A nerd-rebelde

Nath não curte Casly não


Fim das férias, cara… minha mãe está armando alguma coisa… ela está sorridente demais! Nessas férias, eu vi muito o Nath, porque? Minha mãe, obviamente.

Mas tirando isso, eu vi muito também meu namorado, contei dele pros meus amigos, eles aceitaram bem até.

Bem, hoje é o primeiro dia de aula depois das férias… posso dizer que minhas férias foram legais, grafitei muito =3

Estava indo pra escola, como sempre, lendo um livro e ouvindo minha música, ao chegar, vou indo a caminho da sala, quando esbarro em alguém…

–Ah, desculpe.- Digo.

–Tudo bem.- Riu Nath, eu fui pegar meu livro, mas Nath pegou primeiro.- Aqui.

–Obrigada.- Sorrio.

–Por nada.- Ele diz.- Quer conversar um pouco?

–Ah, claro.

Fomos pro jardim, sentamos em baixo da mesma árvore de sempre…

–Primeiro dia de aula…- Comenta Nath.

–Sim, enferrujado com as coisas do grêmio?- Pergunto rindo.

–Naah, nem tanto.- Ele ri.

–Vou ser sincera…- Digo, ele me olha, eu o olho.- Mal pisei aqui e já quero sair.- Rimos.

–Te entendo.- Ele ri.- Aí, quer sair hoje depois da escola?

–Onde?

–Tomar um sorvete, talvez… almoçar?

–Okay.- Sorri, não vejo problema em sair com um amigo.

–Ah, aí está você, Aly.- Olho pra cima, era Castiel, estava com uma cara séria e com os braços cruzados.- O que faz com esse idiota?

–Conversando.- Digo.- E ele não é idiota.

–Que seja, vamos.- Ele diz, me pega pelo braço e me arrasta.

–Hey!!!- Reclamo.- Me larga, Castiel!

–Aly, vamos.- Ele continua me puxando.

Ele me leva até a sala de aula, me solta, eu fico brava e com os braços cruzados…

–Precisava daquela porra?- Perguntei, a sala estava vazia, só tinha nós dois, então tava beleza.

–Que porra, Aly?- Ele perguntou se fazendo de desentendido.

–Aff, me poupe! O maior papelão que tu fez lá! Porque me arrastou de lá? Eu tava conversando, sabia?

–Não quero você perto daquele representante de merda, entendeu?- Ele perguntou.

–Ou! Ou! Ou! Não é porque eu namoro você que você possa mandar em mim, viu?- Eu fico mais brava e aponto o dedo indicador pra ele.

–Aly, você não ent…

–Castiel, Castiel, Castiel…- Balanço a cabeça negativamente.- Lembra do que eu te disse outra vez? Eu não sigo regras de ninguém, apenas as regras da rua, as suas não se aplicam a mim também.- Encaro-o mortalmente.- Então não vá se achando não, porque, suas regras, eu não sigo, que estejamos entendidos.

–…- Ele ficou quieto, as pessoas começaram a entrar na sala, eu me sentei no meu lugar, brava, Rosa veio até mim.

–Aly!- Ela me abraçou.

–Oi.- Digo.

–Nossa, que vontade, hein?

–Desculpa, é porque… tive uns rolos aí.

–Conta pra mim.

–Não, obrigada.- Rio.- Eu to bem.

Logo a aula começou.

X-x-x-X

No fim da aula, eu estava saindo da sala, fi até o grêmio, bati à porta e ouvi um “entre” e entrei…

–Nath?- Chamei.

–Aqui.- Ele diz, vou até ele.- Ah, já estou quase pronto, só falta eu guardar minhas coisas.

–Okay, eu espero.- Sento-me em uma cadeira que tinha ali.

Esperei Nath, quando ele arrumou suas coisas nós fomos almoçar, estávamos conversando no caminho todo…

–Cara, você acredita que minha mãe vem sorrindo muito ultimamente?- Perguntei.

–Sério?

–Sim… me pergunto o porque, chega ser até um pouco assustador.- Rio.- Me pergunto se ela está armando alguma coisa…

–Não tenho ideia do que seja.- Nath diz, com um… sorriso?

–Heh… culpado!- Aponto pra ele, ele me olha sem entender.- Você sabe de alguma coisa.

–S-Sei é?- Ele riu.

–Sabe! Mas não quer me contar, não é?

–Quem sabe.- Ele deu os ombros.

Chegamos ao restaurante, pedimos nosso almoço e nos sentamos em uma mesa, ficamos conversando e rindo até o pedido chegar, comemos, na hora de pagar, eu peguei o meu cartão, estendi para o moço, Nath colocou a mão sobre a minha, eu o olhei sem entender…

–Eu pago, pode deixar.- Nath disse.

–Não, eu pago, não gosto de dever para os outros.- Digo.

–Aly, deixa eu ser legal, pelo menos, uma vez.- Ele ri, insistente!

