Vivo em uma província cujo nome é Magnólia, lá você encontra todos os tipos de criaturas mágicas, de belas, porém perversas fadas a repugnantes, porém gentis ogros. Meu pai, Darius White, é o rei da província, não demonstra muito afeto a seus filhos, (Alexandre White que chamo de Alec e tem 20 anos e eu cujo nome é Bella White e tenho 16 anos), principalmente a mim, pois, minha mãe faleceu após me dar a luz.

Quando tinha por volta de uns quatro anos meu pai virou um rei solitário e alguns aldeões até chegaram a apelida-lo de “o rei louco” por alguns métodos e leis que eram tomadas por ele, sendo assim, meu pai desesperadamente foi à procura de uma esposa e futura rainha. Em uma de suas festas, que eram realizadas aos custos da população, conheceu uma bela mulher com a aparência jovem tendo um lindo e sedoso cabelo dourado, olhos dourados também e com a pele branca, para a maioria ela era uma bela mulher, mas, para mim parecia um anjo vingador que se apossaria de tudo para ter poder e beleza eterna. O nome desta misteriosa mulher é Morgana Gray, logo após semanas meu pai a pediu em casamento, transformando-a em minha madrasta.

Pelo meu cabelo ser longo e preto como ébano, meus lábios serem avermelhados como pétalas de rosas e minha pele ser branca como a neve me apelidaram de Branca de neve.

Acordei cedo como de costume, me olhei no espelho e vi a face de uma menina que não parece ter 16 anos, isso graças a meu pequeno e frágil corpo, fios negros como ébano que batiam em minha cintura, boca avermelhada, bochechas rosadas como de costume e olhos tão negros quanto meu cabelo, eu estava vestida com uma camisola branca simples que batia em meus joelhos.

Fui para o banheiro após tomar banho, fazer minha higiene pessoal, vestir meu simples vestido medieval azul e calçar sapatilhas azuis também, saí do meu quarto e fui a caminho da imensa sala de jantar.

Enquanto caminhava pelo corredor que passava em frente ao quarto do meu irmão senti um puxão em meu braço, assustada olhei para trás e lá estava um jovem e belo rapaz com cabelo negro como o meu, porém com a pele mais morena que a minha e os olhos em um tom de azul irresistível, era meu irmão Alec.

Alec- Bom dia Branca de neve acordou cedo como de costume hein.

Disse ele em um tom quase zombeteiro

Bella- Já disse para não me chamar assim Alec, e se papai descobrir que você ainda não está pronto para a expedição que será após o café da manhã, tenha certeza que ele ficará mais bravo que o normal o que é quase impossível.

Ele me olhou por um bom tempo como se estivesse tentando ver o meu interior, ele em seguida assentiu, colocou um braço em meu ombro e assim seguimos juntos para a sala de jantar.

Ao chegarmos lá Morgana, minha madrasta, estava sentada ao lado de meu pai, olhou gentilmente para o meu irmão e logo em seguida para mim, transformando seu olhar em algo venenoso e frio.

Morgana- Sente se meu querido, e você minha querida Bella cuidado, poderia se engasgar e isso nos causaria problema, apesar de que seria divertido.

Pai- HAHAHA! Ela não é ótima?! Realmente és a mais bela de todas, tu tens minha devoção minha rainha.

Sinto meu rosto ferver, lágrimas surgindo no fundo dos meus olhos. Recitei para mim mesma “não irei chorar, não na frente dela”. Cerrei minhas mãos em punhos e caminhei até a cadeira que ficava ao lado da de Alec, mas minhas mãos continuaram cerradas em punhos sobre o meu colo.

Alec olhou para mim com preocupação, e colocou sua mão sobre a minha discretamente como um sinal de reconforto por saber que ainda há alguém do meu lado, sempre fomos muito próximos e não me lembro de um único momento sem ele em minha vida, todos se foram, mas ele continuou, ele ainda está aqui comigo.

Esse pensamento fez meus olhos se enchessem de lágrimas, mordi o meu lábio e tentei pensar em coisas felizes.

Não consegui triscar na comida, Nada mais foi comentado no café da manhã, precisava respirar um pouco longe do palácio, peguei meu capuz cinza e passei discretamente pelos guardas que estavam sentados no chão jogando cartas.

Ao sair do palácio, ao lado há um estabulo, peguei meu cavalo e saí em disparada para a central da província.

Quando se chega lá, todos os visitantes são surpreendidos pela beleza da central, por mais que toda a província esteja em péssimas condições econômicas, os magos, as pessoas que mechem com magia, embelezam a cidade com luzes e fogos em toda a central.

Coloquei meu cavalo em um estabulo que ficava ao lado de uma placa que dizia: “Sejam bem vindos a Central”, caminhei até encontrar um barzinho, entrei, abaixei o capuz e notei que a balconista era uma belíssima mulher com a pele morena, cabelo loiro quase branco e orelhas pontudas, uma Elfa.

Bella- Olá, gostaria de um copo de água.

Balconista- Nossa como você é bela minha jovem menina, branca como a neve não é, meu nome é Dríade, Sim, Sim, sou uma Elfa, e nem venha me pedir potes de ouro, nem mesmo eu tenho dinheiro, portando se tivesse não trabalharia nesse muquifo... - Ela começou a falar incrivelmente rápido, até um ponto que nem mesmo conseguia acompanha-la.

Bella- Espere aí, Elfos não tem potes de ouro, são os Duendes que os possuem.

Dríade- Ora garotinha vejo que conhece muito desse mundo, não é estrangeira é? Afinal você é tão bonita quanto à antiga rainha, se parece bastante com ela até... NÃO ME DIGA QUE VOCÊ É A FILHA DELA!

Bella- Não grite! Esta louca?!

Dríade- Era amiga de sua mãe, e a maneira como ela morreu! Foi um absurdo.

Bella- Mas, ela morreu dando a luz a mim.

Dríade- É aí que você se engana.

Neste exato momento um barulho de vidro estilhaçado atinge meus ouvidos, saí correndo para ver o que aconteceu, Quando chego à porta vejo sangue para todos os lados, corpos no chão e algo, ou melhor, alguém que me deixa petrificada.

?- Olá Bella.