AMF Dois Extremos

Cristina é sua mãe!


Minutos atrás*

Uma maca com um corpo e uma mulher ensanguentada passava rápido pelos corredores de UTI:

ENF: Emergência! Emergência!

Alguns médicos e enfermeiras juntavam-se ao redor da maca para cuidar do caso:

ME1: O que ela precisa o que aconteceu?

ENF: Ela precisa de cirurgia levou um tiro esta com hemorragia...

A maca foi levada ate a sala de cirurgia:

ME2: Relatório!

ENF: Ela levou um tiro, não sabemos se esta alojada ou foi de raspão, mas pela hemorragia tenho suspeitas de que ainda esteja alojada!

Dizia rápido quase se atropelando nas palavras, talvez ainda estivesse com medo do homem que chegou com a paciente:

Conversa com Frederico*

F: você tem que ajuda-la, minha mulher esta morrendo, você não pode deixar!

Gritava em um misto de desespero e ódio:

ENF: Coloquem-na na maca!

Gritou para os enfermeiros próximos:

ENF: Senhor o que aconteceu?

Tentava manter a calma do homem na sua frente:

F: Minha mulher levou um tiro esta me ouvindo, um tiro faça alguma coisa eu a trouxe aqui pra isso!

Já não tinha aquele misto na voz era pura raiva, parecia que ia sacar uma arma e mata-la a qualquer momento:

ENF: Senhor tenho que saber como tudo aconteceu para poder dar o melhor atendimento possível!

Falava meio nervosa checando os batimentos que estavam fracos, e seu deu conta que ela estava com hemorragia:

F: Já falei ela levou um tiro quer que eu desenhe!?

ENF: Faz quanto tempo?

Se apresando em falar:

F: Sei lá não parei para olhar o relógio, tinha que traze-la logo para o hospital moramos no povoado numa fazenda, deve ter sido uma hora não sei!

ENF: Certo emergência!

Fim da conversa com Frederico*

ME1: Luvas!

EN2: Aqui senhor!

ME1: Temos que parar com a hemorragia quanto tempo ela demorou pra chegar aqui?

ENF: Cerca de uma hora!

ME2: Ela perdeu muito sangue vamos começar rápido...

EN2: Ela vai precisar de um transplante de sangue!

ME1: Cheque que tipo de sangue é o dela, é bom que tenha sorte estamos com falta de sangue no estoque!

Mais minutos atrás*

Ligação para a ambulância*

F: Por favor, venham rápido ela esta perdendo muito sangue!

Falava com desespero e raiva olhando para Estela que ainda não tinha expressão a ficha ainda não avia caído tudo que fizera não ia adiantar ela ia perder tudo ia perder Frederico... Não conseguia entender mais ela já o avia perdido há muito tempo ele já a olhava com desprezo, nojo nada mais do que isso:

AM: Mandamos uma ambulância na mesma hora chegara rápido, mas faça o que pedi para estancar o sangue!

F: Espero que chegue rápido!

E desligou com raiva:

Ligação para a ambulância OFF*

F: Imbecis a segurem direito!

EM1: Sim senhor!

F: E chamem a policia! Rápido e não mexam em nada tem que ficar tudo como esta me ouviram!

EM2: Sim senhor, faremos agora mesmo!

Os dois empregados puxaram Estela com força ela estava parada quase dura olhando fixamente para Frederico:

F: Claro que faram! Estou mandando se deixarem-na fugir pagaram com a vida... espero que tenham entendido!

Os dois se olharam apavorados ele não brincava com ameaças:

EM1 & EM2: Sim senhor!

Desceram as escadas correndo puxando Estela:

Uma hora depois de Cristina ter chegada à UTI*

Festa no povoado*

CM: Dona Consuelo espere!

Carlos Manuel a chamava em meio à multidão:

CON: Sim Carlos!

Disso sorrindo:

CON: Ela vai ganhar tenho certeza! “como a mãe”

CM: Tenho que ir ao hospital!

CON: Não pode esperar passar só a coroação é tão importante para Maria do Carmo você estar com ela!

CM: Também é pra mim, mas eu não sei o que vai acontecer nesse momento com minha tia se eu não for... ela é mais importante agora eu prometi protege-la!

Falou totalmente desesperado:

CON: Do que você esta falando?

Tinha a voz vacilante com muito medo da resposta:

CM: A Estela foi à fazenda... a... Atacou!

CON: Não!

Levou à mão a boca não queria terminar de ouvir, não queria acreditar:

CM: Ela deu um tiro na minha tia, ela esta na UTI tenho que ir para lá agora mesmo!

CON: Ela é minha filha quero ir com você!

Chorava em completo desespero:

CM: Não! É melhor ficar com Maria do Carmo, ela precisa de alguém de apoio pra ela... ela tem que ficar aqui pra ganhar!

