A nerd-rebelde
Causando "um pouco"
Acabo bem a tempo de pegar a última aula, que, no caso, era matemática, bem, vou ao grêmio, Nathaniel estava lá, bato à porta…
–Entre.- Nathaniel diz, eu o faço.
–Aqui estão seus documentos.- Deposito-os sobre a mesa.
–Sabia que podia contar com você, obrigado.- Ele sorri.
–Por nada.- Digo.- Bem, tchau.
–Até.
Vou para a sala, a professora já estava lá dando sua aula, bato à porta…
–Entre.- O faço.- Senhorita Kirsten, que… incomum ver você chegando esse horário na sala de aula.- Ela diz surpresa.
–Peço perdão, estava resolvendo uns documentos que Nathaniel me pediu para cuidar, como Melody não pôde…- Explico.
–Ah, sim.- Ela sorri.- Se é assim, então está tudo bem, sente-se, por favor.- Ela pede sorrindo.
–Agradeço.- Digo e me sento.
–Que isso.- Ela diz e continua sua aula.
Eu começo a anotar as coisas que ela explica e tudo mais, quando vejo um papel sendo depositado em minha mesa, era um bilhete, abro-o…
“Hey, tábua, eu ainda quero minha compensação pelo que você me fez, qual vai ser?”
Apenas ignorei o bilhete e o deixei de canto, não demorou para vir outro…
“Hey! Não me ignore!”
Não respondo novamente, o próximo quase atinge minha cabeça…
“Se pensa que não sei que você está lendo esses bilhetes, sei que está! Estou te olhando!”
Olhei para aquele ser cujo a inteligência não é alta, ele realmente está me fitando, e, brava, eu levanto, a professora me olha, assim como todos ali…
–Algum problema, senhorita Kirsten?- Ela pergunta.
–Sim.- Digo.
–E qual seria?- Ela pergunta, pego os bilhetes e mostro para ela.
–Isso.- Digo.
–E isso seria…?
–Bilhetes- Digo.-, estão sendo passados para mim, não sei porque… apenas…estão sendo jogados em minha mesa, e acredito que sejam insultos.
–Insultos, não é possível…- Ela diz.
–Vou ler um para a senhora…- Abro um deles, olho de relance para o moleque, ele está me olhando com uma cara de bunda total, se fudeu infeliz, abri-o e fingi ler, daí começo a fingir chorar, lágrimas falsas brotam em meus olhos.- N-Não tenho coragem de lê-los em voz alta… m-mas… aqui me chamaram de v-vaca… mandava eu… morrer…- Começo a chorar um pouquinho mais.
–Oh meu Deus! Quem fez isso?- Ela pergunta.
–F-Foi… f-foi…
–Não precisa ter medo de falar, resolveremos na hora…
–F-Foi o aluno novo… e-eu nem o conheço…e ele já me insulta assim… o que eu te fiz?- Pergunto.
–EU?!- Ele exclama.
–Senhor Castiel!- A professora briga.- Vá agora para a diretoria!! E Alessia, imagino que queira prestar queixa para a diretora e…
–N-Não precisa…- Digo.- Tudo bem… se é assim que ele me vê…
–Que mentirosa!!!!!- Castiel levanta bruscamente e aponta pra mim.
–Ora… ainda me chama de… m-mentirosa…- Eu começo a chorar.- O que eu fiz de errado?
–SENHOR CASTIEL! PRA DIRETORIA AGORA!!!- Ele nem questionou, só foi, eu aproveitei a distração dela e de todos e peguei os bilhetes, coloquei-os no bolso.- Alessia, vá lavar o rosto ou beber uma água… para acalmar… resolveremos isso com ele… okay?
–Okay… obrigada, professora.- Digo chorando e saindo da sala.
Tomo distância dali…
–Aff…- Seco as lágrimas falsas e começo a rir.- Idiota.
Vejo a diretoria perto dali, ele estava sentado ali na frente, esperando, até que é chamado pela diretora, por um momento ela me olha, eu choro novamente e sorrio fraco para ela, ela me chama ali…
–O que houve, querida?
–E-Ele…- Aponto para Castiel.
–O que ele fez?
–Me xingou… de… v-vaca… me mandou morrer também…isso t-tudo por bilhetes…e eu não o conheço… n-nunca fiz nada pra ele… e ainda me chamou de…p-prostituta…- Choro mais.
–COMO?!- Ela grita com ele.- ENTRE JÁ! VOU TE DAR UMA BELA SUSPENSÃO!!
–COMO?!- Ele exclama e me olha com um ódio mortal.- Você me paga, nerd!
–N-Não…já chega de insultos…- Peço chorando.
–ORA RAPAZ! TOME JEITO!
–…
–Vá se acalmar, Alessia, tudo bem?- Ela diz, eu aceno e vou.
Tomo distância dali, seco as lágrimas falsas novamente…
–Guarde para quando chegar em casa…- Digo me referindo a minha risada.
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