AMF Dois Extremos

Estava morrendo por dentro e por fora


F: Tudo que vivemos ontem a noite foi uma mentira, você...

C: (o interrompeu) O que vivemos? O que você me obrigou, você aproveitou de mim, nos não vivemos nada...

F: Vivemos sim, você também aproveitou muito ou se esqueceu?

C: Não queria que você me machucasse mais, não me usa-se mais, queria acabar...

F: (a interrompeu) E delirou com o Diego Fernandes responde se sim ou se não Cristina?

C: “do que Frederico esta falando, do que eu estou falando, eu senti prazer com o Frederico, será que ele esta sentindo ciúme isso é amor não, não pode ser Frederico é louco, se ele acha essa besteira verdade terá certeza”.

F: Responde! (furioso)

C: Sim (baixo) preferi me lembrar dele, a lembrar de que era você que estava me tocando. (falou em tom duro mais baixo)

F: Ótimo pelo menos você assumiu (duro)

C: Mesmo que tentasse me lembrar dele eu não conseguiria... Ele não era melhor... (falou num sussurro tão baixo que Frederico apenas entendeu “ele é melhor”)

F: Ele é melhor, o Diego é melhor do que eu na cama isso foi o que você disse?

C: “Frederico me fez muito mal não darei essa satisfação a ele”

F: Por que esta muda, responde (furioso).

C: Sim (com medo) “será que fiz a escolha certa”

F: Você não pode estar dizendo isso (mais furioso) garçom! (gritou)

C: Vamos embora?

F: Sim, tome o dinheiro, e fica com o troco!

GARÇOM: Obrigado!

Frederico pegou no braço de Cristina, a arrastou ate onde o carro estava estacionado, Celia os observou de longe, viu como Frederico estava violento:

CE: Para onde seu Frederico esta levando a menina Cristina?

Quando Frederico chegou ate seu carro, a jogou no banco e trancou a porta fazendo um forte barulho:

C: Pra onde você esta me levando? (assustada)

F: Pra um lugar, para você nunca se esquecer de que sou seu marido!

C: Do que você esta falando?

Frederico não respondeu só arrancou com o carro, o mais rápido que pode como na vez do acidente que deixou Cristina cega e a fez perder o filho que esperava. Mesmo não enxergando ela sentia a velocidade!

C: Para, vai devagar você quer nos matar?!

F: Matar você, não! Para poder se encontrar com aquele imbecil do Diego nunca, vou te fazer pagar de outra forma! (nervoso)

C: Você esta louco, não esta falando coisas com sentido, para esse carro, por favor!

F: Você fica linda implorando!

C: Maluco! (com muito medo do tom de voz de Frederico)

F: Cala a boca! (gritou)

C: Pra onde vamos!

F: Logo saberá mais quieta! (tocou em seus lábios e quase bateu)

C: Cuidado... (ao o sentir frear)

Cristina sentiu cada vez mais medo nas palavras dele, na velocidade do carro decidiu ficar quieta não sabia para onde ele a estava levando. Depois de um tempo na estrada onde só se ouvia uma respiração com medo dela e uma respiração nervosa de Frederico, quando chegaram ele freou com força:

C: Chegamos?

F: Sim (grosso saindo do carro)

C: Em que lugar estamos?

F: (abriu a porta do carro puxou Cristina para fora com violência)

C: (grito) Você esta me machucando!

F: (a arrastou e depois e a jogou no chão) Sabe onde estamos?

C: Logico que não, que lugar é esse?

F: Foi aqui que eu matei seu adorado Diego! (sarcástico)

C: O que? Não pode ser (se levantou e o procurou)

F: (segurou seus braços) Foi aqui que ele jurou que te levaria embora com a sua bastarda e que te amaria pra sempre... (irônico)

C: Como você pode, por que o matou (chorando tentando se soltar)

F: O odiava por você ama-lo e ainda o odeio mesmo depois de morto por você ainda o amá-lo (furioso apertando seu rosto)

C: Eu te odeio, eu te desprezo!

F: Você tem que me amar eu sou seu marido, tem que me amar (mais furioso).

C: Nunca, nunca! Sempre amarei o Diego, ou qualquer outro, mas você nunca! (gritou) “por que ele tem que ser assim se fosse diferente nada disso aconteceria” (chorou forte)

F: Você vai morder a língua Cristina!

C: Me solta... Te odeio sempre te odiarei... (se soltando)

F: Cala a boca!

Frederico enlouqueceu com essas palavras, a puxou pelo cabelo e deu um tapa nela, Cristina caiu, ele a levantou de novo e deu outro tapa mais forte, soltou todo seu odeio nela, bateu em Cristina por minutos, longos minutos intermináveis para ela que chorava descontroladamente não tinha como se defender, estava morrendo por dentro e por fora. Frederico bateu tanto nela que suas mãos tinham ficado vermelhas, avia gotinhas de sangue espalhadas por sua palma da mão, olhou para Cristina caída no chão sussurrando algo que não entendeu:

C: Assim você jamais me fara te amar... (desmaiou)

F: Cristina fala comigo (tendendo reanima-la) Cristina acorda.

Naquela hora ele se deu conta do que fez, viu a mulher que amava ferida, ferida com suas próprias mãos, tinha o sangue escorrendo pelo nariz, seu rosto vermelho e meio inchado, pequenos cortes, mas com sangue pelo rosto colo e partes do corpo descobertas com manchas roxas; teve medo de olhar onde estava coberto ver o que mais avia feito. Entrou em desespero não sabia o que fazer o que falaria, pra onde a levaria; e pior se a avia matado:

F: O que eu faço (olhou para ela) acorda! O que foi que eu fiz?!

