A mestiça

Memórias esquecidas


... Mais a noite o garoto foi ao quarto dela e a encontrou dormindo.

— Shiu – Madara falou – Deixe-a dormir – falou fechando a porta.

— Ela ficou triste?- o garoto perguntou.

— Não ela entende o quanto isso é importante para você.

O garoto sorriu e foi dormir.

...

O cabelo da minha versão menor estava com o rosa na metade cabelo. Ela estava no quarto do garoto que estava na cama com fios ligados em todo o corpo.

— Você prometeu que estaria melhor – ela falou chorando.

— Desculpe – ele sussurrou – Eu estou bem, não deveria se preocupar – ele falou.

No dia seguinte a garotinha foi até a sacada de seu quarto e saiu correndo ao ver o garoto lá embaixo. Ela o abraçou e começaram a brincar na neve... Estavam brincando de pega-pega à garotinha corria enquanto ele tentava a pegar. Ela sorriu, mas parou e olhou para trás, ele estava ajoelhado e a neve estava com manchas de sangue.

— Kimimaro! – ela gritou quando sua mãe a impediu de correr ate ele.

Madara ficou à frente de Kimimaro e disse algo depois pegou ele no colo e foi para dentro. A pequena olhou para sua mãe que negou e a abraçou. Ouviram alguém chegando e olharam Daisuke que acabara de chegar da casa dos avós após um mês.

— Como vai campeão? - meu pai perguntou bagunçando os cabelos dele que entrou em casa- Jiraya, quanto tempo – cumprimentou o homem de longos cabelos brancos – Tsunade – ele beijou a mão da loira.

— Vovô, vovó! – a pequena falou abraçando os dois.

— Bom já vamos – falaram e se foram após se despedir.

...

Mais a noite eu vi um homem entrar e Madara falou para eu ficar no quarto. Ele foi em direção ao homem que sorriu e os dois foram a uma sala onde meu pai e minha mãe estavam. Madara se retirou. O homem sorriu e tirou uma katana da bainha. Meu pai se colocou à frente de minha mãe também com uma katana... O homem perfurou meus pais e Daisuke tentou acerta-lo com uma katana, mas o homem desapareceu e eu menor entrou e olhou Daisuke que segurava uma katana com sangue em suas mãos.

Levantei em um pulo e tomei banho rápido, peguei o arco e a aljava e desci correndo as escadas, Daisuke estava tirando os sapatos e quando se virou o abracei.

— O que aconteceu?- ele perguntou.

— Vou sair, não se preocupe – falei.

Ele impediu minha saída.

—Aonde vai? – ele perguntou.

— Não se preocupe, apenas quero que cuide do vilarejo por alguns dias – falei.

Ele revirou os olhos e abriu a porta.

— Tome cuidado – ele falou.

Sai correndo e apenas parei em frente a uma casa de aparentemente um andar. Pulei uma janela e olhei em volta era um escritório eu olhei os papeis em cima da mesa e virei ao ouvir a porta ser aberta.

— Finalmente resolveu aceitar? - Madara perguntou.

— Não precisa mais fingir, eu me lembrei de tudo – falei e ele sorriu – Por que colocou meu irmão em uma ilusão? – perguntei.

— Eu sigo ordens – ele falou.

— De quem?

— Orochimaru.

— Por quê? Você pode vencê-lo facilmente – falei.

— Ele me tem nas mãos desde o dia que você ganhou a marca. Ele sabe que meu ponto fraco é você.

O abracei apertado, ouvimos palmas e olhamos.

— Que cena linda – Orochimaru falou sorrindo.

— O que você quer dessa vez? – Madara perguntou se colocando a minha frente.

— Saber o que vai acontecer no futuro seria algo incrível não acha? – Orochimaru perguntou sarcástico.

— Temos um acordo – Madara falou.

— Não preciso mais de você, já sou mais forte – Orochimaru falou e empurrou Madara na parede e ali ele ficou – Deveria ter se alimentado direito – ele zombou.

Dei passos para trás até me encostar na mesa. Orochimaru sorriu e eu ajoelhei com a mão sobre a marca. Segurei os gritos e olhei para Orochimaru.

— Legal essa sua cicatriz, tem um formato incomum – ele falou da cicatriz que eu tinha na perna.

Madara tinha os olhos arregalados. Orochimaru abaixou a minha frente e eu me empurrei mais contra a mesa. Tinha medo dele, sempre tive só não podia demonstrar.

— Fique longe dela! – Madara gritou.

— E o que você vai fazer? – Orochimaru perguntou.

Ele se aproximou mais e girou o dedo sobre a marca, minha visão cedeu junto a meu corpo que Orochimaru segurou e eu desmaiei.

...

Abri os olhos e olhei ao redor estava em um quarto até que claro. Tentei me levantar, mas meu corpo estava muito dolorido. Ouvi a porta ser aberta e uma mulher entrar com uma bandeja. Ela sentou-se e eu comecei a comer forçadamente. Depois de ela sair eu me sentia mais mole do que antes. Orochimaru entrou após alguns minutos. Ele sentou na cama e me encarou. Eu estava sentada na cama com vários travesseiros atrás de meu corpo. Ele pegou meu pulso esquerdo e eu olhei para lá, a lua estava vermelha.

— Não adiantou muito o treinamento – ele falou e sorriu – Posso controlar quando seu lado vampiro irá assumir o controle e logo controlarei suas visões.

Aproveitei o contato e tentei ir ao passado dele, mas não consegui.

— Está muito fraca para conseguir e ficara assim até você ser apenas uma ferramenta para eu acessar as visões – ele falou e saiu.

O que ele havia feito comigo?

