A nerd-rebelde

Shopping cazamiga! festa no dia seguinte?!


Na sexta, estava saindo de casa pra ir pra escola quando vejo um carro parado em frente a minha casa…

–?- Olho para o carro com cara de interrogação.

O motorista do carro sai de dentro dele e vai até a porta de trás e abre-a, e de lá sai…

–Nathaniel?- Questiono.

–Bom dia, Alessia.- Ele sorri.

–Bom dia…- Digo ainda confusa.- Perdão, mas… o que faz aqui?

–B-Bem…- Ele falha um pouco na voz, está nervoso.- Se não for muito incomodo, eu vim para te levar pra escola.

–…- Fico olhando-o, ele fica me olhando, ficamos trocando olhares que não diziam absolutamente nada.- Okay.

–Senhorita.- Ele ri e abre a porta do carro pra mim.

–Obrigada.- Agradeço e entro no carro, logo ele também entra, só que do outro lado.

Fomos o caminho todo em silêncio, eram poucos os casos em que havia uma conversa aleatória entre nós.

Ao chegar na escola, eu saio do carro (dessa vez sem ele abrir a porta pra mim, posso fazer isso sozinha) e vou pra entrada da escola, ele vem logo atrás…

–Obrigada pela carona.- Sorrio.

–Por nada.- Ele retribui o sorriso, mas sem jeito.

–Nath!- Chama uma voz conhecida, Melody, ela chega correndo, olha para nós dois, depois para o carro em frente da escola, sinto seu olhar me metralhando, ela chega mais perto dele, eu sinto uma vontade de rir nesse momento.- Preciso de sua ajuda no grêmio.

–Certo, Melody, eu já vou.- Ele diz, ela fica ali me encarando.- Vá indo na frente.

–N-Não, eu vou te esperar.- Diz ela, ai que garota zoada.

–…- Ele a olha desconfortável, suspira e me olha, depois solta um sorriso desajeitado, eu rio, e… não pera, ela se agarrou no braço dele? Pft! Isso sim me deu vontade de rir.- B-Bem…- Ele pigarreia, sua voz falha.- Eu já vou indo.

–Okay.- Sorrio gentilmente.- Ah, obrigada mais uma vez pela carona.

–Que nada, apenas um de meus caprichos.

–Assim vou te dever mais favores do que posso.- Rimos, eu e Nathaniel.

–Aham! Nath, vamos.- Melody diz brava.

–Ah, sim, só um momento Melody.- Ele diz.- Eu estava pensando de sairmos hoje à tarde, o que acha?

–Ah, jura?- Sorrio, Melody engasga com ar.- Eu adoraria, mas estou ocupada hoje, tenho uns negócios para fazer.

–Que pena… quem sabe na próxima, sim?

–Da próxima, com certeza.- Sorrio e dou um beijo na sua bochecha, ele cora, Melody fica puta da vida, huhuhu… isso sim foi engraçado.- Bem, tenho que ir, tchau.

–T-Tchau…- Ele diz meio aéreo e com um sorriso bobo na cara.

Eu saí de lá, as pessoas me olhavam, eu permanecia lendo meu livro e ouvindo minha música, mas com uma IMENSA vontade de rir da cara da Melody, sério.

Fui pra sala, estava vazia, sentei-me no meu lugar, continuei lendo meu livro, até eu perceber mãos na minha mesa, eu sorri de canto…

–Ora, ora… Castiel.- Olhei-o, ele não me parecia feliz.

–O que fazia com aquele idiota do Nathaniel?

–Ele me deu uma carona, só isso.- Digo, e era verdade.

–Okay, aceito, mas… porque deu um beijo nele?

–Foi na bochecha, okay? Não foi nada de mais.- Digo colocando meus pés na mesa, cruzei-os.- É natural e, além do mais, eu queria ver a reação de Melody com aquilo e, cá entre nós, foi a melhor.- Eu ri.

–Haha.- Ele revirou os olhos.

–Ah, qual é, vai dizer que ficou com ciúmes?- Perguntei com um sorriso travesso na cara.

–Ciúmes? Eu? Há!- Ele riu, eu levantei, coloquei minhas mãos na mesa e me estiquei até ele, ficando com nossos rostos próximos, ele corou.

–Sei que ficou, você não me engana.- Digo.- O único erro que as pessoas cometem comigo é achar que conseguem esconder algo de mim, mas, na verdade, nunca conseguem.

–Hum! A mim você não lê!- Ele diz, nervoso.

–Duvida?- Pergunto.

–Se duvido.

