arrumou e ele a beijou) “há tanto tempo não me permito ser mulher”
F: “eu desejo isso há tanto tempo” Só não te faço minha por que você esta machucada!
C: (sorriu)
F: E também por que quero que você escolha quando!
C: Então você vai ter que esperar muito! Ate eu me sentir preparada!
F: Espero ate o fim... Dos seus remédios!
C: (riu da forma que ele falou)
F: (olhou o relógio) Falando neles esta na hora! Abre a boca (pegando)
C: (tomou) esse gosto é horrível! (fazendo uma pequena careta)
F: Isso vai te dar sono!
C: Eu sei (bocejando)
F: Vou dormir com você, boa noite...
Ele foi ate seu quarto vestiu um pijama, voltou para o quarto dela e se arrumou na cama de uma forma que teria certeza que não a machucaria, depois de um tempo acariciando o seu cabelo ele pegou no sono.
Será que dai nascera um amor; que Cristina entendera Frederico e ele a tratara com carinho apenas o tempo dirá...
CONTINUA...
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