...

Passava meus dias olhando para a janela pensando no que eu poderia fazer, mas nada vinha a minha mente. Fui despertada ao ouvir o barulho da porta, Orochimaru me pegou pelo pulso e me puxou até uma sala onde Kabuto estava. Orochimaru segurou um braço meu atrás do meu corpo e Kabuto esticou o outro onde ele aplicou algo. Depois Orochimaru me arrastou de volta, me jogou na cama e saiu. Sentei-me e olhei a lua em meu pulso que ficava cada vez mais vermelha. Teria que achar uma solução e rápido.

Não sei quando ou como dormi, mas fui acordada pelo barulho da porta sendo aberta. Orochimaru se sentou à minha frente que estava encostada a cabeceira da cama. Ele me segurou pelos ombros e o ambiente mudou.

Estava numa sala, Madara estava ajoelhado segurando o lado esquerdo do corpo. Orochimaru estava a sua frente ele pegou uma katana e atravessou o corpo de Madara que arregalou seus olhos.

— Há apenas duas coisas que podem nos matar, estaca e o sangue de Sakura. Acredita que quando o retiramos a força ele se transforma em veneno? – ele perguntou ironicamente.

Madara se contorceu um pouco e Orochimaru girou a katana

Voltamos ao quarto e eu olhei Orochimaru que sorriu e saiu. Levantei e me apoiei no móvel ao lado. Respirei fundo e me firmei. Comecei a andar e peguei uma katana no caminho. Alguém colocou a mão em meu ombro e eu me virei alerta. Kimimaro fez sinal de silencio com o dedo e aproximou seu rosto do meu ouvido.

— Finja que desmaiou – ele cochichou.

Não entendi, ele apenas me pegou no colo, eu fechei os olhos e ele guardou a katana na bainha em sua calça. Ouvi uma porta ser aberta.

— O que está fazendo? – era a voz de Orochimaru.

— Ela estava no corredor apenas a desmaiei e estava a levando para o quarto – Kimimaro respondeu.

Senti que ele andava e logo algo macio abaixo de mim. Abri os olhos e ele estava sorrindo.

— Vejo que ainda confia mesmo depois do que fiz na floresta – ele falou.

— Não importaria, você apenas seguia ordens – falei sussurrando.

Ele me encarou preocupado e olhou uma bandeja com um pouco de sopa ainda.

— Ele está colocando dormentes na comida para você ficar fraca e ele ter controle sobre as visões – ele falou.

— Ele já tem o controle do lado vampiro por que ele precisa fazer isso? – perguntei.

— Ele tem medo de não conseguir controlar e acabar sendo bloqueado por sua mente – ele saiu levando a bandeja.

Kimimaro acabara de falar para eu colocar barreiras em minha mente?

Fechei os olhos e me concentrei criando barreiras na parte de minha mente que controlava as visões. Abri os olhos e Orochimaru estava a minha frente.

— Se você cooperar vai ser melhor – ele falou me segurando pelos ombros.

Ele realmente tentava. Quando desistiu, me soltou e desferiu um tapa em meu rosto.

— O que você fez? – ele perguntou com raiva.

Apenas o encarava com os olhos escuros, sabia que ele tentava fazer meu lado vampiro adormecer.

— Você já não é útil para mim – ele falou.

Aproximei-me dele que pegou uma katana e tentou me atacar, segurei a lamina da katana e joguei em um canto qualquer. Segurei- o pelo pescoço e encarei seus olhos.

— O que fez com Madara? – perguntei.

— Acho que já sabe – ele falou rindo.

Dei um soco na cara dele e o joguei no chão. Olhei a katana e sorri.

— O que vai fazer, me matar? – ele perguntou rindo.

— Você não merece uma morte rápida, depois de tudo que fez – falei.

Mordi o dedão da mão direita e o arrastei sobre a lua no pulso esquerdo.

As coisas ao nosso redor mudaram e estávamos à frente de uma casa, gritos eram ouvidos e uma versão menor de Orochimaru saiu da casa arrastando uma katana.

— Poderia ser diferente – alguém falou para ele.

— Não poderia você é apenas uma criança inocente, confie em mim – ele falou.

Ajoelhou-se a frente de uma garotinha com longos cabelos castanhos claros quase loiros e olhos verdes claros, e acariciou seu rostinho.

— Eu estou com medo Orochi – a garotinha falou.

— Eu estou aqui não tem porque ter medo Hana- ele falou.

Eles se abraçaram e estavam em outro lugar.

— Você vai ficar bem, confia em mim? – ele perguntou a menina.

Ela assentiu, Orochimaru beijou sua testa e olhou nos olhos dela que desmaiou. Orochimaru a pegou no colo após bater na porta de uma casa onde um casal abriu a porta e sorriu.

— Por favor, ela é muito importante – Orochimaru falou e a entregou ao casal que assentiu.

Olhei Orochimaru e ele me encarou.

— Por que não me mata logo? – ele perguntou.

Voltamos à sala e eu o encarei.

— Você não a matou – afirmei.

— Ela não sabia mais de nada eu estava querendo poder, depois da morte de nossos pais ela era a única coisa que me segurava. E depois que a entreguei aquele casal eu me perdi – ele falou.

Dei passos para traz a busca por poder destruiu a vida dele e consequentemente a minha.

— Mamãe lembrava-se de você, ela tinha a esperança de lhe ver novamente era o único desejo dela que meu pai não conseguiu realizar – falei.

— Sakura eu sei que destruí a sua vida desculpe – ele pediu.

Virei de costas me abraçando. Tudo a minha volta rodou e eu senti o chão abaixo de mim.

...