–Senhoras e senhores!!!- O pai do Nath começa a falar.- Eu vos convoquei aqui para anunciar uma ótima notícia, a melhor de todas!! Alessia Kirsten, filha de Karen Kirsten e David Kirsten, e Nathaniel Harmor, filho de Adélaide Harmor e Fancis Harmor, hoje, aqui e agora, celebram sua união.- COMO É QUE É????!!!!- A vida uniu esses dois jovens em matrimônio sagrado para a eternidade, UMA SALVA DE PALMAS!!!!!- Todos aplaudiram.

C-COMO É???!!! Olhei para Nath, ele também estava surpreso, olhei para baixo, onde as pessoas estavam, vi Ambre esperneando praticamente, minha mãe batendo palmas, feliz da vida, meu pai também estava batendo palmas com um sorriso, só não sei dizer se estava feliz ou não… o que tá acontecendo?

Comecei a sentir o ar fazendo falta pra mim, sério, ele não queria vir nem ir, não sabia dizer se era o corpete ou não… só sei que…

–Não consigo respirar…

X-x-x-X

Acordei numa sala que eu não sabia onde era, sei que eu estava num sofá…

–Um sonho…?- Perguntei me referindo ao que havia acontecido.

–Queria que fosse.- Ouço a voz de Nath.

–N-Nath… o que é que…

–Eu também não sei…

–Você sabia?- Eu perguntei.

–Não… e você?

–Não.- Digo.- O que eu faço agora? Quer dizer…

–É, eu sei o que quer dizer… mas eu também não sei.- Entre nós, ficou um silêncio um tanto desagradável.- Devíamos ir pro salão.

–S-Sim…- Eu digo, levanto, cambaleio, ele me segura.

–Está bem?

–Sim, estou.

Fomos para o salão, falei com os meus pais, minha mãe tava muito feliz, eu pai… feliz, creio eu.

Falei com os pais do Nath, ambos muito felizes, Ambre… não digo que estava feliz, ela tava é puta da vida…

–Cara… cadê a champanhe?- Perguntei baixinho para Nath.

–Ali.- Ele apontou para um garçom.

–Gostariam de uma bebida?- Um garçom apareceu ao nosso lado.

–E aqui.- Nath diz.

–Sim.- Peguei uma taça de champanhe, a mais cheia que eu achei.

Virei ela inteira, peguei outra, virei, outra, virei, outra, virei…

–Pooooxa!!! Isso aqui é fraco demais!- Reclamo, eu estava no jardim do lado de fora, junto de Nath.

–Manera na bebida, Aly.- Ele diz.- Vai ficar bêbada.

–Com champanhe? Impossível!- Digo, frustrada, sento-me num banco que havia ali, apoio minha cabeça em minhas mãos.- Não teria… outra bebida por aqui?

–Vinho serve?- Ele perguntou.

–Alto teor?- Perguntei.

–Vou ver.- Ele se levanta e vai até sei lá onde, fico ali esperando.

Demorou pouco pra ele voltar com uma garrafa de vinho…

–Baixo.- Ele diz referindo-se ao teor.

–Tsc! Vai esse mesmo.- Digo e estendo minha taça pra ele, ele coloca meia taça de vinho.- Acha que quero saborear?- Pergunto, mais frustrada do que brava.

–Okay…

–Obrigada.- Agradeço.

–Mas vá com cuid…- Antes de ele terminar de falar, já havia virado a taça inteira.- Você quer acabar bêbada?!- Ele perguntou.

–É preciso muito mais do que isso pra mim ficar bêbada…- Digo séria.

–…

–Porque?- Pergunto e olho pro céu estrelado.- Porque isso foi acabar assim? Eu, noiva do meu amigo, pft, quem diria, não?- Rio fraco.- O que eu faço agora? Vou contra a minha mãe?

–Não sei, Aly… eu também to sem saída agora.

–Ugh! Vida… às vezes eu te odeio.- Rio, peço mais vinho, ele coloca, eu bebo um gole.- Facilita pra mim, vai? Só uma vez…

–…

–…

–Eu te odeio…vida.

X-x-x-X

Na segunda, eu estava saindo de casa pra ir pra escola, deparo-me com um carro na frente de casa… era Nath…

–Oi.- Ele diz.

–Oi.

–Vamos?- Ele pergunta.

–…vou a pé.

–Aly…vem.

–Não vou, Nath.

–…

–Eu agradeço mas… eu não vou, não quero levar essa merda de casamento pra frente, não quero apoiar isso.

–Eh?- Ele me olha espantado pelo meu vocabulário.