Tentou dar um sorriso pensando na menina que ocupava seus pensamentos, seus sonhos que tinha dado seus mais sinceros sorrisos queria estar com ela nesse momento de alegria mais não poderia:

CON: Me mantenha informada!

Ele olhou nos fundos dos olhos dela cheio de lagrimas, não era só ela, ele estava morrendo por dentro tinha prometido cuidar dela:

CM: Tudo vai dar certo!

Ele mais do que miguem acreditar nisso:

CON: Vai mesmo?

Carlos Manuel já não podia responder corria em direção onde tinha estacionado o carro:

CON: Virgem Maria proteja minha filha!

Tempo normal*

Frederico estava sentado com as mãos tampando o rosto e tentando assimilar o que acontecerá em poucas horas, Cristina estava em cirurgia a tanto tempo que já tinha perdido a noção do tempo a espera o irritava ou talvez a força que fazia para não chorar cada vez que lembrava que Cristina podia não sair viva daquela sala que não o ajudaria a cuidar de Helena tudo o estava o estava enlouquecendo cada toque do ponteiro que parecia estar rodando os segundos como horas ou cada pessoa que entrava e sai de alguma sala sem nem ao menos olha-lo, sua pele, cada musculo da seu corpo, cada veia, cada neurônio estavam em completo colapso precisava de noticias já não conseguia mais esperar:

ME1: Seu Frederico?

F: Sim!

Se levantou na mesma hora que sentiu aguem falar a primeira silaba do seu nome:

ME1: Sou um dos médicos que esta cuidando da sua esposa!

F: E como ela esta? Já terminou a cirurgia? Posso vê-la?

ME1: Paramos a hemorragia, me parece que sua mulher teve mais hemorragia do que qualquer outro paciente no mundo!

Tinha um ar preocupado quase melancólico:

F: Ela meio que tem sorte para acidentes... mas isso é bom não é mesmo tudo já passou posso vê-la?

ME2: Também tiramos a bala alojada!

Falou saindo de trás de Frederico um medico um pouco mais alto que o primeiro:

ME2: Sou o outro medico que fez a cirurgia de sua esposa! Somos novos chegamos desde que o outro foi embora sem dar muitas satisfações mais deixou o histórico de Cristina esse é o nome de sua mulher se não estou errado?!

F: Sim esse é o nome dela, mas ela já esta bem não é mesmo???

ME2 A bala não chegou ate nenhum órgão vital, só conseguiu causar a hemorragia!

ME1: Mas quanto a isso resolvemos!

F: Ficaram horas lá dentro era o trabalho de vocês resolver isso...

CM: Mas tem um problema tio!

Carlos Manuel apareceu com a maior cara de cansando que já existiu; os olhos estavam fundos, estava suado, perdera toda a alegria no olhar que tinha mais cedo antes de sair da fazenda, não carregava o sorriso larga de todos os momentos de longe se percebia que devia ter chorado por horas:

F: Você veio pra cá quando? Por que não te vi chegar, do que esta falando?

ME1: Ela ainda não acordou pode ter entrado em coma!

F: Mas vocês vão resolver isso não é mesmo...

Novamente todo o sentimento de dor de perda o derrubou, não conseguia ficar em pé as pernas não tinham força era quase impossível segurar as lagrimas, mas ele era mais forte que isso ela ia ficar bem ele se manteria de pé:

CM: A bala pode não ter conseguido afetar nada vital, porem fez com que perdesse sangue...

Frederico não o deixou terminar:

F: Parem de enrolação eu sei que Cristina perdeu muito sangue eu a vi perdendo, mas o que isso tem a ver... nesse hospital tem sague façam algo!

Gritava descontrolado não conseguia mais ouvir direito o que falavam:

CM: Tio se acalme e me ousa ela perdeu realmente muito sangue...

F: Eu já falei que sei que ela perdeu sangue... façam algo agora mesmo é o trabalho de vocês andem... façam como da outra vez, ela também tinha perdido muito sangue lembra mais tudo deu certo...

CM: Ela tinha perdido sangue mais não como agora... e tem uma coisa que piora!

F: O que pode ser pior do que ter médicos que só sabem falar e não fazem nada!

CM: Não tem o tipo de sangue da minha tia aqui tio não tem doadores... ela vai morrer e não temos o que fazer...

Frederico não conseguia mais gritar tinha colocado toda a esperança que eles conseguiriam resolver tudo que dentro de alguns dias iria levar Cristina de volta pra fazenda como se nada tivesse acontecido como sempre era, com sempre deviria ser:

F: O que você quer dizer com isso?

Falou num sussurro quase inaudível caiu de qualquer jeito na cadeira, já não tinha forças à palavra “morrer” acabou com tudo:

ME2: Se não conseguimos o tipo de sangue dela rápido ela morre em algumas horas...

