A reportagem

Entre salas e jardim


Ela estava ali sentada com pensamentos tão dispersos, nunca apareceu mais bonita como naquele momento. Como posso ter pensado o contrário? Percebi que alguma coisa tinha mudado no mundo, os meus sentidos pareciam mais aguçados. Passou a olhar para todos os lados, viu que tinha um jardim com diversas flores e apesar de estar longe dele, os cheiros de frésia, jasmim e rosas chegaram no seu olfato. E as flores tinham cores tão vivas de uma maneira que nunca tinha visto antes. De repente, sua atenção concentra num choro contínuo e olhando na direção do choro encontra seu melhor amigo chorando enquanto se culpava. E busca aproximar desse.

— Não Charles. A culpa não é sua, foi eu que ofereci para resolver as questões da clínica. Por favor, ouça-me.

— Seu amigo não iria querer te ver nesse estado. Não é sua culpa que Darcy foi parar no meio de um tiroteio. Olha pra mim _ Não se culpa.

— De fato, ela é um anjo. Darcy começa a si sentir cansado e vai aos poucos vai caindo no sono.



Se viu em um lugar totalmente diferente, avistando uma luz muito forte no final do túnel. Conforme caminha nessa direção a luz fica cada vez mais forte até que sai num jardim. É uma paisagem que lembra muito os caminhos de Pemberley, repletos de árvores de espécies diferentes. Os pássaros pareciam mais uma orquestra, uma perfeita sinfonia de combinação de sons e no mesmo ritmo. Enquanto caminha observa tudo à sua volta, encontra um pequeno riacho e vai seguindo o fluxo dele. Um tempo depois, percebe a presença de um casal sentado numa grande pedra próxima a corrente da água. Quando mais próximo ficava mais seu coração acelerava.

—Pai! Mãe. Começa a correr até o casal.



George levanta e abre os braços fica pronto para receber seu filho num abraço muito desejado. E quando chega, o abraça como se não houvesse fim. Em seguida é a vez de sua mãe.

—O que está acontecendo? Eu morri? E que lugar é esse?

—Calma filho. Agitação não será bom para você.

—Respire. Sim, isso mesmo.

— Este lugar é a transição entre o mundo físico e o espiritual. Mas você está enganado, não é o seu lugar - pelo menos ainda não. Porém vai ter que descobrir por si mesmo.

—O nome dela é Elizabeth; a mulher da minha vida. Voltei com único objetivo de que não saberia viver sem ela até que o acidente aconteceu.

Conversa diversas.

—Ela parece adorável.

— Vocês aprovam ela?

—Se ela te inspira a ser melhor? Sim, nós aprovamos.

Darcy começa a sentir uma vibração a envolver de tal maneira que ele é levado para a casa de sua tia. Chegando lá, ele encontra sua prima rezando para que ele se recupere após o acidente. Nunca quis qualquer relacionamento com Darcy apesar do que sua mãe possa dizer. Ele ficou um tempo somente envolvido com os bons pensamentos, até que a saudade da irmã falou mais alto. E na hora fora transportado para uma casa que parece familiar.



— Você acredita que a tristeza do meu irmão tem a ver com o fato de eu te acreditado no Wickman? E meio que eu tenha ajudado ele a recuperar as provas que o incriminava? Quando peguei a pasta com o nome do George, não sabia o que era esses papéis.( Nunca posso te culpar pelo o que aquele miserável fez… você não tem culpa).

— Está ai, sua resposta. É claro que ele não te culpa, mesmo que George tenha escapado dessa acusação específica, ele não é tão santo assim. Uma hora ou outra a verdade vem a tona ou ele paga por outro crime.

— Mas o que será que é?