–Num momento, você está nervoso, creio que pela minha proximidade…- Digo, ele estava corado.- Creio não, com certeza é por isso, ah, também sei de seu ciúme, e, nesse momento, você quer desviar seu olhar para mais abaixo de meu rosto, só por que estou de cara com você.- Dou a língua.

–E-E-Errou!- Ele diz.

–Como eu disse, não dá pra esconder seus sentimentos de mim.- Desapoio da mesa.- Bem, não precisa ficar com ciuminho não, viu?

–Hum! Quem teria ciúme de você?

–Deixa-me ver, alguém com cabelos vermelhos, rebelde, me beijou ontem, e o nome dele é Castiel.- Sorrio travessa, ouço passos se aproximando, volto ao meu jeito.- Agora vá pro seu lugar.

–Eh?- Eu me sento no meu lugar e abro meu livro.

–Vá.- Digo, a porta se abre e o povo começa a entrar, ele vai pro seu lugar.

X-x-x-X

Já estava nas aulas depois do intervalo, como sempre, brisando, vamos para a aula de como brisar, professora A.K.: 1°- Resolva fazer algo, tipo rabiscar, olhar pra janela, olhar pra lousa, qualquer merda; 2°- Pense em qualquer coisa, sei lá, tenha uma conversa interna consigo mesma, pense no que vai fazer, enfim, pense em qualquer coisa que não seja na aula; 3°- Pronto! Agora é só você continuar nessa vaibe até quando você quiser! Só não prestar atenção em mais nada, se prestar atenção, é difícil voltar quando quer :/

Ta aí, agora você sabe como brisar.

Bem, eu tava na minha, brisando, na boa, não tava atrapalhando ninguém quando eu levo um susto com meu celular vibrando na minha bolsa…era uma mensagem de Rachel.

Se estava brisando, eu te assustei (hehe, era minha intenção), enfim, vamos ao shopping hoje, “porque?” você me pergunta e eu te respondo, porque hoje vai ter uma festa! É festa hoje à noite! Uhul!! Vamo vira a noite hoje!!!!”

–Huhuhu…- Rio para mim mesma.

Tá okay, eu vou no shopping.”

VALEU!!!! UHUL!!!!!”

Bem, agora é só esperar dar a hora.

X-x-x-X

Estava saindo da escola, ouvindo minha música e lendo meu livro, quando ouço alguém correndo em minha direção…

–Alessia!!- Era Castiel.

–Oi.- Digo parando e olhando-o.

–O que vai fazer agora?

–Shopping.

–Porque?

–Por um motivo aí.- Digo andando novamente.

–Vai com quem?

–…- Eu ri.- Castiel, Castiel, Castiel…- Disse ainda rindo.- Eu não sou sua namorada pra você ficar controlando isso, não acha?

–…- Ele desviou o olhar e cochichou algo, podia jurar que ele havia cochichado “Quem dera fosse”.

–O que disse?- Perguntei.

–Nada.- Ele disse.- Pelo menos deixa eu te acompanhar até sua casa.

–Beleza.

Nós fomos conversando o caminho todo.

Chegando na minha casa, olhei para a casa…

–Não estão.- Suspiro aliviada.

–Seus pais?

–É.- Digo indo até a porta e abrindo-a.- Bem, obrigada pela companhia até aqui.

–Por nada.- Ele diz, fica parado me olhando.

–O que?

–Não ganho nada por te trazer até aqui?

–… não.

–Você hesitou.

–Não mesmo.- Digo desviando o olhar.

–…

–…

–…

–…

–Então, eu vou ind…- Eu o cortei quando puxei-o pela gola da camisa e o beijei, ele segurou em minha cintura e eu passei meus braços em volta de seu pescoço, ah, como esse garoto beija bem…só nos separamos pela porcaria da falta de ar.

–Bem, até mais.

–Pensando bem…porque não fico mais um pouco?- Ele perguntou.

–Tchau Castiel.- Digo empurrando-o de leve.

–Até mais.- Ele sai.

Eu entrei dentro de casa, fui pro meu quarto, tomei um banho, coloquei uma blusa caída no ombro branca, uma saia preta lisa, uma bota preta, deixei meu cabelo solto, coloquei meus fones e saí de casa, fui em direção ao shopping feliz da vida, acho que estava até saltitando.

Ao chegar no shopping, avisto Rachel e Bea na frente do shopping, vou até elas…

–Eaew!- Abraço-as, quase as derrubo.

–Até que enfim chegou, vamos logo!

–Siim!

Vamos comprar nossas roupas.