–Dá licença, tenho que ir.- Digo, coloco os fones e vou lendo meu livro até a escola.

Chego na escola, vou pra sala, sento no meu lugar e fico ouvindo música, a única coisa que me tira desse mundo, vejo mãos na minha mesa…

–Oi.- Eu digo.

–Oi.- Ele me beija e se senta na cadeira em frente a minha mesa.- Está tudo bem?

–Não, mas vou dizer que sim.

–O que aconteceu?- Ele pergunta.

–Castiel… eu…- Ia dizendo, a porta da sala se abre, era a infeliz vagaba da Ambre.

–Ora, ora… se não é a Alessia.- Ela diz com desprezo.- Eh? O que é isso? Tá louca? Além do meu irmão quer ficar com o Castiel também?

–Nunca pedi aquilo!- Grito brava.

–Ah, faça-me um favor! Como não? Você é louca pra dar pra ele!- Ela grita, eu levanto, vou até ela.- Afinal, até aceitou casar-se com ele! Agora vai poder dar pra ele a hora que quiser, não é?! VADIA!!!- Eu dou um tapa muito, mas muuuito forte na cara dela.

–EU NÃO PEDI PRA ISSO ACONTECER! ENTÃO NÃO VENHA DIZER QUE EU ESTAVA LOUCA PRA DAR PRA ELE!! AFINAL, EU NÃO SOU VADIA ATIRADA QUE NEM VOCÊ, QUE FICA SE JOGANDO EM QUALQUER UM QUE VÊ PELA FRENTE! SUA PUTA DE 5°!!!!- Grito, vejo que tinha plateia na porta.-…!- Saio correndo a escola, eu tava puta da vida, fui pra pista de skate, estava vazia, não tinha ninguém lá, então resolvi gritar.- VAI SE FUDEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!- Me joguei no chão, fiquei olhando o céu.

~Pov's Castiel~

O que tá acontecendo? Que história é essa de casamento? Porque o idiota do Nathaniel tá envolvido nisso?

Ambre está no chão, chorando, Aly saiu correndo, eu não tava entendendo nada, sei que Rosalya veio até mim com os outros…

–O que tá acontecendo?!- Ela perguntou.

–Casamento…? Aly… Nathaniel…?- Não consegui formular uma frase, isso foi o que eu consegui dizer.

–Como é?!- Perguntaram eles.

–Nathaniel!!!!!!- Chamou Rosalya.- EXPLICA ISSO!!!

–Bem… é o seguinte…- Nathaniel começou a falar, eu tive vontade de matá-lo!!!- E foi isso.

–Ora seu…! VOCÊ NÃO VAI ENCOSTAR UM DEDO NA ALY!!!!!!- Eu vou bater nele, mas sou segurado por Kentin e Lysandre.- ME LARGUEM!!!!!!

–Cala a boca, Castiel!- Rosalya diz.- O importante aqui e agora é achar Aly!

–Me pergunto onde ela pode ter ido…- Alexy diz, triste.

–…

Mais triste que eu ninguém estava, casar com ele? Não vou deixá-lo levar Aly de mim!

Vou correndo até a casa dela, bato na porta, ninguém abre… droga, ela não devia estar.

Ligo pra ela, ela não atende, o que eu faço?!

~Fim pov's Castiel~

Levantei depois de um tempo, resolvi voltar pra casa e me trocar, afinal, meus pais não estavam lá mesmo.

Subi pro meu quarto, coloquei uma blusa curta branca caída em um ombro, atrás dela, ela era fatiada, um shorts jeans desfiado nas pontas e com rasgos também, meu cabelo solto, um coturno preto peguei dinheiro e meu cartão de crédito, saí de casa, em direção ao centro, fui andando por ele todo, esbarrei em alguém…

–Rachel?- Olho-a.

–Aly?

–Você não devia estar na escola?

–Digo o mesmo.

–Okay, isso não importa.- Digo.

–O que aconteceu? Você não me parece bem.

–Bem…- Contei tudo pra ela.

–Wow.- Ela pareceu espantada.- Okay, olha, não acho que eu possa fazer muito… mas eu posso deixar você ficar lá em casa, se quiser.

–Obrigada Rachel!!- Abracei-a.

–Por nada.

Foi isso que eu fiz: fui pra casa, arrumei uma trouxa e roupas e fui pra casa da Rachel, não vou avisar ninguém não, foda-se eles tudo.

Bem, era de noite, a mãe de Rachel era um doce de pessoa, e cozinha bem por sinal.

Vou dormir no quarto de hóspedes, amanhã… não vou pra escola, não estava nem um pouco afim.