F: Não pode ser ela não pode morrer... sem ela nada faz sentido... temos uma filha pra criar juntos...

Ela não tinha palavras que o descrevessem falava tudo aleatoriamente o que vinha na cabeça dele, olhava de um medico para o outro parava e ficava olhando suplicante para Carlos Manuel como se pedisse para ele falar que tudo era mentira uma brincadeira de Cristiana para provar o amor dele:

ME1: Senhor acho melhor tomar um calmante!

F: Não quero nada só quero saber como salvar minha mulher!

ME2: Precisamos de um doador estamos procurando um desde que saímos da sala de cirurgia mais isso não é fácil...

F: Eu posso doar!

Ele deu quase um salto de onde estava sentando era como se uma chama de esperança acendia em seu coração como a luz no fim do túnel tudo podia ser diferente ela poderia se salvar:

ME1: Podemos fazer o teste, mas seria moto mais rápido se a mãe ou o pai ou um filho doassem são mais os mais prováveis!

CM: Dona Consuelo a mãe dela!

ME2: Só tem ela?

CM: Sim o pai já morreu e a filha tem menos que 16 é um bebe...

ME1: Vamos continuar procurando um doador, mas onde esta a mãe dela?

CM: Em uma festa no povoado vou busca-la... Tio!

O olhou preocupado, não ligava para tudo que seu tio avia gritado sabia muito bem como ele agia quando algo o desestabilizará:

F: Eu vou ficar aqui!

ME1: Não pode ficar dentro do quarto, mas levo o senhor para a parte de observação vai poder olhar pra ela...

Povoado*

Maria do Carmo estava em cima de um palco enfeitado de flores coloridas típicas do povoado junto de outras duas meninas da mesma idade que ela a espera do final dos votos que estava bem próximo ela estava nervosa, mas não só pelo fato de saber se iria conseguir ganhar ou não, ela queria aquela coroa, mas não para provar que era a mais bonita queria que sua madrinha tivesse orgulho, sua madrinha ganhara na época dela, ela queria para que Cristina visse com seus próprios olhos que todos seus esforços de á tornaram uma dama valesse a pena, ela queria realmente ser a princesa que sempre falavam. E mostrar para Frederico que não era um desperdício de espaço. Quando ouviu o barulho do microfone foi trazida de volta a terra de volta a realidade, foi tirado de seus pensamentos sentindo um aperto no coração não era a emoção de ouvir seu nome sair da boca do juiz por fim, sim de algo ruim estava acontecendo:

JU: Maria do Carmo é a rainha desse ano do Povoado meus parabéns o que tem a dizer antes de receber a coroa!

O juiz dizia animado mesmo que as outras participantes tento vaia-la com palavras como “a filha da empregada não pode ganhar” ou “ela nem devia estar aqui esse lugar é para gente com classe” ou “os votos foram comprados” ou “bem que desconfiei que esse concurso fosse uma piada aceitar a filha de uma mulherzinha qualquer”.

JU: E vocês senhoritas podem descer!

Elas desceram ainda reclamando mesmo que ninguém as desse ouvido:

JU: Maria do Carmo pode vir falar agora!

Ela se levantou tremendo já no sabia se era emoção ou o aperto no coração que sentia:

MC: Eu... eu... queria...

Gaguejava tanto que mal conseguia terminar uma frase, não tinha firmeza, mas tinha algo em mente que queria falar em frente a sua madrinha desde que se inscreveu.

MC: Eu... eu... acho que conseguir ganhar essa coroa... porque sempre fui... alguém disposta a ajudar quem quer que fosse... sempre tratei bem á todos sem exceções... gente de todo tipo não para ganhar votos e sim por que me sinto bem em fazer o bem desde pequena... eu acho que sempre fui assim porque tive uma madrinha... uma fada madrinha disposta a dedicar todo seu tempo e me ensinar tudo e principalmente os valores... não sei exatamente porque estou falando isso mais simplesmente senti... não é só porque sou bonita acima de tudo sou uma boa pessoa...

Ouve tantos aplausos despois que Maria do Carmo terminou seu breve discurso mesmo que gaguejando ela não cabia de tanta alegria principalmente quando avistou Carlos Manuel a chamando entre a multidão, mas essa alegria não durou muito depois de perceber que ele estava desesperado nunca conseguiu receber a coroa sua madrinha era mais importante que qualquer titulo bobo de povoado:

Hospital*

ME1: A senhora é a mãe de Cristina?

Perguntou o medico que pelo que pareceu os esperava à uma hora:

CM: Não adianta ela não tem o mesmo tipo de sangue!

Falou tão cansando parecia que tinha desistido de tentar tudo estava contra... Será que não conseguiria salvar sua tia a mulher que prometeu proteger depois dos erros a mulher que no final do dia iria pedir a mão da mulher que descobriu que realmente amava mesmo sendo tão nova mesmo que a chamasse de criança ele a amava agora será que desistir de tudo:

ME1: Então não existe doador?