Frederico ficou assim por minutos, sem saber o que fazer, tentava a acordar mais foi em vão. Uma hora olhou para a caminhonete e para Cristina e teve uma ideia que o ajudaria. Rasgou as roupas de Cristina, e nesse momento viu as marcas que tinha deixado em seu corpo, por estantes sentiu culpa, mas a culpa se foi lembrando-se de toda a conversa e continuou com seus planos, deixou Cristina no chão entrou no carro deu ré, direto numa pedra que estava atrás fazendo um belo de um estrago na porta do motorista, deu um jeito de parecer que tinha se machucado ou brigado com alguém, pegou Cristina no colo a colocou no banco de traz deitada e foi em direção ao hospital de Villa Hermosa mesmo sabendo do surto de gripe, talvez isso ate o ajudaria. Na estrada Frederico arquitetava seu plano o surto faria que Cristina fosse atendida rápido e recebesse alta no mesmo dia tinha certeza que ela estava bem:

Hospital*

CM: Estou com um pressentimento ruim!

AL: De que?

CM: Da minha tia!

AL: Por quê?

CM: Não sei bem! Nos íamos sair, mas tive que cancelar e vir pra cá ela ficou com meu tio, nem deu tempo de pagar a conta.

AL: Esta explicado o mau pressentimento deixou com quem (sussurrando)

CM: O que disse não ouvi?

AL: Disse para não se preocupar sua tia e uma grande mulher que sabe se cuidar!

CM: O que você sente pela minha tia?

AL: Carinho, admiração, e acima de tudo respeito.

CM: Não se esqueça de que ela é casada com meu tio. (duro)

AL: Eu nunca me esqueço!

Carro*

Frederico não via muito sinal de que Cristina estava acordando, o remorso estava chegando, mas ele não queria dar o braço a torcer por tudo que eles conversaram, ou melhor, discutiram.

Hospital*

CM: Que bom que esta tudo estabilizado de novo.

AL: Sim, logo esse surto acabara e poderemos voltar ao normal com o hospital.

CM: É as pessoas vem e mal conseguimos atender só passamos a receita, espero que não tenhamos que internar alguém sem a gripe!

AL: (com um prontuário nas mãos) Pelo que vejo tem três quartos vazios, as pessoas que estavam já melhoraram e foram embora...

CM: Bom, acho melhor tomarmos um pouco de ar vai nos fazer bem!

AL: Sim vai nos fazer muito bem!

CM: Espero que não tenha mais casos ate a vacina chegar

AL: Também, estou cansado vamos...

Lado de Fora*

AL: (sentado em um banco) O ar lá dentro estava ruim...

CM: Por isso não pode ter pessoas sem a gripe lá dentro (brincando)

AL: Aquela caminhonete correndo não é a do seu tio?! (levantando)

CM: O que?

Frederico freia fazendo muito barulho e saí desesperado do carro:

F: Ajudem-me! (gritou desesperado)

Ele estava com a roupa suja de terra, o rosto estava vermelho como se tivesse apanhado, sua expressão era de extremo desespero:

CM: O que aconteceu tio? (se aproximando para ajuda-lo)

F: Cristina, Cristina (gaguejou) tentaram...

AL: O que aconteceu Frederico! (se assustando com o desespero dele)

F: Depois eu explico só, só salvem ela! (abrindo a porta do carro)

AL: Deixa que eu entre com ela, você esta machucado!

F: Ela é minha mulher! (gritou)

AL: É o melhor para os dois me escuta! (gritou também)

CM: Tio entra no hospital vai, Ângelo Luiz vou preparar os quartos vagos, temos que ser rápidos; vamos tio entra (o puxando pra dentro).

F: Ela é minha me ouviu! (sendo puxado pra dentro do hospital por Carlos Manuel)

Ângelo Luiz pegou Cristina no colo, e entrou correndo com ela a colocaram em uma maca e foi levada para fazer alguns exames, logo foi para o quarto não avia sido nada tão grave já aviam dado alguns remédios já acordaria. Frederico também já tinha sido atendido mesmo que na verdade não tivesse acontecido nada com ele. Ele decidiu ficar no mesmo quarto que Cristina, ele esperava ansioso ela acordar por dois motivos, por estar preocupado com o que fez, e para falar tudo que ela deve responder as pessoas, ou melhor, seu plano.

Sala do Doutor Robles*

CM: O que será que aconteceu?

AL: Não faço a mínima ideia, mas Cristina estava bem machucada, se via de longe que tinham batido nela! (preocupado)

CM: E meu tio parecia que tinha brigado!

AL: Mas por quê? O carro dele esta batido, mas do jeito que ele sempre corre!

CM: Será que tentaram assalta-los?

AL: Será?

CM: “e Maria do Carmo” Será que avisaram Maria do Carmo?

AL: Não sei vai avisa-la ou pedir que a busque esta na hora! Vou ver os outros pacientes (saindo)

CM: Vou fazer isso! (ligando)

Quarto do Hospital*

Cristina começou a acordar lentamente, estava com algumas faixas nos machucados, alguns band-aids e recebia soro. Abriu os olhos e viu a escuridão de sempre, mas estava feliz por estar viva achou que morreria no mesmo lugar que seu grande amor:

F: Cristina!

C: Frederico?

F: Ainda bem que aqueles homens não conseguiram fazer nada com você, graças a mim que te salvei! (irônico)

C: O que?!

CONTINUA...