–Okaay!- Guardo o cartão e ele paga.

Fomos tomar sorvete logo em seguida, ao chegar na sorveteria…

–Bom dia.- Digo.

–Bom d… Aly?- Olho para o atendente.

–Aqui também, Jean?- Rio.- Pelo amor de Deus, você precisa tanto assim de dinheiro?

–Hehe… vivo de… você sabe.- Ele diz… Jean e suas apostas.- Ora, tá acompanhada?

–Ah, sim, esse é meu amigo, Nath.- Digo.- Nath, esse é meu amigo, Jean, é gente boa.

–E aí, cara.- Jean cumprimenta.

–Ah, oi.- Nath cumprimenta também.

–Bem, o que vão querer?- Ele perguntou.

–O de sempre, por favor, e você Nath?- Perguntei.

–Misto.- Ele diz.

–É pra já.- Jean vai buscar os pedidos.

–O que é o de sempre?- Perguntou Nath.

–O meu favorito.- Digo.- Como conheço praticamente todo mundo dessa cidade, creio que metade dela já sabe o meu de sempre.- Rio.

–Aqui está.- Jean disse, me estendeu um sorvete de creme e deu o sorvete misto para o Nath.- Pagando, Alessia Kirsten.

–Haaai!- Digo com um sorriso infantil.- Aqui.

–Valeu.- Ele diz.

–Nada.

Fui pra casa, Nath me levou até lá, ao chegar, eu fui fazer minha torta de nada.

X-x-x-X

~Pov's Nathaniel~

No dia seguinte, fui pra escola como sempre, estava a caminho do grêmio quando sinto alguém me prender na parede, pela gola da minha blusa, bateu minhas costas na parede com tudo…

–E aí, representante.

–O que você quer, Castiel?- Pergunto bravo, mas com dor.

–Ora, quero que fique longe de Aly.- Ele diz bravo.

–Já conversamos sobre isso, lembra?

–É, mas acontece que eu venci.- Ele sorri de canto.

–Como?

–É isso aí, eu e Aly estamos namorando, quero que fique longe dela a partir de agora.- Ele diz bravo…

Perdi o chão… como? Ele tá namorando a Aly? Alessia Kirsten tá namorando o Castiel? Como? Porque?

–É mentira…

–Ah, não é não.- Castiel ri.

–Não acredito em você.

–Se quiser, vai lá, pergunta pra Aly.

–…

–Não posso mais perder tempo com você.- Ele me larga.- Fique longe da Aly, entendeu?

–…

~Fim pov's Nath~

Cheguei na escola, lendo meu livro como sempre, vi Nath no corredor, fui até ele…

–Bom dia.- Sorri.

–Aly…- Ele me pareceu… triste.

–O que houve?- Perguntei.

–Aly… é verdade?

–O que?

–Que… você e Castiel… estão juntos?

–Eh? Como soube?- Perguntei.

–É verdade?- Ele perguntou, mais alto dessa vez.

–S-Sim…mas…

–… entendo.- Ele saiu cabisbaixo.

–N-Nath!!- Chamei-o, mas ele não se virou para me ver.- Merda.- Reclamei baixo.

X-x-x-X

Estava em casa, no sofá com os meus pais, sem fazer nada, ouço a campainha tocar, me pergunto quem poderia ser…

–Quem será?- Minha mãe ia atender.

–Deixa que eu vejo, mãe.- Digo levantando.- Já vai!- Vou até lá.- Sim?

–Aly…- Arregalei os olhos, era Castiel.

–Por…- Eu puxei ele pra longe da minha casa, tipo, bem afastado.- Caralho! Já não disse pra avisar antes de vir?!

–Foi mal, queria fazer uma surpresa.

–E que surpresa.- Eu rio aliviada até.- Mas avisa, okay? Sorte que eu tive a boa vontade de levantar e ir atender, porque minha mãe que ia fazer isso.

–Heh…

–Enfim, o que quer?

–Pedir desculpas por outro dia.

–Ah, okay.- Digo.

–Jura?

–É.- Dou os ombros.- Pensou que eu ia ficar uma década sem falar com você só porque queria me impor regras? Pft, nem fudendo.- Rio, ele ia dizer alguma coisa quando eu falo antes dele.- Afinal, nunca ia dar ouvidos a você e suas regras mesmo, nem razão.

–É, tava bom demais pra ser verdade.- Ele diz.

–Bem, eu vou voltar pra casa.- Digo.- Tchau, até amanhã.

–Até.

Vou pra casa, minha mãe pergunta “quem era?” eu dou alguma desculpa como “amiga da escola” ou coisa do tipo.

Quando era de noite, no jantar, minha mãe começa a conversar na mesa, até que me chama, eu olho-a…

–Querida! Você estará ocupada nessa sexta à noite?- Ela perguntou.

–Não, porque?

–Por nada… mantenha-se desocupada nesse dia, okay?

–Okay…