CON: Poderíamos tentar...

Ela tentou dizer mesmo que as palavras não conseguissem sair como se no final tudo estivesse preso há tanto tempo que não saísse mais:

F: A outra filha dela!

Todos o olharam surpreso não sabiam quando tinha chegado e por que falava aquilo:

ME1: Se ela tem outra filha por que já não falaram?

CM: Espera desde quando minha madrinha tem outra filha? Quando a teve?

F: É a primeira filha dela!

CM: Mais onde ela esta por que nunca apareceu?

CON: Frederico!

Emocionada:

CM: Quem ela é? Ela sempre esteve entre-nos? Dona Consuelo você sabe quem é? Por que vocês não me respondem?

F: Onde Maria do Carmo esta?

CON: Na fazenda com Helena!

CM: O que Maria do Carmo tem a ver com essa historia?

Carlos Manuel não conseguia entender, não conseguia assimilar ate que em um minuto caiu à ficha:

CM: Maria do Carmo é filha da tia Cristina, mas como?

F: Uma historia que não tenho vontade de explicar...

CON: A culpa por fim esta te consumindo!

F: Olha por um lado velha louca eu tenho sentimentos e amo com todas as minhas forças Cristina estão farei o que mais odeio para salva-la...

CON: Não faz mais que sua obrigação...

ME1: Acho melhor acharem a tal filha por que ela não tem muito tempo!

F: Faça o seu trabalho de mantê-la viva, eu já volto!

Saiu correndo para o estacionamento:

CM: Agora tudo parece fazer sentido, como que eu nunca reparei minha tia tratava Maria como filha, como uma filha de verdade não como afilhada, mas por que minha tia não a criou por que a deu apara Estela por quê?

CON: É uma longa historia que agora acho que vai te contar será ela mesma, doutor!

ME1: Sim?

CON: Posso ver minha filha?

ME1: Acompanhe-me...

Fazenda*

Frederico entrou correndo pela porta da sala e se deparou com Maria do Carmo gritando com Estela que ainda estava amarrada em uma cadeira:

MC: Mae por que você atirou na minha madrinha, você não se a conta de que vai presa...

E: Eu não ligo!

MC: Como você pode não ligar, por que fugiu, por que me abandonou... por que você não liga pra mim!

Gritou caindo no chão:

E: Por que vou ligar para alguém que nem meu sangue tem...

MC: O que você disse?

Olhando a do nos olhos:

E: Se você não vai ficar comigo não tenho por que ficar com o fardo da sequinha e ter uma filha bastarda...

MC: Com quem você esta falando mãe, por que esta dizendo isso?

Chorando desesperada:

E: Eu não sou sua mãe!

Gritou:

F: Cala a boca Estela!

Maria do Carmo se virou e viu Frederico atrás dela:

F: Sabe Maria do Carmo você devia ser menos sentimental assim sofreria menos parece que carrega a dor e todos, agora vem comigo...

MC: Eu na vou a lugar nenhum com o senhor!

F: Você não quer ver sua madrinha?

MC: O senhor deve estar pulando de alegria não é mesmo vai ter o que sempre quis o dinheiro da minha madrinha vai poder ficar com a fazenda com tudo só pra você...

F: Isso não ia me adiantar de nada sem ela, descobri nesse longo ano que a amo e preciso dela comigo com minha filha... Preciso dela viva feliz...

E: acho que descobriu tarde demais!

Rindo alto:

F: Já mandei calar a boca! Cadê a policia pra te buscar em! Faz tempo que mandei aqueles imbecis chamarem!

Falou empurrando a cadeira que ela estava amarrada:

MC: Não faz isso com ela!

F: Por que se importa ela nem é sua mãe...

MC: Mentira!

F: Ela mesma disse que não...

MC: Então quem é?

Gritou tentado esmurrar Frederico sem sucesso:

MC: Por que o senhor faz isso comigo por que me odeia tanto... Eu não fiz nada...

F: Quer saber realmente por que te odeio?

MC: Claro que sim!

Chorava compulsivamente:

F: Você nasceu!

MC: E que culpa eu tenho?

F: A culpa de ser filha de Diego, a culpa de ser uma bastarda...

MC: Por que odeia tanto meu pai? O que ele te fez para descontar seu ódio em mim?

F: O simples fato de ter amado sua mãe!

Gritou mais alto do que o choro dela:

MC: Amar é um crime!

F: Amar a Cristina é um crime por que ela é o amor da minha vida a única e ele tomou isso de mim!

MC: Como assim?

Baixando o tom de voz:

F: Cristina é sua mãe... Esse foi o crime dele ter engravidado Cristina... ELE TER A TORNADO SUA MÃE!

CONTINUA...